segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Deus sabia QUE ADÃO E EVA PECARIAM?

MUITOS desejam sinceramente saber a resposta a essa pergunta. Quando se fala sobre por que Deus permitiu a maldade, as pessoas logo se lembram do pecado do primeiro casal humano no jardim do Éden. A ideia de que ‘Deus sabe tudo’ pode facilmente levar alguns a concluir que Deus sabia de antemão que Adão e Eva o desobedeceriam.

Quais seriam as implicações se, de fato, Deus já soubesse que esse casal perfeito pecaria? Essa ideia atribuiria a Deus muitas características negativas, fazendo-o parecer desamoroso, injusto e falso. Alguns poderiam achar uma crueldade expor os primeiros humanos a algo que estava fadado ao fracasso. Pareceria que Deus era o responsável — ou pelo menos, tinha parte da culpa — por toda a maldade e o sofrimento que ocorreu ao longo da história. Para alguns, nosso Criador pareceria até mesmo um tolo.

Será que a forma como Jeová Deus é apresentado nas Escrituras combina com essa descrição negativa? Para responder a essa pergunta, vejamos o que a Bíblia diz sobre as obras criativas e a personalidade de Jeová.

“Era muito bom”

A respeito das obras criativas de Deus, incluindo os primeiros humanos na Terra, o relato de Gênesis diz: “Deus viu tudo o que tinha feito, e eis que era muito bom.” (Gênesis 1:31) Adão e Eva foram criados perfeitos, e se ajustavam completamente ao ambiente na Terra. Não havia nada imperfeito em sua constituição. Com certeza eles eram capazes de agir como Deus queria. Afinal, foram criados “à imagem de Deus”. (Gênesis 1:27) Portanto, eles tinham condições de demonstrar até certo grau as qualidades divinas de sabedoria, amor leal, justiça e bondade. Refletir essas qualidades os ajudaria a tomar decisões que trariam benefícios a si mesmos e alegria ao seu Pai celestial.

Jeová concedeu o livre-arbítrio a essas criaturas inteligentes e perfeitas. Assim, eles não foram de maneira alguma programados para agradar a Deus — como se fossem robôs. Pense no seguinte: o que teria mais valor para você, um presente dado mecanicamente ou um presente dado de coração? A resposta é óbvia. Da mesma maneira, teria mais valor para Deus se Adão e Eva tivessem escolhido obedecê-lo por vontade própria. A capacidade de escolher dava ao primeiro casal humano condições de obedecer a Deus por amor. — Deuteronômio 30:19, 20.

Justo e bom

A Bíblia revela as qualidades de Jeová para nós. Essas qualidades tornam impossível que ele tenha qualquer coisa a ver com o pecado. Jeová “ama a justiça e o juízo”, diz o Salmo 33:5. Assim, Tiago 1:13 observa: “Por coisas más, Deus não pode ser provado, nem prova ele a alguém.” Por justiça e consideração, Deus disse a Adão: “De toda árvore do jardim podes comer à vontade. Mas, quanto à árvore do conhecimento do que é bom e do que é mau, não deves comer dela, porque no dia em que dela comeres, positivamente morrerás.” (Gênesis 2:16, 17) O primeiro casal podia escolher entre a vida eterna e a morte. Será que não seria hipocrisia da parte de Deus alertá-los contra um pecado específico já sabendo que eles fracassariam? Sendo alguém que “ama a justiça e o juízo”, Jeová não teria dado a eles a oportunidade de escolher algo que na verdade já estava definido.
Jeová não criou os primeiros humanos como robôs programados para agir de uma forma preestabelecida

Jeová também é extremamente bondoso. (Salmo 31:19) Descrevendo a bondade de Deus, Jesus disse: “Qual é o homem entre vós, cujo filho lhe peça pão — será que lhe entregará uma pedra? Ou talvez lhe peça um peixe — será que lhe entregará uma serpente? Portanto, se vós, embora iníquos, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais o vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem!” (Mateus 7:9-11) Deus dá “boas coisas” a suas criaturas. A forma como Deus criou os humanos e preparou o lar paradísico para eles comprova a sua bondade. Será que esse bondoso Soberano seria tão cruel a ponto de providenciar um belo lar para os humanos sabendo que este lhes seria tirado? Não. Nosso Criador justo e bom não é o culpado pela rebelião do homem.

O “único sábio”

As Escrituras também mostram que Jeová é o “único sábio”. (Romanos 16:27) Os anjos de Deus testemunharam muitas manifestações dessa ilimitada sabedoria. Eles ‘bradaram em aplauso’ quando Jeová criou as coisas na Terra. (Jó 38:4-7) Sem dúvida, essas inteligentes criaturas espirituais acompanharam os acontecimentos no jardim do Éden com muito interesse. Assim, não faria sentido que um Deus sábio, depois de criar um impressionante Universo e uma infinidade de obras maravilhosas na Terra, trouxesse à existência, sob os olhares de seus filhos angélicos, duas criaturas ímpares sabendo que elas fracassariam. Com certeza, planejar algo trágico assim não teria lógica.
Mesmo assim, alguém talvez questione: ‘Mas como é possível que um Deus todo-sábio não soubesse o que ia acontecer?’ De fato, um aspecto da grande sabedoria de Jeová é sua capacidade de saber ‘desde o princípio o final’. (Isaías 46:9, 10) No entanto, ele não precisa usar essa capacidade, assim como ele nem sempre precisa usar plenamente seu imenso poder. De maneira sábia, Jeová usa sua habilidade de prever as coisas de forma seletiva, quando isso é necessário e de acordo com as circunstâncias.

A capacidade de escolher usar ou não a presciência pode ser ilustrada por um recurso da tecnologia moderna. Alguém que gravou um evento esportivo tem a opção de assistir os momentos finais da partida a fim de saber o resultado. Mas ele não precisa fazer isso. Quem poderia criticá-lo se ele escolhesse assistir a partida inteira, desde o começo? De maneira similar, o Criador pelo visto preferiu não ver como as coisas terminariam. Ele preferiu esperar e ver como seus filhos na Terra se comportariam à medida que os eventos ocorressem.

Como já mencionado, Jeová de maneira sábia não criou os primeiros humanos como robôs programados para agir de uma forma preestabelecida. Pelo contrário, ele amorosamente os dotou de livre-arbítrio. Por escolher o proceder correto, eles poderiam demonstrar seu amor, gratidão e obediência, aumentando assim sua alegria e a de seu Pai celestial, Jeová. — Provérbios 27:11; Isaías 48:18.

As Escrituras mostram que em muitas ocasiões Deus não usou sua habilidade de ver o futuro. Por exemplo, foi só quando o fiel Abraão estava prestes a sacrificar seu filho que Jeová disse: “Agora sei deveras que temes a Deus, visto que não me negaste o teu filho, teu único.” (Gênesis 22:12) Por outro lado, houve também ocasiões em que a má conduta de alguns fez com que Deus se ‘sentisse magoado’. Será que ele se sentiria assim se já soubesse muito antes o que eles fariam? — Salmo 78:40, 41; 1 Reis 11:9, 10.

Portanto, é razoável concluir que o Deus todo-sábio não usou sua presciência para saber que nossos primeiros pais pecariam. Ele não criaria os humanos simplesmente para passarem por uma série de acontecimentos estranhos dos quais ele já sabia o resultado. Seria tolice usar sua presciência dessa forma.

Adão e Eva
Deus sabia que Adão e Eva tinham a capacidade de agir com lealdade

“Deus é amor”

Satanás, o adversário de Deus, foi quem começou a rebelião no Éden, que trouxe consequências negativas, incluindo o pecado e a morte. Assim, Satanás se tornou um “homicida”. Ele também mostrou ser “um mentiroso e o pai da mentira”. (João 8:44) Visto que ele próprio tem más motivações, também procura atribuir más motivações ao nosso amoroso Criador. É conveniente para ele lançar sobre Jeová a culpa pelo pecado do homem.

O amor foi a principal razão de Jeová ter escolhido não saber de antemão que Adão e Eva pecariam. A Bíblia diz em 1 João 4:8 que “Deus é amor”, e essa é sua qualidade mais importante. O amor é positivo, não negativo. Ele procura o que é bom nas pessoas. De fato, por amor, Jeová Deus queria o melhor para o primeiro casal humano.

Embora os filhos terrestres de Deus tivessem a opção de fazer uma escolha errada, nosso amoroso Deus não estava inclinado a ser pessimista quanto às suas criaturas perfeitas nem a desconfiar delas. Ele havia lhes dado tudo o que necessitavam e lhes informado tudo o que precisavam saber. Era natural que Deus esperasse que eles fossem obedientes, não rebeldes. Ele sabia que Adão e Eva tinham a capacidade de agir com lealdade, como mais tarde foi comprovado até mesmo por homens imperfeitos como Abraão, Jó, Daniel e muitos outros.

“A Deus todas as coisas são possíveis”, disse Jesus. (Mateus 19:26) Esse pensamento é consolador. O amor de Jeová, junto com suas outras qualidades principais como justiça, sabedoria e poder, garante que no tempo certo ele pode, e vai, remover todos os efeitos do pecado e da morte. — Revelação (Apocalipse) 21:3-5.

Fica claro então que Jeová não sabia que o primeiro casal pecaria. Apesar de se sentir magoado por causa da desobediência do homem e do sofrimento resultante, Deus sabia que essa situação temporária não o impediria de cumprir seu propósito eterno para com a Terra e os humanos. Que acha de saber mais sobre esse propósito e sobre como você pode se beneficiar de seu glorioso cumprimento?*

*  Para mais informações sobre o propósito de Deus para a Terra, veja o capítulo 3 do livro O Que a Bíblia Realmente Ensina?, publicado pelas Testemunhas de Jeová.

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terça-feira, 8 de março de 2011

Milagres fato ou ficção?

Deve crer em milagres? 
 


Milagres
fato ou ficção?


A ATENÇÃO de certo homem foi logo atraída por um adesivo no pára-choque de um carro que dizia: “Milagres Acontecem — Pergunte aos Anjos.” Embora ele fosse religioso, ficou na dúvida sobre o que aquilo queria dizer. Será que o adesivo indicava que o motorista acreditava em milagres? Ou era um comentário sarcástico para indicar que não acreditava nem em milagres nem em anjos?

Talvez lhe interesse saber o que o autor alemão Manfred Barthel observou: “Milagre é uma palavra que logo divide os leitores em dois campos opostos.” Os que acreditam em milagres estão convencidos de que eles não apenas acontecem, mas acontecem com freqüência.* Por exemplo, relata-se que na Grécia durante os últimos anos, muitos alegam que milagres acontecem, em média, uma vez por mês. Isso levou certo bispo da Igreja Ortodoxa Grega a advertir: “Os que acreditam em milagres têm a tendência de atribuir a Deus, a Maria e aos santos características humanas. Tais devotos não deveriam exagerar nessa questão.”

Em alguns países não é muito comum acreditar em milagres. Segundo certa pesquisa realizada na Alemanha em 2002, 71 % dos cidadãos consideravam os milagres como ficção, não como fato. Menos de um terço acreditava em milagres e, entre esses, havia três mulheres que afirmavam ter recebido uma mensagem da Virgem Maria. Poucos meses depois de Maria ter supostamente aparecido a elas — acompanhada de anjos e uma pomba — o jornal alemão Westfalenpost informou: “Até agora, cerca de 50 mil peregrinos em busca de cura, bem como curiosos, têm mostrado interesse especial nas visões dessas mulheres.” E mais 10 mil são esperados no povoado na expectativa de outras aparições. Dizem que a Virgem Maria apareceu também em Lourdes, França, em 1858 e em Fátima, Portugal, em 1917. 


Que dizer das religiões não-cristãs

A crença em milagres é encontrada em quase todas as religiões. The Encyclopedia of Religion (Enciclopédia da Religião) explica que os fundadores do budismo, do cristianismo e do islamismo tinham conceitos diferentes sobre milagres, mas observa: “A história posterior dessas religiões demonstra, sem sombra de dúvidas, que milagres e relatos sobre milagres têm sido parte integrante na vida religiosa do homem.” Essa obra de referência diz que “o próprio Buda algumas vezes realizou milagres”. Mais tarde, quando “o budismo foi levado para a China, seus missionários muitas vezes demonstraram poderes milagrosos”.

Depois de se referir a esses supostos milagres, essa enciclopédia conclui: “Nem todos estão preparados para aceitar todas essas histórias sobre milagres contadas por biógrafos religiosos mas, sem dúvida, elas foram criadas com a boa intenção de glorificar o Buda, que foi capaz de dotar seus zelosos seguidores desses poderes milagrosos.” A mesma fonte diz sobre o islamismo: “A maior parte da comunidade islâmica nunca deixou de esperar milagres. Maomé é apresentado nas tradições (hadīths) como alguém que realizou milagres em público em muitas ocasiões. . . . Acredita-se que mesmo depois que os santos morrem, realizam milagres na própria sepultura em favor dos fiéis, e muitos invocam com fé a intercessão deles.”


Que dizer dos milagres no cristianismo?

Muitos dos que defendem o cristianismo estão divididos em suas opiniões. Alguns aceitam como fatos os relatos bíblicos sobre os milagres realizados por Jesus ou pelos servos de Deus dos tempos pré-cristãos. No entanto, muitos concordam com o Reformador protestante Martinho Lutero. Sobre ele, The Encyclopedia of Religion diz: “Tanto Lutero como Calvino escreveram que a era dos milagres findou e, por isso, as pessoas não deviam mais esperar que eles ocorressem.” A Igreja Católica sustentou sua crença em milagres “sem tentar explicar como eles aconteceram”, diz essa obra de referência. Contudo, “a comunidade protestante acadêmica chegou à conclusão de que a prática do cristianismo era, principalmente, uma questão de moralidade, e que nem Deus nem o mundo espiritual se comunicavam ou influenciavam de forma 

significativa o dia-a-dia do ser humano”.



Outros professos cristãos, incluindo alguns clérigos, duvidam que os milagres mencionados na Bíblia tenham sido reais. Por exemplo, tome o caso do espinheiro ardente, mencionado na Bíblia em Êxodo 3:1-5. O livro What the Bible Really Says (O Que a Bíblia Realmente Diz) explica que vários teólogos alemães não acham que o relato seja de um milagre literal. Em vez disso, eles o interpretam como “um símbolo da luta interior de Moisés contra sentimentos de remorso e intensa dor de consciência”. O livro ainda diz: “As chamas também podem ser vistas como sendo flores que desabrocham repentinamente diante da luz da presença divina, comparada ao Sol.”

Talvez essa explicação não o satisfaça. Então, em que deveria acreditar? Será que é realístico acreditar que os milagres realmente aconteceram? E que dizer dos milagres atuais? Visto que não podemos perguntar aos anjos, a quem podemos perguntar?


O conceito da Bíblia

Ninguém pode negar que a Bíblia relata que, no passado, Deus realizou atos humanamente impossíveis. Lemos sobre ele: “Passaste a tirar teu povo Israel da terra do Egito, com sinais e com milagres, e com mão forte e com braço estendido, e com coisa muito espantosa.” ( Jeremias 32:21) Imagine, a nação mais poderosa daquele tempo foi humilhada por meio de dez pragas enviadas por Deus, o que incluiu a morte do primogênito da nação. Realmente, foram milagres! — Êxodo, capítulos 7 a 14.

Séculos mais tarde, os escritores dos quatro evangelhos descreveram cerca de 35 milagres realizados por Jesus. De fato, tais narrativas sugerem que ele tenha realizado muito mais milagres do que os que foram mencionados. São esses relatos fatos ou ficção?# — Mateus 9:35; Lucas 9:11.

Se a Bíblia é o que ela afirma ser — a Palavra de Deus — então você tem um forte motivo para acreditar nos milagres registrados nela. A Bíblia é clara ao mencionar que no passado ocorreram milagres — curas, ressurreições e coisas assim. Mas ela também é clara em dizer que esses milagres não ocorrem mais. (Veja o quadro “Por que alguns milagres não ocorrem mais”.) Sendo assim, será que os que acreditam na Bíblia não acreditam que hoje em dia ocorram milagres? O próximo artigo responderá isso.

* A palavra “milagre”, usada neste artigo, é definida da seguinte forma por um dicionário bíblico: “Efeitos no mundo físico, que ultrapassam todos os poderes humanos ou naturais conhecidos, e que, portanto, são atribuídos a uma causa sobrenatural.”

# Você poderá analisar as evidências de que a Bíblia é digna de crédito, lendo o livro A Bíblia — Palavra de Deus ou de Homem?, publicado pelas Testemunhas de Jeová.




POR QUE ALGUNS MILAGRES NÃO OCORREM MAIS


A Bíblia menciona diversos tipos de milagres. (Êxodo 7:19-21; 1 Reis 17:1-7; 18:22-38; 2 Reis 5:1-14; Mateus 8:24-27; Lucas 17:11-19; João 2:1-11; 9:1-7) Muitos desses milagres serviram para identificar Jesus como o Messias e provar que ele tinha o apoio de Deus. Os primeiros seguidores de Jesus mostraram dons milagrosos, como falar em línguas e discernir expressões inspiradas. (Atos 2:5-12; 1 Coríntios 12:28-31) No início da congregação cristã, esses dons milagrosos foram úteis. Em que sentido?

Acontece que existiam poucas cópias das Escrituras. Geralmente, apenas os ricos possuíam rolos ou livros. Em terras pagãs não havia nenhum conhecimento sobre a Bíblia ou seu Autor, Jeová. O ensino cristão era transmitido oralmente. O objetivo dos dons milagrosos era mostrar que Deus estava usando a congregação cristã.

Mas Paulo explicou que esses dons cessariam quando não fossem mais necessários. “Quer haja dons de profetizar, serão eliminados; quer haja línguas, cessarão; quer haja conhecimento, será eliminado. Pois temos conhecimento parcial e profetizamos parcialmente; mas, quando chegar o que é completo, será eliminado o que é parcial.” — 1 Coríntios 13:8-10.

Hoje, as pessoas têm acesso a várias traduções da Bíblia, bem como a concordâncias e enciclopédias. Mais de 6 milhões de cristãos habilitados estão ajudando outros a obter conhecimento de Deus baseado na Bíblia. De modo que os milagres não são mais necessários para confirmar que Jesus Cristo é o Libertador designado de Deus ou para fornecer provas de que Jeová está apoiando os seus servos. 


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Deve crer em milagres? 

 


Milagres
que você já viu



A PALAVRA “milagre” tem o sentido adicional de “feito ou ocorrência extraordinária ou incomum”. Todos nós já vimos esse tipo de milagre, que não envolve a intervenção de Deus.

Os humanos, por terem obtido cada vez mais conhecimento das leis físicas da natureza, conseguiram realizar o que anteriormente era considerado impossível. Por exemplo, cem anos atrás a maioria das pessoas provavelmente achava impossível o que agora os computadores, a televisão, a tecnologia espacial e desenvolvimentos similares tornaram comuns.

Reconhecendo que têm apenas um conhecimento parcial das maravilhas científicas das criações de Deus, alguns cientistas admitem que não podem mais afirmar com certeza que algo seja impossível. Quando muito, estão dispostos a dizer que algo seja improvável. Deixam assim o caminho aberto para futuros “milagres”.


O corpo humano é uma criação maravilhosa


Mesmo se usarmos apenas o sentido básico de “milagre”, referindo-se assim a acontecimentos “atribuídos a causa sobrenatural”, podemos dizer que cada um de nós já viu milagres. Por exemplo, notamos o Sol, a Lua e as estrelas — todos produto de uma “causa sobrenatural”, o próprio Criador. Além disso, quem pode explicar em detalhes como funciona o nosso corpo e cérebro ou como se desenvolve o embrião humano? O livro The Body Machine (A Máquina do Corpo) destaca: “O organismo humano, controlado e coordenado pelo sistema nervoso central, é um aparelho sensorial sofisticado, um mecanismo auto-ajustável, um computador que se reproduz — uma criação maravilhosa e, em muitos sentidos, misteriosa.” Quando Deus criou “o organismo humano”, na verdade realizou um milagre, que continua a nos maravilhar. Há também outros tipos de milagres que você já viu, embora talvez nem tenha se dado conta disso. 


Pode um livro ser um milagre?

Nenhum livro tem tanta circulação como a Bíblia. Consegue ver nisso um milagre? Podemos atribuir sua existência a uma “causa sobrenatural”? É verdade que a Bíblia é um livro escrito por humanos, mas eles declararam que expressaram os pensamentos de Deus, não os seus próprios. (2 Samuel 23:1, 2; 2 Pedro 1:20, 21) Pense nisso. Foram cerca de 40 pessoas, que viveram num período de 1.600 anos, e que tinham formações diferentes, tais como pastores, militares, pescadores, funcionários públicos, médicos, sacerdotes e reis. No entanto, foram capazes de transmitir uma mensagem unificada de esperança confiável e exata.

Com base num estudo cuidadoso, as Testemunhas de Jeová aceitam a Bíblia, “não como a palavra de homens, mas, pelo que verazmente é, como a palavra de Deus”, conforme o apóstolo Paulo escreveu. (1 Tessalonicenses 2:13) No decorrer dos anos, suas publicações têm explicado como aparentes contradições na Bíblia podem ser harmonizadas com sua mensagem geral. Essa harmonia interna é por si só prova da autoria divina.*


Nenhum outro livro sofreu tantas tentativas de destruição como a Bíblia. No entanto, ela ainda existe e, pelo menos em parte, em mais de 2 mil idiomas. Sua preservação física como livro e a preservação da integridade de seu texto mostram a intervenção de Deus. Realmente, a Bíblia é um milagre!
Um milagre que ‘é vivo e exerce poder’

Os milagres do passado — curas e ressurreições — não ocorrem mais. Mas temos motivos para confiar que no iminente novo mundo de Deus, esses milagres ocorrerão de novo, dessa vez em escala global. Esses milagres trarão alívio permanente e estarão além de nossa capacidade atual de compreensão.

A Bíblia, que sobreviveu milagrosamente até os nossos dias, mesmo hoje pode realizar o que é equivalente a milagres, por motivar pessoas a mudar sua personalidade para melhor. (Veja um exemplo no quadro “O poder da Palavra de Deus”.) Hebreus 4:12 declara: “A palavra de Deus é viva e exerce poder, e é mais afiada do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão da alma e do espírito, e das juntas e da sua medula, e é capaz de discernir os pensamentos e as intenções do coração.” Sim, a Bíblia tem sido útil em transformar a vida de mais de 6 milhões de pessoas em todo o globo, dando-lhes um objetivo na vida e oferecendo-lhes uma maravilhosa esperança para o futuro.

Por que não deixa a Bíblia realizar um milagre em sua vida?

* Se desejar pesquisar mais sobre essas aparentes contradições e ver como se harmonizam com o restante do texto bíblico, poderá analisar os muitos exemplos considerados no capítulo 7 do livro A Bíblia — Palavra de Deus ou de Homem?, publicado pelas Testemunhas de Jeová.




MORTO OU VIVO?


De acordo com João 19:33, 34, Jesus já estava morto quando “um dos soldados furou-lhe o lado com uma lança, e saiu imediatamente sangue e água”. No entanto, Mateus 27:49, 50, indica que Jesus ainda estava vivo quando isso aconteceu. Por que essas
informações diferem uma da outra?


 

A Lei mosaica proibia deixar um criminoso pendurado a noite toda numa estaca de execução. (Deuteronômio 21:22, 23) Portanto, nos dias de Jesus, se um criminoso pendurado numa estaca ainda estivesse vivo no fim do dia, era costume quebrar-lhe as pernas, acelerando assim a morte. Ele não conseguiria mais manter-se ereto para respirar direito. Os soldados quebraram as pernas dos dois malfeitores pendurados ao lado de Jesus, mas não quebraram as dele. Isso indica que os soldados acharam que Jesus já estava morto. O soldado perfurou-lhe o lado, possivelmente para certificar-se de que ele estava morto e para eliminar qualquer chance de alguém fazê-lo reviver, fato que poderia ser proclamado erroneamente como ressurreição.

O texto de Mateus 27:49, 50 dá uma seqüência diferente de acontecimentos. Ele diz: “Outro homem tomou uma lança e furou-lhe o lado, e saiu sangue e água. Novamente, Jesus clamou com alta voz e entregou o seu espírito.” No entanto, a sentença em itálico não aparece em todos os manuscritos antigos da Bíblia. Muitos peritos acreditam que ela foi copiada posteriormente do Evangelho de João, mas colocada no lugar errado. De modo que muitas traduções colocam a sentença entre colchetes ou parênteses, apresentam uma explicação na nota de rodapé ou então omitem a sentença.

O texto-padrão de Westcott e Hort, usado amplamente como base para a Tradução do Novo Mundo, coloca a sentença em colchetes duplos. E observa que a sentença “muito provavelmente foi introduzida por escribas”.

Portanto, a evidência que fala mais alto é a de que João 19:33, 34 é real e que Jesus já estava morto quando o soldado romano furou-lhe com a lança. 



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Deve crer em milagres?

Deve crer em milagres?

O poder da Palavra de Deus


Detlef, adolescente e vítima de um lar desfeito, aos poucos foi levado para o mundo das drogas, das bebidas alcoólicas e do heavy metal.* Ele passou a fazer parte do grupo chamado skinhead, e seu comportamento violento logo lhe causou dificuldades com a polícia.

Em 1992, 60 skinheads envolveram-se numa briga feia com cerca de 35 punkers num bar no nordeste da Alemanha. Thomas, um dos punkers, foi tão espancado que morreu devido aos ferimentos. Vários líderes das duas gangues, inclusive Detlef, foram sentenciados à prisão, após um julgamento que recebeu ampla cobertura da mídia.

Pouco depois de Detlef ser solto da prisão, as Testemunhas de Jeová entregaram-lhe um panfleto, que tinha o tema: “Por que a vida é tão cheia de problemas?”. Detlef reconheceu imediatamente que o que estava lendo era verdade, e começou a estudar a Bíblia com as Testemunhas. Isso mudou totalmente o seu modo de vida. Desde 1996, ele é uma Testemunha de Jeová zelosa.

Siegfried, ex-punker, era um grande amigo de Thomas, o jovem que foi morto. Algum tempo depois, Siegfried também se tornou Testemunha de Jeová e agora é ancião congregacional. Quando Siegfried visitou a congregação de Detlef para proferir um discurso bíblico (de vez em quando a mãe de Thomas também assiste as reuniões ali), Detlef convidou-o para almoçar. Uns dez anos antes, teria sido difícil controlar o ódio que sentiam um pelo outro. Hoje é visível que se amam como irmãos.

Detlef e Siegfried aguardam com expectativa receber Thomas de volta para a vida num paraíso terrestre. Detlef diz: “Choro só de pensar nisso. Estou muito arrependido do que fiz.” Eles desejam ajudar Thomas a conhecer a Jeová e a se alegrar com a esperança que a Bíblia dá, assim como têm ajudado outros hoje.

Sem dúvida, esse é o poder da Palavra de Deus!

* Os nomes foram mudados.

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quarta-feira, 2 de março de 2011

Existe solução para a morte?


 
Existe solução para a morte?

Morte
Uma realidade terrível!


“DESDE o momento do nascimento há a constante possibilidade de que o ser humano morra a qualquer momento; e esta possibilidade inevitavelmente se tornará um fato consumado”, escreveu o historiador britânico Arnold Toynbee. E, de fato, ficamos muito tristes quando a morte leva um parente querido ou um amigo achegado.

Já por milênios a morte tem sido uma realidade terrível para a humanidade. Quando morre alguém querido, somos invadidos por um sentimento de impotência. Ninguém está livre de passar por essa dor. Um ensaísta do século 19 escreveu: “A tristeza faz com que todos voltemos a ser crianças; destrói todas as diferenças intelectuais. O mais sábio nada sabe.” Nós nos tornamos como criancinhas, indefesas e incapazes de mudar a situação. Nem riquezas nem poder são capazes de recuperar essa perda. Os sábios e os intelectuais não têm respostas. Tanto os mais fortes quanto os mais frágeis pranteiam.

O Rei Davi do Israel antigo passou por essa angústia quando seu filho Absalão morreu. Ao saber disso, o rei começou a chorar e a exclamar: “Meu filho Absalão, meu filho, meu filho Absalão! Oh! que eu, eu mesmo, tivesse morrido em teu lugar, Absalão, meu filho, meu filho!” (2 Samuel 18:33) Um grande rei que havia vencido inimigos poderosos não podia fazer nada a não ser desejar que ele mesmo tivesse sido derrotado às mãos do “último inimigo, a morte”, no lugar do seu filho. — 1 Coríntios 15:26.

Existe solução para a morte? Se existir, que esperança há para os que já morreram? Será que as pessoas que amamos voltarão a viver? O próximo artigo fornece respostas bíblicas a essas perguntas.



A única solução


UM HOMEM chamado Lázaro e suas irmãs, Marta e Maria, moravam em Betânia, uma cidade a 3 quilômetros de Jerusalém. Um dia Lázaro ficou muito doente. Suas irmãs ficaram muito aflitas e logo mandaram chamar Jesus, seu amigo, que não estava na cidade. Depois de saber das notícias, Jesus partiu para Betânia a fim de ver Lázaro. Durante a viagem, ele disse a seus discípulos que estava indo para acordar Lázaro do sono. Como os discípulos não entenderam logo o que Jesus queria dizer, ele explicou: “Lázaro morreu.” — João 11:1-14.

Quando chegou ao túmulo de Lázaro, Jesus pediu que a pedra na entrada fosse removida. Depois de orar em voz alta, ele ordenou: “Lázaro, vem para fora!” E Lázaro saiu. Aquele homem que estivera morto por quatro dias foi ressuscitado. — João 11:38-44.

Jesus ressuscitando Lázaro
O relato sobre Lázaro mostra que a ressurreição é com certeza a solução para a morte. Mas será que o milagre de Lázaro voltar a viver aconteceu mesmo? A Bíblia apresenta isso como um fato. Leia o relato de João 11:1-44 e veja como os detalhes são bem reais. Você acha que isso não aconteceu? Se esse for o caso, talvez encontre motivos para questionar a veracidade de todos os outros milagres registrados na Bíblia, incluindo a ressurreição do próprio Jesus Cristo. E “se Cristo não foi levantado”, diz a Bíblia, ‘a sua fé é inútil’. (1 Coríntios 15:17) A ressurreição é um ensinamento bíblico fundamental. (Hebreus 6:1, 2) No entanto, o que significa a palavra “ressurreição”?

O que se quer dizer com “ressurreição”?

Nas Escrituras Gregas Cristãs, a palavra “ressurreição” ocorre mais de 40 vezes. É a tradução de uma palavra grega que significa literalmente “ficar de pé de novo”. O significado da expressão correspondente no hebraico é “revivificação dos mortos”. Mas depois que a pessoa morre, o que é ressuscitado? Não pode ser o corpo, pois ele se decompõe e volta ao pó do solo. O que é ressuscitado não é o mesmo corpo, mas sim a mesma pessoa que morreu. Portanto, a ressurreição envolve a restauração do padrão da vida — a personalidade, o histórico e todos os detalhes da identidade da pessoa.

Jeová Deus, cuja memória é perfeita, não tem nenhuma dificuldade de se lembrar do padrão da vida dos que já morreram. (Isaías 40:26) Sendo o Originador da vida, ele pode facilmente ressuscitar a mesma pessoa com um novo corpo. (Salmo 36:9) Além disso, a Bíblia declara que Jeová sente “saudades” dos que já morreram; isso indica que ele tem um desejo sincero de ressuscitá-los. (Jó 14:14, 15) Ficamos muito contentes de saber que Jeová não só tem a capacidade de trazer a pessoa de volta à vida, mas também o desejo de fazer isso.

Jesus Cristo também tem um papel fundamental na ressurreição. Cerca de um ano após iniciar seu ministério, ele disse: “Assim como o Pai levanta os mortos e os faz viver, assim também o Filho faz viver os que ele quer.” (João 5:21) Percebeu como o relato sobre Lázaro mostra que Jesus tem o poder e também o desejo de ressuscitar os mortos?

E que dizer da idéia de que alguma coisa dentro de nós continua viva após a morte? Na verdade, o ensino da ressurreição e a idéia da imortalidade da alma ou do espírito são incompatíveis. Se algo dentro de nós sobrevivesse à morte, para que a ressurreição? Marta, irmã de Lázaro, não acreditava que depois de morto seu irmão continuava existindo num mundo espiritual. Ela acreditava na ressurreição. Quando Jesus garantiu a ela, “teu irmão se levantará”, Marta disse: “Sei que ele se levantará na ressurreição, no último dia.” (João 11:23, 24) E depois de ressuscitado, Lázaro não mencionou nada sobre vida após a morte. Ele tinha estado morto. “Os mortos . . . não estão cônscios de absolutamente nada”, declara a Bíblia. “Não há trabalho, nem planejamento, nem conhecimento, nem sabedoria no Seol [a sepultura comum da humanidade], o lugar para onde vais.” — Eclesiastes 9:510.
Assim, segundo a Bíblia, a única solução para a morte é a ressurreição. Mas entre as muitas pessoas que já morreram, quem será ressuscitado e onde?

Quem será ressuscitado?

Jesus disse: “Vem a hora em que todos os que estão nos túmulos memoriais ouvirão a sua voz [de Jesus] e sairão.” (João 5:28, 29) De acordo com essa promessa os que estão nos túmulos memoriais, ou seja, na memória de Jeová, serão ressuscitados. Agora a pergunta é: entre todos os que já morreram, quem está realmente na memória de Jeová aguardando a ressurreição?

O capítulo 11 do livro bíblico de Hebreus alista por nome homens e mulheres que serviram a Deus fielmente. Esses, bem como os servos fiéis de Deus que morreram em anos recentes, estarão entre os ressuscitados. Mas que dizer das pessoas que não viveram segundo os padrões de justiça de Deus, talvez por falta de conhecimento? Será que também estão na memória de Deus? Sim, muitas estão, pois a Bíblia promete: “Há de haver uma ressurreição tanto de justos como de injustos.” — Atos 24:15.

No entanto, nem todos os que já viveram serão ressuscitados. “Se praticarmos o pecado deliberadamente, depois de termos recebido o conhecimento exato da verdade, não há mais nenhum sacrifício pelos pecados, mas há uma certa expectativa terrível de julgamento”, diz a Bíblia. (Hebreus 10:26, 27) Alguns cometeram pecados que não têm perdão. Essas pessoas não estão no Hades (a sepultura comum da humanidade) mas sim na Geena, um lugar simbólico de destruição eterna. (Mateus 23:33) Mas devemos ter cuidado para não julgar se determinada pessoa será ressuscitada ou não. Esse julgamento cabe a Deus. Ele sabe quem está no Hades e quem está na Geena. O que cabe a nós é viver de acordo com a vontade de Deus.

Quem é ressuscitado para a vida nos céus?

A ressurreição mais notável foi a de Jesus Cristo. Ele foi “morto na carne, mas vivificado no espírito”. (1 Pedro 3:18) Nenhum humano jamais havia sido ressuscitado dessa forma antes. O próprio Jesus disse: “Nenhum homem ascendeu ao céu, senão aquele que desceu do céu, o Filho do homem.” (João 3:13) De fato, o Filho do homem foi o primeiro a ser ressuscitado como pessoa espiritual. (Atos 26:23) Também outros seriam ressuscitados dessa forma. As Escrituras declaram: “Cada um na sua própria categoria: Cristo, as primícias, depois os que pertencem a Cristo durante a sua presença.” — 1 Coríntios 15:23.

Um pequeno grupo de pessoas — “os que pertencem a Cristo” — são ressuscitados para a vida no céu com um objetivo especial. (Romanos 6:5) Participarão com Cristo em “reinar sobre a terra”. (Revelação [Apocalipse] 5:9, 10) Eles também servirão como sacerdotes, visto que participarão em remover os efeitos do pecado que a humanidade herdou do primeiro homem, Adão. (Romanos 5:12) O número dos que governarão com Cristo como reis e sacerdotes é 144.000. (Revelação 14:13) Que tipo de corpo eles recebem ao ser ressuscitados? Um “corpo espiritual”, diz a Bíblia. Isso torna possível que vivam no céu. — 1 Coríntios 15:35, 38, 42-45.

Quando se dá a ressurreição para o céu? ‘Durante a presença [de Cristo]’, diz 1 Coríntios 15:23. Os acontecimentos mundiais desde 1914 mostram claramente que não só a presença de Cristo, mas também a “terminação do sistema de coisas” começaram naquele ano. (Mateus 24:3-7) Assim, há motivos para se concluir que a ressurreição celestial de cristãos fiéis já começou, embora ocorra de forma invisível aos humanos. Isso significa que tanto os apóstolos como os primeiros cristãos já foram ressuscitados para viver no céu. Mas que dizer dos cristãos que ainda estão vivos e têm a esperança certa, dada por Deus, de que governarão com Cristo nos céus? Esses são levantados “num piscar de olhos”, ou imediatamente após a sua morte. (1 Coríntios 15:52) A ressurreição do pequeno grupo de 144.000 é chamada de “a ressurreição a ocorrer mais cedo” e “primeira ressurreição” porque se dá antes da ressurreição dos muitos que viverão na Terra. — Filipenses 3:11; Revelação 20:6
A maioria dos que morreram serão ressuscitados para viver na Terra
Uma mãe abraçando seu filho que foi ressuscitado

Quem será ressuscitado para a vida na Terra?

Segundo as Escrituras, a grande maioria dos que morreram serão trazidos de volta à vida na Terra. (Salmo 37:29; Mateus 6:10) Descrevendo a visão magnífica que teve dos ressuscitados, o apóstolo João escreveu: “O mar entregou os mortos nele, e a morte e o Hades entregaram os mortos neles, e foram julgados individualmente segundo as suas ações. E a morte e o Hades foram lançados no lago de fogo. Este significa a segunda morte, o lago de fogo.” (Revelação 20:11-14) Os que estão no Hades, ou Seol — a sepultura comum da humanidade —, estão na memória de Deus. Todos esses serão libertados das garras da morte. (Salmo 16:10; Atos 2:31) Cada um será julgado de acordo com as ações que praticar após ter sido ressuscitado. O que acontecerá depois com a morte e com o Hades? Serão lançados “no lago de fogo”. Isso significa que a morte herdada de Adão não mais afetará os humanos.

Pense na feliz perspectiva que a promessa da ressurreição apresenta aos que perderam alguém querido na morte. Por exemplo, quanta alegria a viúva de Naim deve ter sentido quando Jesus ressuscitou seu filho único! (Lucas 7:11-17) E sobre os pais de uma menina de 12 anos que Jesus ressuscitou, a Bíblia diz: “Eles ficaram logo fora de si com grande êxtase.” (Marcos 5:21-24, 35-42; Lucas 8:40-42, 49-56) No novo mundo prometido por Deus, será uma alegria imensa poder receber de volta as pessoas que amamos.

De que maneira somos afetados por saber a verdade sobre a ressurreição? A Enciclopédia Delta Universal diz: “A maioria das pessoas teme a morte e procura evitar pensamentos com ela relacionados.” Por quê? Porque para a maioria das pessoas, a morte é um mistério, algo a ser temido. Por saber a verdade sobre a condição dos mortos e ter a esperança da ressurreição ficamos com coragem quando nos deparamos com o “último inimigo, a morte”. (1 Coríntios 15:26) Isso também torna mais fácil suportar a dor causada pela morte de um amigo íntimo ou de um parente

Quando começará a ressurreição para a vida na Terra? Hoje a Terra está cheia de violência, conflitos, derramamento de sangue e poluição. Se os mortos voltassem a viver num mundo assim, certamente a sua felicidade duraria pouco. No entanto, o Criador prometeu que em breve acabará com este mundo controlado por Satanás. (Provérbios 2:21, 22; Daniel 2:44; 1 João 5:19) O propósito de Deus para a Terra está prestes a se cumprir. Daí, no pacífico novo mundo que Deus estabelecerá, bilhões de pessoas que agora estão dormindo na morte voltarão a viver.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Viver sob o controle da superstição




Viver sob o controle da superstição

VOCÊ esbarra sem querer em alguém ao sair de casa. Tropeça numa pedra. Ouve o pio de determinada ave à noite. Tem o mesmo sonho várias vezes. Para muitos, essas coisas são corriqueiras e inofensivas. Mas para certos povos da África Ocidental, esses acontecimentos podem ser encarados como sinais, presságios ou mensagens do mundo espiritual. Dependendo do sinal e de sua interpretação, algo de muito bom ou uma calamidade poderá acontecer à pessoa.


Obviamente, a África não é o único lugar em que existem superstições. Apesar de viver muitos anos sob um regime oficialmente ateísta, um número surpreendente de pessoas na China e em algumas repúblicas da antiga União Soviética ainda se apegam a determinadas superstições. No Ocidente, muitos consultam o horóscopo, têm pavor mórbido da sexta-feira 13, e têm horror a gato preto. Alguns dos habitantes do extremo norte do planeta encaram a aurora boreal como sinal de guerra e pestilências. Na Índia, a Aids tem sido espalhada por caminhoneiros que acreditam que precisam ter relações sexuais para manter baixa a temperatura do corpo nos dias quentes. No Japão, operários que trabalham na construção de túneis acreditam que dá azar uma mulher entrar no túnel antes de ele ser concluído. Há muitas superstições também no mundo dos esportes. Um jogador de voleibol, por exemplo, chegou a atribuir as vitórias de seu time ao fato de ele usar meias pretas em vez de brancas. A lista é interminável.

E você? Tem algum medo inexplicável, que guarda para si? Sente-se afetado por uma “crença ou costume para o qual parece não haver explicação lógica”? Sua resposta pode ser reveladora, porque é assim que uma obra de referência define a palavra “superstição”.

Quem permite que a superstição influencie suas decisões e sua rotina diária está, na verdade, permitindo que sua vida seja controlada por algo que realmente não entende. Acha que isso é sensato? Deveríamos submeter-nos a tal influência obscura e possivelmente sinistra? Será que a superstição é uma idiossincrasia inofensiva ou uma ameaça perigosa?

HÁ SUPERSTIÇÕES no mundo todo. Às vezes, são prezadas como parte da herança cultural. Ou podem ser consideradas uma curiosidade trivial, que dá sabor à vida. No Ocidente, as superstições geralmente não são levadas muito a sério. Em outros lugares, como na África, por exemplo, as superstições podem influenciar seriamente a vida das pessoas.

Grande parte da cultura africana baseia-se na superstição. Publicações, filmes e programas de rádio produzidos na África muitas vezes destacam superstições e assuntos místicos, como magia, culto aos antepassados e amuletos. Onde se originaram as superstições e por que as pessoas são tão influenciadas por elas? 


O que há por trás das superstições?

Muitas superstições se devem basicamente ao medo dos espíritos dos mortos ou de qualquer espírito. Certos acontecimentos são interpretados como esforços desses espíritos para contatar os vivos por meio de uma ameaça, um aviso ou uma graça.

Algumas superstições comuns em vários lugares do mundo

Fincar hashi numa tigela de arroz é sinal de morte


Ver uma coruja durante o dia dá azar

Quando uma vela se apaga durante uma cerimônia é sinal de que espíritos malignos estão por perto

Deixar cair uma sombrinha ou um guarda-chuva significa que ocorrerá um assassinato na casa

Colocar o chapéu sobre a cama dá azar

O badalar de sinos espanta os demônios

Apagar todas as velas do bolo de aniversário na primeira tentativa significa que o desejo da pessoa vai se realizar

Deixar uma vassoura encostada na cama permite que os espíritos 
maus na vassoura lancem um feitiço na cama

Gato preto que cruza o caminho dá azar

Deixar cair um garfo indica que a pessoa receberá a visita de um homem 

Colocar uma fotografia de elefantes de frente para a porta dá sorte

Pendurar uma ferradura acima da porta dá sorte

Deixar uma trepadeira subir nas paredes da casa protege contra o mal

Passar debaixo de escada dá azar

Quebrar um espelho dá sete anos de azar

Derramar pimenta-do-reino significa que terá uma discussão com seu melhor amigo

Derramar sal dá azar a menos que se jogue uma pitada sobre o ombro esquerdo

Deixar uma cadeira de balanço balançar sozinha é um convite para os demônios se sentarem nela

Deixar sapatos virados de sola para cima dá azar

Quando alguém morre, as janelas devem ser abertas para a alma poder sair.


As superstições também são muito associadas às curas e à medicina. Para a maioria da população dos países em desenvolvimento, a medicina moderna é muito cara e muitas vezes simplesmente não está ao seu alcance. Por isso, muitos procuram obter curas ou tentam tomar medidas preventivas recorrendo a costumes associados com seus ancestrais, espiritismo e superstições. Há também o fato de se sentirem mais à vontade com um curandeiro que conhece seus costumes e fala seu dialeto do que com um médico profissional. Desse modo, perpetuam-se as crenças supersticiosas.


As tradições supersticiosas sustentam a idéia de que as doenças e os acidentes não são coisas que acontecem por acaso, mas sim obras das forças do mundo espiritual. Os curandeiros podem dizer que um ancestral falecido está infeliz com alguma coisa. Ou médiuns espíritas talvez sugiram que a pessoa ficou doente ou se acidentou porque foi enfeitiçada por um curandeiro rival a pedido de alguém.

As superstições variam muito de um lugar para outro e sua propagação depende do folclore, das lendas e das circunstâncias locais. Mas o denominador comum entre todas elas é a crença que alguém, ou algo, do mundo espiritual precisa ser apaziguado.
 

Inofensivas ou perigosas?

Para a maioria das famílias, o nascimento de gêmeos é um acontecimento excepcional e emocionante. Para os supersticiosos, porém, isso pode ser interpretado como um sinal. Em algumas regiões da África Ocidental, muitos o encaram como o nascimento de deidades, e os gêmeos são venerados. Caso um ou ambos os gêmeos morram, fazem-se pequenas estátuas deles, e a família deve oferecer alimentos a esses ídolos. Em outras partes, o nascimento de gêmeos é encarado como uma maldição, chegando a ponto de alguns pais matarem pelo menos uma das crianças. Por quê? Eles acreditam que se as duas crianças sobreviverem, um dia elas matarão seus pais.

Exemplos como esses mostram que embora algumas superstições possam parecer interessantes e inofensivas, outras podem ser perigosas e até mortíferas. Quando interpretado de maneira sinistra, um acontecimento inofensivo pode ser transformado numa questão perigosa.

Isso deixa claro que, na realidade, a superstição é uma crença, uma forma de religião. Devido aos seus aspectos perigosos, é importante perguntar: ‘Na verdade, quem se beneficia das crenças e práticas supersticiosas?’ 


A origem das superstições

Apesar das evidências em contrário, alguns tendem a negar a existência de Satanás ou dos espíritos perversos. Contudo, recusar-se a reconhecer a existência de um inimigo perigoso em tempos de guerra só pode ser desastroso. O mesmo pode acontecer num conflito com criaturas espirituais sobre-humanas, porque o apóstolo Paulo escreveu: “Temos uma pugna . . . contra as forças espirituais iníquas.” — Efésios 6:12.

Embora não possamos vê-las, as criaturas espirituais do mal realmente existem. A Bíblia relata que uma criatura espiritual invisível usou uma serpente — assim como um ventríloquo usa um boneco — para se comunicar com a primeira mulher, Eva, e a induziu a rebelar-se contra Deus. (Gênesis 3:1-5) A Bíblia identifica essa pessoa espiritual como “a serpente original, o chamado Diabo e Satanás, que está desencaminhando toda a terra habitada”. (Revelação [Apocalipse] 12:9) Essa criatura, Satanás, conseguiu induzir outros anjos à rebelião. (Judas 6) Esses anjos perversos tornaram-se demônios, inimigos de Deus.

Jesus e seus discípulos expulsavam demônios das pessoas. (Marcos 1:34; Atos 16:18) Esses espíritos não são ancestrais mortos, pois os mortos “não estão cônscios de absolutamente nada”. (Eclesiastes 9:5) Em vez disso, são aqueles anjos rebeldes que foram desencaminhados por Satanás. Contatar esses espíritos ou submeter-se à sua influência é um assunto muito sério porque, assim como seu líder — Satanás, o Diabo —, eles gostariam de nos devorar. (1 Pedro 5:8) Seu objetivo é desviar-nos da única esperança para a humanidade — o Reino de Deus.

A Bíblia revela um dos métodos usados por Satanás e seus demônios: “Satanás persiste em transformar-se em anjo de luz.” (2 Coríntios 11:14) Satanás gostaria de nos fazer acreditar que ele pode oferecer-nos um modo de vida melhor. Por causa disso talvez pareça que alguns benefícios temporários se devem à intervenção de espíritos maus. Mas eles não podem nos oferecer soluções permanentes. (2 Pedro 2:4) Nem mesmo têm o poder de dar vida eterna a alguém, e logo serão destruídos. (Romanos 16:20) Nosso Criador é a única fonte da vida eterna e da verdadeira felicidade, e a melhor proteção que se pode ter contra as forças espirituais do mal. — Tiago 4:7.

Deus condena buscar ajuda por meio de práticas espíritas. (Deuteronômio 18:10-12; 2 Reis 21:6) Isso é flertar com o inimigo, fazer um acordo com os traidores de Deus. Consultar horóscopo, curandeiros, ou envolver-se, mesmo que superficialmente, em quaisquer práticas supersticiosas significa permitir que os espíritos do mal controlem sua vida. Isso é o mesmo que se juntar a eles na rebelião contra Deus. 


É possível proteger-se do mal?

Ade,* que mora no Níger, estava estudando a Bíblia com um pregador de tempo integral das Testemunhas de Jeová. Ele explicou ao seu instrutor por que tinha um talismã em seu estabelecimento comercial: “Existem muitos inimigos.” Seu instrutor lhe mostrou que Jeová é o único em quem podemos confiar para obter verdadeira proteção, e leu o Salmo 34:7, que diz: “O anjo de Jeová acampa-se ao redor dos que o temem, e ele os socorre.” Ade concluiu: “Se Jeová pode realmente me proteger, então vou dar fim ao talismã.” Já faz muitos anos que isso aconteceu e Ade serve atualmente como ancião e ministro de tempo integral. Nenhum de seus inimigos o tem prejudicado.

A Bíblia mostra que o tempo e os imprevistos sobrevêm a todos nós, quer sejamos supersticiosos quer não. (Eclesiastes 9:11) Contudo, Jeová nunca usa coisas más para nos provar. (Tiago 1:13) A morte e a imperfeição se devem ao pecado que herdamos de Adão. (Romanos 5:12) Por isso, todas as pessoas ficam doentes de vez em quando e cometem erros que podem gerar conseqüências calamitosas. Assim, seria errado dizer que todas as doenças ou todos os reveses da vida são obra dos espíritos maus. Acreditar nisso somente nos faria ficar tentados a procurar apaziguar os espíritos de alguma maneira.# Quando ficamos doentes, devemos procurar cuidados médicos adequados, e não buscar conselhos do ‘mentiroso e pai da mentira’, Satanás, o Diabo. (João 8:44) As estatísticas mostram que nos países onde predominam as superstições relacionadas aos ancestrais, as pessoas não vivem mais nem melhor do que os habitantes de outros países. Isso deixa claro que as superstições não são de nenhum benefício para a saúde.

Deus é mais poderoso do que qualquer espírito do mal, e está interessado em nosso bem-estar. “Os olhos de Jeová estão sobre os justos e os seus ouvidos estão atentos às súplicas deles.” (1 Pedro 3:12) Ore a Jeová para obter proteção e sabedoria. (Provérbios 15:29; 18:10) Esforce-se para entender a sua Palavra Sagrada, a Bíblia. O conhecimento exato da Bíblia é a melhor proteção que podemos ter. Ele nos ajuda a entender por que coisas ruins acontecem e como ganhar o favor do Deus Todo-Poderoso.



Uma “Sangoma” jogando ossos para adivinhar a causa dos problemas de um paciente

Libertada das garras da superstição


Algumas Testemunhas de Jeová estavam pregando numa região da África do Sul. Ao baterem numa casa, foram atendidas por uma mulher vestida de Sangoma (curandeira). Elas fizeram menção de ir embora, mas a mulher insistiu em que transmitissem a mensagem. Uma das Testemunhas de Jeová leu Deuteronômio 18:10-12 para mostrar o ponto de vista de Deus sobre as práticas espíritas. A curandeira aceitou a mensagem e concordou em estudar a Bíblia. Ela disse que, se o estudo da Bíblia a convencesse de que atuar como Sangoma era contrário à vontade de Jeová, não mais faria isso.


Depois de estudar o capítulo 10 do livro Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, junto com a Bíblia, ela queimou toda a sua parafernália relacionada à feitiçaria e começou a freqüentar as reuniões no Salão do Reino. Além disso, regularizou sua situação conjugal, embora estivesse separada do marido por 17 anos. Ambos são agora Testemunhas de Jeová dedicadas e batizadas.

O conhecimento exato a respeito de Deus traz verdadeira proteção e felicidade 


Benefícios de se obter o conhecimento de Deus

O conhecimento exato a respeito de Jeová e de seus propósitos — o oposto da ignorância e da superstição — é a chave para se obter verdadeira proteção. Isso pode ser visto no caso de Jean, de Benin. A família dele seguia rigorosamente as superstições. De acordo com os costumes tribais supersticiosos, a mulher que desse à luz um menino teria de passar nove dias numa cabana construída especialmente para isso. Se desse à luz uma menina, ficaria confinada na cabana por sete dias.

Em 1975, sua esposa deu à luz um belo garotinho, a quem deram o nome de Marc. Com base em seu conhecimento bíblico, o casal decidiu que não queria ter nada a ver com espíritos do mal. Mas cederiam ao medo e à pressão para seguir a superstição e acabariam permitindo que a mãe fosse confinada na cabana? Não, eles se recusaram a agir de acordo com a superstição tribal. — Romanos 6:16; 2 Coríntios 6:14, 15.

Será que aconteceu algo de mau à família de Jean? Muitos anos já se passaram, e atualmente Marc é servo ministerial na congregação local das Testemunhas de Jeová. A família toda está feliz por não ter permitido que a superstição influenciasse sua vida e colocasse em risco seu bem-estar espiritual. — 1 Coríntios 10:21, 22.

Os verdadeiros cristãos devem manter-se totalmente afastados das práticas obscuras da superstição e aceitar a luz espiritual oferecida pelo Criador, Jeová, e seu Filho, Jesus Cristo. Desse modo, podem ter a verdadeira paz mental por saberem que estão fazendo o que é correto aos olhos de Deus. — João 8:32.


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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Deve-se orar à Virgem Maria?



Deve-se orar à Virgem Maria?

MARIA é uma figura conhecida pela maioria dos que sabem um pouco sobre o cristianismo. As Escrituras relatam que o Deus Todo-Poderoso abençoou de forma especial esta jovem por escolhê-la para ser a mãe de Jesus. O nascimento de Jesus foi único pelo fato de Maria ser virgem quando o concebeu. Algumas igrejas da cristandade há muito tempo veneram Maria de forma especial. Em 431 EC, o Concílio de Éfeso proclamou-a “Mãe de Deus”, e hoje em dia muitas pessoas são ensinadas a orar a ela.
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Os que são adoradores sinceros sabem que devem orar à pessoa certa. O que a Bíblia ensina nesse respeito? Devem os cristãos orar à Virgem Maria? 


“Ensina-nos a orar”

O Evangelho de Lucas relata que um dos discípulos de Jesus pediu-lhe: “Senhor, ensina-nos a orar.” Em resposta, Jesus começou por dizer: “Sempre que orardes, dizei: ‘Pai, santificado seja o teu nome.’” Também, no Sermão do Monte, Jesus instruiu os seus seguidores a orar: “Nosso Pai nos céus, santificado seja o teu nome.” — Lucas 11:1, 2; Mateus 6:9.

Em primeiro lugar, aprendemos que a oração ou outra forma de adoração deve ser dirigida ao Pai de Jesus, que é Jeová. Em lugar nenhum a Bíblia nos autoriza a orar a qualquer outra pessoa. Isto é apropriado porque, como Moisés foi informado ao receber os Dez Mandamentos, Jeová é “um Deus que exige devoção exclusiva.” — Êxodo 20:5. 


Que dizer do rosário?

Muitos dos que oram a Maria aprendem que é possível obter bênçãos através da repetição de um conjunto de palavras — orações tais como Ave Maria, Pai Nosso e outras. Para os católicos, “a forma mais comum de devoção a Maria é, sem dúvida, o rosário”, diz o livro Symbols of Catholicism (Símbolos do Catolicismo). O rosário é um ato religioso em honra à Virgem Maria. O termo se refere também a um fio de contas usado para a contagem das orações. “Cinco conjuntos de dez contas, separadas por uma conta individual”, explica o mesmo livro, “são um convite para cinqüenta recitações da ‘Ave Maria’, cinco do ‘Pai Nosso’ e cinco de ‘Glória ao Pai’”. Será que Deus escuta com favor à recitação devota do rosário?

Vale ressaltar que as instruções que Jesus forneceu aos seus discípulos nos dão uma resposta confiável. Ele disse: “Ao orares, não digas as mesmas coisas vez após vez, assim como fazem os das nações, pois imaginam que serão ouvidos por usarem de muitas palavras.” (Mateus 6:7) Portanto, Jesus disse especificamente aos seus discípulos que evitassem repetir conjuntos pré-estabelecidos de palavras nas suas orações.

No entanto alguém talvez pergunte: ‘Mas Jesus não ensinou que os seus discípulos deviam repetir o Pai Nosso, que faz parte do rosário?’ É preciso notar que Jesus forneceu uma oração-modelo, que veio a ser conhecida como a oração do Pai Nosso. No entanto, devemos lembrar que ele fez isso imediatamente após dar o aviso acima para não dizer “as mesmas coisas vez após vez”. As diferenças das expressões que Jesus usou nos dois exemplos em que ensinou como orar são uma evidência de que ele não desejava que a oração-modelo fosse memorizada e repetida.(Mateus 6:9-15; Lucas 11:2-4) As idéias que Jesus expressou nessas ocasiões são iguais, mas as suas palavras não são as mesmas. Isto leva-nos à conclusão de que Jesus simplesmente forneceu modelos ou exemplos de como seus discípulos podem orar e sobre o que é adequado orar. Mais importante ainda é que as suas palavras indicam a quem as orações devem ser dirigidas 


Respeito por Maria

O fato de as Escrituras não ensinarem os cristãos a orar a Maria não mostra falta de respeito pelo papel que ela desempenhou na realização do propósito de Deus. As bênçãos que virão através do Filho dela beneficiarão eternamente toda a humanidade obediente. A própria Maria disse: “Todas as gerações me proclamarão feliz.” E Elizabete, prima de Maria, disse que ela era “abençoada . . . entre as mulheres”. De fato, para Maria foi um privilégio maravilhoso ter sido escolhida para dar à luz o Messias. — Lucas 1:42, 48, 49.

No entanto, Maria não é a única mulher a quem as Escrituras chamam de abençoada. Por causa dos atos que Jael realizou em prol da antiga nação de Israel, ela também foi considerada como tendo sido “abençoada entre as mulheres”. (Juízes 5:24) A fiel Jael, Maria e muitas outras mulheres tementes a Deus, mencionadas na Bíblia, certamente merecem ser imitadas, mas não veneradas.

Maria era uma seguidora fiel de Jesus. Ela estava presente em várias ocasiões durante o seu ministério terrestre e também quando ele morreu. Após a ressurreição de Jesus, ela e os irmãos de Jesus “persistiam em oração”. Isto dá-nos razões para acreditar que, assim como eles, ela também foi ungida com espírito santo em Pentecostes de 33 EC e assim também tinha a esperança de fazer parte da classe da noiva que reinará no céu com Cristo. — Mateus 19:28; Atos 1:14; 2:1-4; Revelação (Apocalipse) 21:2, 9.

Porém, isto não nos dá autoridade para orar a Maria. Orações sinceras são uma parte essencial da adoração e os cristãos são incentivados a ‘persistir em oração’. (Romanos 12:12) No entanto, toda essa devoção deve ser dirigida apenas a Jeová, por meio de Jesus Cristo. — Mateus 4:10; 1 Timóteo 2:5.

* A idéia de que Maria é a mãe de Deus baseia-se na doutrina antibíblica da Trindade, que afirma que Jesus é Deus.



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Por que considerar o casamento sagrado?

MUITAS pessoas hoje provavelmente alegariam crer na santidade do casamento. Por que, então, tantos casamentos terminam em divórcio? Para alguns, o casamento é uma mera promessa romântica e um acordo legal. Mas promessas podem ser quebradas. Pessoas que encaram o casamento desta forma não hesitam muito em terminar seu casamento quando as coisas não dão certo.

Como Deus encara o vínculo marital? A resposta está em Sua Palavra, a Bíblia, em Hebreus 13:4: “O matrimônio seja honroso entre todos.” A palavra grega traduzida “honroso” tem a ver com o que é precioso e altamente estimado. Quando valorizamos algo, procuramos preservá-lo e não perdê-lo, nem acidentalmente. O mesmo se deve dar com o arranjo do casamento. Os cristãos devem encará-lo como honroso — como algo precioso que querem proteger.

Obviamente, Jeová Deus criou o casamento como algo sagrado entre marido e esposa. Mas, como podemos mostrar que temos Seu ponto de vista a respeito do casamento?


Amor e respeito

Honrar o arranjo marital requer que os cônjuges honrem um ao outro. (Romanos 12:10) O apóstolo Paulo escreveu aos cristãos do primeiro século: “Cada um de vós, individualmente, ame a sua esposa como a si próprio; por outro lado, a esposa deve ter profundo respeito pelo seu marido”. — Efésios 5:33

É verdade que, às vezes, um dos cônjuges pode não agir de maneira amável ou respeitável. Ainda assim, os cristãos devem mostrar amor e respeito. Paulo escreveu: “Continuai a suportar-vos uns aos outros e a perdoar-vos uns aos outros liberalmente, se alguém tiver razão para queixa contra outro. Assim como Jeová vos perdoou liberalmente, vós também o fazei.” — Colossenses 3:13. 


Tempo e atenção

Os casais que encaram sua união como sagrada tomam tempo para satisfazer as necessidades físicas e emocionais um do outro. Isso inclui a intimidade sexual. A Bíblia diz: “O marido renda à esposa o que lhe é devido; mas, faça a esposa também o mesmo para com o marido.” — 1 Coríntios 7:3.

No entanto, muitos casais têm sentido a necessidade de o marido se mudar de forma temporária a fim de conseguir melhor salário. Às vezes, a separação tem se tornado inesperadamente longa. Muitas vezes, tais separações têm causado pressões no casamento, levando até mesmo ao adultério e ao divórcio. (1 Coríntios 7:2, 5) Por esta razão, muitos casais cristãos decidiram abrir mão de vantagens materiais em vez de pôr em risco seu casamento, que eles consideram sagrado.
 

Quando surgem problemas

Quando surgem dificuldades, os cristãos que honram seu casamento não vêem como primeira opção a separação ou o divórcio. (Malaquias 2:16; 1 Coríntios 7:10, 11) Jesus declarou: “Todo aquele que se divorciar de sua esposa, a não ser por causa de fornicação, expõe-na ao adultério, e quem se casar com uma mulher divorciada comete adultério.” (Mateus 5:32) Optar pelo divórcio ou pela separação, quando o casal não tem nenhuma base bíblica para isso, desonra o casamento.

Nosso modo de encarar o casamento se torna evidente pelos conselhos que oferecemos àqueles com sérios problemas maritais. Somos rápidos em recomendar a separação ou o divórcio? É verdade que pode haver casos em que existam razões válidas para uma separação, tais como quando há extremo abuso físico ou quando o marido se nega a prover o sustento.* Também, como já foi mencionado, a Bíblia permite o divórcio apenas quando o cônjuge é culpado de fornicação. Ainda assim, os cristãos não devem indevidamente influenciar a decisão de outros em tais situações. Afinal, é a pessoa com o problema marital — não quem dá o conselho — que enfrentará as conseqüências da decisão. — Gálatas 6:5, 7. 


Evite tratar o casamento com indiferença

Em alguns lugares tem se tornado comum pessoas usarem o casamento para conseguir o direito de morar em outro país. Geralmente, essas pessoas fazem um acordo segundo o qual pagam um cidadão daquele país para casar-se com elas. Muitas vezes, esses casais nem moram juntos, talvez nem mesmo mantendo um relacionamento amigável. Logo que obtêm o desejado direito de residência, se divorciam. Eles encaram o casamento apenas como um acordo comercial.

A Bíblia não apóia tal descaso. Independentemente de sua motivação, as pessoas que se casam entram em um acordo sagrado que Deus considera vitalício. As pessoas envolvidas em tais acordos são unidas como marido e esposa, e aplicam-se os requisitos bíblicos para um divórcio válido, com a possibilidade de um novo casamento. — Mateus 19:5, 6, 9.

Como qualquer outro empenho compensador, um bom casamento requer esforço e perseverança. Aqueles que deixam de apreciar a santidade do casamento desistem mais prontamente. Ou podem resignar-se a viver em um casamento infeliz. Por outro lado, aqueles que reconhecem a santidade do casamento sabem que Deus espera que fiquem juntos. (Gênesis 2:24) Compreendem também que, por fazerem seu casamento funcionar harmoniosamente, eles honram a Deus como o Originador do matrimônio. (1 Coríntios 10:31) Ter este ponto de vista lhes dá a motivação para perseverar e lutar para o êxito de seu casamento.



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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Os efeitos devastadores da morte



É possível entendermos por que
MORREMOS?
Os efeitos devastadores da morte



“CRIANÇA DE SEIS ANOS SE SUICIDA”. Essa chocante manchete referia-se à morte trágica de uma menina chamada Jackie. Sua mãe tinha falecido havia pouco tempo de uma doença terminal. Antes de se jogar na frente de um trem, Jackie disse a seus irmãos que queria ‘tornar-se um anjo e estar com a mãe’.

Ian tinha 18 anos quando implorou a um sacerdote que lhe explicasse por que seu pai havia morrido de câncer. Visto que o pai de Ian era um ‘homem bom’, disse o sacerdote, ‘Deus o queria no céu’. Depois dessa explicação, Ian decidiu que não desejava conhecer esse Deus cruel. Visto que a vida parecia ser tão sem sentido, ele decidiu levar uma vida de prazeres. Para isso, recorreu ao álcool, às drogas e à imoralidade. Sua vida estava fugindo ao controle. 


“Os viventes estão cônscios de que morrerão”

Esses dois casos lamentáveis ilustram como a morte pode devastar a vida das pessoas, em especial se for repentina. Com certeza, todos se dão conta do seguinte fato, declarado na Bíblia: “Os viventes estão cônscios de que morrerão.” (Eclesiastes 9:5) Mas muitos preferem ignorar essa dura realidade. E você? A vida exige tanto de nosso tempo e atenção que talvez nem pensemos na aparentemente distante perspectiva da morte.

“A maioria das pessoas teme a morte e evita pensar nela”, diz a enciclopédia World Book. No entanto, um acidente grave ou uma doença séria pode subitamente nos obrigar a encará-la. Ou talvez o enterro de um amigo ou parente nos faça pensar no triste fim que aguarda toda a humanidade. 




Mesmo assim, como dizem muitos enlutados nos funerais, “a vida continua”. De fato continua. E parece que a vida passa tão depressa que logo é preciso encarar os problemas da idade avançada. Nesse ponto, a morte não é mais aquela perspectiva remota. Há muitos funerais para assistir e muitas perdas de velhos amigos. Muitos idosos se fazem a perturbadora pergunta: “Quando será a minha vez?” 


A grande interrogação

Embora ninguém negue a certeza da morte, o que acontece depois dela pode ser um grande ponto de interrogação. Por causa das muitas explicações contraditórias, os cépticos talvez encarem o assunto como debate inútil sobre o desconhecido. A pessoa pragmática talvez conclua que, visto que “a vida é uma só”, deve-se aproveitar bem as boas coisas que ela oferece.

Outros, porém, não acreditam que a morte seja o fim de tudo. No entanto, não têm idéia clara do que vem depois. Alguns acham que a vida continua num lugar de felicidade eterna, ao passo que outros pensam que viverão de novo em algum tempo futuro, talvez como pessoa diferente.

Parentes enlutados invariavelmente se perguntam: “Onde estão os mortos?” Alguns anos atrás, um time de futebol americano viajava num microônibus para um jogo quando, de repente, um caminhão se chocou com o veículo deles, que capotou fora da estrada. Cinco membros do time morreram. Desde a morte do filho nesse acidente, a vida de certa mãe praticamente acabou. Ela sempre se pergunta onde está seu filho. Visita regularmente o túmulo do rapaz e fala com ele em voz alta durante horas. “Não posso acreditar que não exista nada depois da morte”, lamenta, “mas não tenho certeza”.

Obviamente, a nossa atitude para com a morte pode afetar nossa vida. Em vista das reações das pessoas diante da tragédia da morte, como você responderia a perguntas como estas: Será que não devemos nem pensar na morte, concentrando-nos apenas em viver? Deve-se permitir que a ameaçadora realidade da morte estrague a nossa vida? Será que um parente enlutado precisa ficar eternamente se perguntando onde está seu ente querido? A morte tem de continuar sendo um enigma?


“A morte foi tragada para sempre”

IMAGINE ver a manchete acima no jornal, em vez de ler sobre uma garotinha que tirou a própria vida. Naturalmente, nenhum jornal até hoje pôde publicar uma manchete assim. Mas as palavras acima de fato aparecem num livro que já tem milhares de anos — a Bíblia.

As Escrituras explicam claramente o que é a morte. Não revelam apenas por que morremos. Explicam também qual é a condição dos mortos e dão esperança para os nossos entes queridos falecidos. Por fim, fala de um momentoso dia em que será possível anunciar: “A morte foi tragada para sempre.” — 1 Coríntios 15:54.

A Bíblia não usa termos misteriosos para explicar o que é a morte, mas sim palavras simples. Por exemplo, muitas vezes ela compara a morte a ‘adormecer’, e diz que os mortos estão “dormindo na morte”. (Salmo 13:3; 1 Tessalonicenses 4:13; João 11:11-14) A morte é também identificada como ‘inimiga’. (1 Coríntios 15:26) O mais importante é que a Bíblia nos ajuda a entender por que a morte é comparável ao sono, por que ela aflige a humanidade e como essa inimiga finalmente será vencida. 


Por que morremos?

O primeiro livro da Bíblia relata como Deus fez o primeiro homem, Adão, e colocou-o num ambiente paradisíaco. (Gênesis 2:7, 15) No início de sua vida, Adão recebeu designações de trabalho, junto com uma estrita proibição. A respeito de certa árvore no jardim do Éden, Deus lhe disse: “Não deves comer dela, porque no dia em que dela comeres, positivamente morrerás.”* (Gênesis 2:17) Assim, Adão entendeu que a morte não era inevitável. Seria uma conseqüência direta da desobediência à uma lei divina.


A desobediência de Adão e Eva resultou na morte


Tragicamente, Adão e sua esposa, Eva, desobedeceram. Eles preferiram desprezar a vontade do Criador e sofreram as conseqüências. “Tu és pó e ao pó voltarás”, disse Deus ao anunciar os resultados do pecado deles. (Gênesis 3:19) Eles se tornaram seriamente falhos — imperfeitos. A sua imperfeição, ou condição de pecadores, os levaria à morte.

Essa falha — o pecado — foi passada também para os descendentes de Adão e Eva, a inteira raça humana. Em certo sentido, era como uma doença hereditária. Adão não só perdeu a oportunidade de viver sem a maldição da morte como também transmitiu a imperfeição aos seus descendentes. A família humana foi feita cativa do pecado. A Bíblia diz: “É por isso que, assim como por intermédio de um só homem entrou o pecado no mundo, e a morte por intermédio do pecado, e assim a morte se espalhou a todos os homens, porque todos tinham pecado.” — Romanos 5:12. 


“Entrou o pecado no mundo”

Essa falha hereditária, ou pecado, não pode ser vista através de um microscópio. “Pecado” refere-se a uma deficiência moral e espiritual que nos foi transmitida pelos nossos primeiros pais, e com conseqüências físicas. Mas a Bíblia revela que Deus providenciou uma solução. O apóstolo Paulo explica: “O salário pago pelo pecado é a morte, mas o dom dado por Deus é a vida eterna por Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Romanos 6:23) Na sua primeira carta aos coríntios, Paulo incluiu uma certeza que era muito significativa para ele: “Assim como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos serão vivificados.” — 1 Coríntios 15:22.

Obviamente, Jesus Cristo desempenha um papel-chave na eliminação do pecado e da morte. Ele disse que veio à Terra para “dar a sua alma como resgate em troca de muitos”. (Mateus 20:28) A situação é comparável a um seqüestro, em que a libertação do refém só pode ser conseguida por meio de um pagamento específico. Nesse caso, o resgate que pode nos libertar do pecado e da morte é a vida humana perfeita de Jesus.# — Atos 10:39-43.

Para prover o resgate, Deus enviou Jesus à Terra para dar a sua vida em sacrifício. “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, a fim de que todo aquele que nele exercer fé . . . tenha vida eterna.” (João 3:16) Antes de sofrer uma morte sacrificial, Cristo ‘deu testemunho da verdade’. (João 18:37) E durante seu ministério público, ele aproveitou certos acontecimentos para revelar a verdade sobre a morte. 


‘A menina está dormindo’

Jesus conhecia os efeitos da morte quando esteve na Terra. Ele sentiu a dor de perder pessoas que lhe eram achegadas e tinha pleno conhecimento de que ele mesmo teria uma morte prematura. (Mateus 17:22, 23) Lázaro, amigo íntimo de Jesus, faleceu aparentemente alguns meses antes de Jesus ser executado. Esse acontecimento nos ajuda a compreender qual era o conceito de Jesus a respeito da morte.

Pouco depois que soube da morte de Lázaro, Jesus disse: “Lázaro, nosso amigo, foi descansar, mas eu viajo para lá para o despertar do sono.” Os discípulos pensavam que, se Lázaro estivesse apenas descansando, ele melhoraria. De modo que Jesus disse sem rodeios: “Lázaro morreu.” (João 11:11-14) Obviamente, Jesus sabia que a morte é comparável ao sono. Ao passo que pode ser difícil para nós compreender o que é a morte, sabemos o que é o sono. Durante uma boa noite de descanso, nós não nos apercebemos da passagem do tempo e do que acontece ao nosso redor porque estamos temporariamente inconscientes. É exatamente assim que a Bíblia explica a condição dos mortos. Eclesiastes 9:5 diz: ‘Os mortos não estão cônscios de absolutamente nada.’


Jesus pegou na mão da menina morta e ela ressuscitou


Outro motivo pelo qual Jesus comparou a morte ao sono é que as pessoas podem ser “acordadas” da morte, graças ao poder de Deus. Certa ocasião, Jesus visitou uma família muito abalada com a morte de uma filha. “A menina não morreu, mas está dormindo”, disse Jesus. Daí ele pegou na mão da garota falecida e ela “se levantou”. Em outras palavras, ela foi ressuscitada. — Mateus 9:24, 25.

Jesus também ressuscitou seu amigo Lázaro. Mas, antes de realizar esse milagre, ele consolou Marta, irmã de Lázaro, dizendo: “Teu irmão se levantará.” Ela respondeu, confiantemente: “Sei que ele se levantará na ressurreição, no último dia.” (João 11:23, 24) É evidente que ela acreditava que todos os servos de Deus seriam ressuscitados algum dia no futuro.

O que exatamente significa a ressurreição? A palavra grega para “ressurreição” (anástasis) literalmente quer dizer “levantar-se”. Significa levantar-se dentre os mortos. Isso pode parecer incrível para alguns, no entanto, depois de dizer que os mortos ouviriam a sua voz, Jesus disse: “Não vos maravilheis disso.” (João 5:28) As ressurreições que o próprio Jesus realizou na Terra nos dão confiança na promessa da Bíblia de que os mortos na memória de Deus acordarão de seu longo “sono”. Revelação (Apocalipse) 20:13 profetiza: “O mar entregou os mortos nele, e a morte e o Hades [sepultura comum da humanidade] entregaram os mortos neles.”

Será que esses mortos serão ressuscitados apenas para envelhecer e morrer de novo, como no caso de Lázaro? Esse não é o propósito de Deus. A Bíblia nos garante que chegará o tempo em que “não haverá mais morte”, de modo que ninguém mais ficará velho e depois morrerá. — Revelação 21:4.

A morte é uma inimiga. A raça humana tem muitos outros inimigos, como as doenças e a velhice, que também causam muito sofrimento. Deus promete acabar com tudo isso e, por fim, com o maior inimigo da humanidade. “Como último inimigo, a morte há de ser reduzida a nada.” — 1 Coríntios 15:26.

Quando essa promessa se cumprir, os humanos terão uma vida perfeita, não prejudicada pelo pecado e pela morte. Enquanto isso, é consolador saber que os nossos entes queridos falecidos estão descansando e, se estiverem na memória de Deus, serão ressuscitados quando ele assim o determinar. 


Entender o que é a morte dá sentido à vida

Entender bem o que é a morte e a esperança para os mortos pode mudar a forma como encaramos a vida. Ian, mencionado no artigo anterior, tinha 20 e poucos anos quando aprendeu a explicação da Bíblia a respeito da morte. “Eu sempre tive uma vaga esperança de que meu pai estivesse em algum lugar”, diz ele. “Assim, quando aprendi que ele estava simplesmente dormindo na morte, fiquei um pouco decepcionado.” Mas, quando Ian leu a promessa divina de ressuscitar os mortos, ficou muitíssimo feliz de saber que poderia um dia reencontrar seu pai. “Pela primeira vez na vida senti-me em paz”, lembra-se. Saber ao certo o que é a morte lhe trouxe paz mental que acalmou seu espírito.

Clive e Brenda perderam seu filho de 21 anos, Steven, no acidente fatal mencionado no artigo anterior. Embora soubessem o que a Bíblia diz a respeito da morte, ainda assim estavam muito tristes com essa perda repentina. Afinal, a morte é inimiga, e sua aguilhoada é muito dolorosa. Mas o conhecimento bíblico que obtiveram a respeito da condição dos mortos aos poucos ajudou o casal a aliviar a sua dor. Brenda diz: “Sabermos o que é a morte nos deu condições de reestruturar a nossa vida e seguir em frente. Mas é claro que não passa um dia sem pensarmos no tempo em que Steven será acordado de seu sono profundo.” 


“Morte, onde está o teu aguilhão?”

Obviamente, saber qual é a condição dos mortos pode nos ajudar a ter um conceito equilibrado a respeito da vida. A morte não precisa ser um enigma. Podemos desfrutar a vida sem um temor mórbido dessa inimiga. E entender que a morte não extingue necessariamente a vida para sempre evita a busca frenética de prazeres por achar que “a vida é muito curta”. Saber que os nossos entes queridos falecidos que estão na memória de Deus dormem na morte, e aguardam a ressurreição, pode nos consolar e reacender nosso interesse pela vida.

Realmente, podemos aguardar com confiança o dia em que Jeová Deus, o Dador da vida, vai extinguir a morte para sempre. Que bênção será quando tivermos razão em perguntar: “Morte, onde está a tua vitória? Morte, onde está o teu aguilhão?” — 1 Coríntios 15:55.



* Essa é a primeira referência da Bíblia à morte.

# O preço do resgate foi uma vida humana perfeita, pois foi isso o que Adão havia perdido. O pecado contaminou todos os humanos, de modo que nenhum humano imperfeito poderia servir de resgate. Assim, Deus enviou seu Filho do céu à Terra com esse objetivo. (Salmo 49:7-9) Para mais informações sobre esse assunto, veja o capítulo 7 do livro Conhecimento Que Conduz à Vida Eterna, publicado pelas Testemunhas de Jeová.


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Que Esperança Há Para Entes Queridos Falecidos?

Que Esperança Há Para Entes Queridos Falecidos?





Que Esperança Há Para Entes Queridos Falecidos?

“Morrendo o homem, porventura tornará a viver?”, perguntou Jó muito tempo atrás. (Jó 14:14, Almeida) É possível que você também já se tenha perguntado a respeito. Como reagiria se soubesse que é possível um reencontro com seus entes queridos, aqui mesmo na terra, sob a melhor das condições?

Ora, a Bíblia promete: “Os teus mortos viverão . . . eles se levantarão.” E ela diz também: “Os próprios justos possuirão a terra e residirão sobre ela para todo o sempre.” — Isaías 26:19; Salmo 37:29.

Para termos verdadeira confiança nessas promessas, temos de conhecer a resposta a certas perguntas básicas: Por que as pessoas morrem? Onde estão os mortos? E como podemos estar certos de que poderão viver novamente? 


A Morte, e o que Acontece ao Morrermos

A Bíblia esclarece que Deus originalmente não intencionava que as pessoas morressem. Ele criou o primeiro casal humano, Adão e Eva, colocou-os num paraíso terrestre chamado Éden, e instruiu-os a terem filhos e a estenderem seu lar paradísico até cobrir toda a terra. Eles morreriam apenas se desobedecessem às instruções de Deus. — Gênesis 1:28; 2:15-17.

Carecendo de apreço para com a bondade de Deus, Adão e Eva realmente desobedeceram, e fez-se com que pagassem a penalidade prescrita. “[Voltarás] ao solo”, disse Deus a Adão, “pois dele foste tomado. Porque tu és pó e ao pó voltarás”. (Gênesis 3:19) Antes de ser criado, Adão não existia; ele era pó. E, por causa de sua desobediência, ou pecado, Adão foi sentenciado a voltar ao pó, a um estado de inexistência.

Portanto, a morte é a ausência de vida. A Bíblia traça o contraste: “O salário pago pelo pecado é a morte, mas o dom dado por Deus é a vida eterna.” (Romanos 6:23) Mostrando que a morte é um estado de total inconsciência, a Bíblia diz: “Pois os viventes estão cônscios de que morrerão; os mortos, porém, não estão cônscios de absolutamente nada.” (Eclesiastes 9:5) Quando a pessoa morre, diz a Bíblia: “Sai-lhe o espírito, ele volta ao seu solo; neste dia perecem deveras os seus pensamentos.” — Salmo 146:3, 4.

Contudo, visto que apenas Adão e Eva desobedeceram àquela ordem no Éden, por que todos nós morremos? É porque todos nós nascemos após a desobediência de Adão, e assim todos nós herdamos dele o pecado e a morte. Conforme a Bíblia explica: “Por intermédio de um só homem [Adão] entrou o pecado no mundo, e a morte por intermédio do pecado, e assim a morte se espalhou a todos os homens.” — Romanos 5:12; Jó 14:4

Mas, talvez alguém pergunte: 'Não têm as pessoas uma alma imortal que sobrevive à morte?' Muitos têm ensinado isso, até mesmo dizendo que a morte é uma passagem para uma outra vida. Mas, essa idéia não se origina da Bíblia. Em vez disso, a Palavra de Deus ensina que você é uma alma, que a sua alma é realmente você, com todas as suas faculdades físicas e mentais. (Gênesis 2:7; Jeremias 2:34; Provérbios 2:10) Também, a Bíblia diz: “A alma que pecar — ela é que morrerá.” (Ezequiel 18:4) Em parte alguma a Bíblia ensina que o homem tem uma alma imortal que sobrevive à morte do corpo. 


Como as Pessoas Poderão Viver Novamente

Depois que o pecado e a morte invadiram o mundo, Deus revelou que seu propósito era que os mortos tornassem a viver, por meio de uma ressurreição. Assim, diz a Bíblia: “Abraão . . . achava que Deus era capaz de levantá-lo [seu filho Isaque] até mesmo dentre os mortos.” (Hebreus 11:17-19) A confiança de Abraão não era mal colocada, pois a Bíblia diz a respeito do Todo-poderoso: “Ele é Deus, não de mortos, mas de viventes, pois, para ele, todos estes vivem.” — Lucas 20:37, 38.

 


Sim, o Deus Todo-poderoso tem não somente o poder mas também o desejo de ressuscitar pessoas por ele escolhidas. O próprio Jesus Cristo disse: “Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos túmulos memoriais ouvirão a sua voz e sairão.” — João 5:28, 29; Atos 24:15.

Não muito depois de ter dito isso, Jesus deparou-se com um cortejo fúnebre que saía da cidade israelita de Naim. O morto era o jovem filho único de uma viúva. Percebendo a extrema tristeza dela, Jesus se compadeceu. Assim, dirigindo-se ao cadáver, ele ordenou: “Jovem, eu te digo: Levanta-te!” E o jovem sentou-se, e Jesus o entregou à sua mãe. — Lucas 7:11-17.

Como no caso dessa viúva, houve também grande êxtase quando Jesus visitou a casa de Jairo, um presidente da sinagoga judaica. A sua filha de 12 anos falecera. Mas, quando Jesus chegou à casa de Jairo, aproximou-se da criança morta e disse: “Menina, levanta-te!” E ela se levantou! — Lucas 8:40-56.

Mais tarde, Lázaro, amigo de Jesus, morreu. Quando Jesus chegou a sua casa, Lázaro estava morto há quatro dias. Embora profundamente contristada, sua irmã Marta expressou confiança, dizendo: “Sei que ele se levantará na ressurreição, no último dia.” Mas, Jesus foi até o túmulo, ordenou que se removesse a pedra, e clamou: “Lázaro, vem para fora!” E ele veio! — João 11:11-44.

Agora, pense no seguinte: Qual era a condição de Lázaro durante aqueles quatro dias em que esteve morto? Lázaro nada falou sobre estar num céu de bem-aventuranças ou num inferno de tormentos, o que ele certamente teria feito, caso tivesse estado num lugar desses. Sim, Lázaro estava totalmente inconsciente na morte, e teria permanecido assim até 'a ressurreição no último dia', se Jesus não o tivesse trazido de volta à vida.

É verdade que esses milagres de Jesus trouxeram benefício apenas temporário, visto que aqueles a quem ele ressuscitou morreram novamente. Contudo, 1.900 anos atrás ele deu provas de que, com o poder de Deus, os mortos podem realmente voltar a viver! Portanto, por meio de seus milagres, Jesus mostrou em pequena escala o que ocorrerá na terra quando esta for dominada pelo Reino de Deus. 


Quando Morre um Ente Querido

Quando a inimiga morte ataca, o seu pesar pode ser grande, embora talvez creia na ressurreição. Abraão tinha fé de que sua esposa voltaria a viver, contudo, lemos que “Abraão entrou para lamentar Sara e para chorar por ela”. (Gênesis 23:2) E que dizer a respeito de Jesus? Quando Lázaro morreu, ele “gemeu no espírito e ficou aflito”, e logo depois “entregava-se ao choro”. (João 11:33, 35) Assim, quando morre alguém a quem amamos, não é fraqueza chorar.

Quando morre uma criança, é especialmente doloroso para a mãe. Assim, a Bíblia reconhece o amargo pesar que a mãe pode sentir. (2 Reis 4:27) Naturalmente, é também difícil para o pai enlutado. “Oh! que eu, eu mesmo, tivesse morrido em teu lugar”, exclamou o Rei Davi quando seu filho Absalão faleceu. — 2 Samuel 18:33.

Não obstante, visto que confia na ressurreição, a sua tristeza não será implacável. Como diz a Bíblia, você 'não estará pesaroso como os demais que não têm esperança'. (1 Tessalonicenses 4:13) Ao contrário, você se achegará a Deus em oração, e a Bíblia promete que “ele mesmo [o] susterá”. — Salmo 55:22.

A menos que haja outra indicação, todas as citações bíblicas acima são da Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas.


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