quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Consolo para os idosos

Consolo para os idosos

Um homem idoso feliz

Deus se preocupa com os idosos

NÃO é de surpreender que o problema dos maus-tratos aos idosos tenha se espalhado tanto hoje em dia. A Bíblia predisse há muito tempo que, durante “os últimos dias” deste sistema ímpio, as pessoas seriam ‘amantes de si mesmas, . . . sem afeição natural’. (2 Timóteo 3:1-3) A palavra grega traduzida “afeição natural” pode incluir o amor que normalmente existe no círculo familiar. Assim como a Bíblia predisse, esse tipo de afeição está visivelmente em falta hoje em dia.

Em nítido contraste com as pessoas que maltratam os idosos, Jeová Deus preza muito os que estão com idade avançada e se preocupa com eles. Veja como a Bíblia mostra isso.

“Juiz de viúvas”

As Escrituras Hebraicas deixam claro que Jeová se preocupa com os idosos. No Salmo 68:5, por exemplo, Davi chama a Deus de “juiz de viúvas”, que geralmente são idosas.* Em outras traduções da Bíblia, a palavra “juiz” é traduzida por “defensor”, “protetor” e “guardião”. É óbvio que Jeová se preocupa com as viúvas. A Bíblia até mesmo diz que quando elas são maltratadas ele fica irado. (Êxodo 22:22-24) As viúvas — e todos os idosos fiéis — são muito estimadas por Deus e seus servos. Provérbios 16:31 expressa o ponto de vista de Jeová e de seu povo quando diz: “As cãs são uma coroa de beleza quando se acham no caminho da justiça.”

Não é de surpreender que o respeito pelas pessoas de mais idade fosse parte fundamental da Lei que Jeová deu a Israel. Os israelitas receberam a seguinte ordem: “Deves levantar-te diante do cabelo grisalho e tens de mostrar consideração para com a pessoa dum homem idoso, e tens de ter temor de teu Deus. Eu sou Jeová.” (Levítico 19:32) Assim, em Israel, o respeito que a pessoa demonstrava pelos idosos afetava sua própria relação com Jeová Deus. Uma pessoa que maltratasse os idosos não podia dizer que amava a Deus.

Os cristãos não estão sujeitos à Lei mosaica. No entanto, eles estão sob “a lei do Cristo”, que afeta profundamente sua conduta e sua maneira de agir, o que inclui mostrar amor e preocupação pelos pais e pelos idosos. (Gálatas 6:2; Efésios 6:1-3; 1 Timóteo 5:1-3) E os cristãos mostram amor não apenas porque têm a obrigação de fazer isso, mas porque são motivados de coração. “Amai-vos uns aos outros intensamente de coração”, incentivou o apóstolo Pedro. — 1 Pedro 1:22.

Dorcas costurando para uma viúva
Dorcas se preocupava com as viúvas necessitadas. — Atos 9:36-39

O discípulo Tiago fornece outro motivo para cuidarmos dos idosos. Ele escreveu: “A forma de adoração que é pura e imaculada do ponto de vista de nosso Deus e Pai é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas na sua tribulação, e manter-se sem mancha do mundo.” (Tiago 1:27) Tiago salienta algo tocante. Ele traz à nossa atenção como essas pessoas queridas são importantes para Jeová.

Por isso, não basta simplesmente deixarmos de maltratar os idosos. Devemos também mostrar interesse ativo neles, fazendo coisas para seu benefício. (Veja o quadro “O amor em ação”.) Tiago escreveu: “A fé sem obras está morta.” — Tiago 2:26.

Console-os “na sua tribulação”

Podemos aprender algo mais das palavras de Tiago. Note que ele disse aos cristãos para cuidar das viúvas “na sua tribulação”. A palavra grega traduzida “tribulação” significa basicamente angústia, aflição ou sofrimento resultantes das pressões causadas pelas circunstâncias da vida. Não há dúvida de que muitos idosos passam por tais aflições. Alguns são solitários. Outros ficam deprimidos por causa das limitações decorrentes da idade. 

Mesmo os que são bem ativos no serviço a Deus podem se sentir desanimados. Veja o caso de João,# fiel proclamador do Reino de Deus há mais de quatro décadas, as três últimas tendo sido usadas no serviço de tempo integral. Agora com mais de 80 anos, João admite que às vezes se sente deprimido. Ele diz: “Muitas vezes olho para trás e me lembro dos erros que cometi, e olha que não foram poucos. Fico pensando que poderia ter-me saído melhor.”

Essas pessoas podem ser consoladas por saber que Jeová, apesar de ser perfeito, não é perfeccionista. Embora ele esteja ciente de nossos erros, a Bíblia diz a respeito dele: “Se vigiasses os erros, ó Jah, ó Jeová, quem poderia ficar de pé?” (Salmo 130:3) De fato, Jeová olha além de nossos erros e percebe o que há em nosso coração. Como sabemos disso?

O Rei Davi — que também era imperfeito e cometeu erros — foi inspirado por Deus a escrever as seguintes palavras, registradas no Salmo 139:1-3: “Ó Jeová, tu me esquadrinhaste e me conheces. Tu mesmo chegaste a conhecer meu assentar e meu levantar. De longe consideraste meu pensamento. Mediste minhas andanças e meu deitar ao comprido, e familiarizaste-te até mesmo com todos os meus caminhos.” Nesse texto, ‘medir’ significa literalmente “peneirar”, assim como o lavrador faz para separar a casca do grão. Sob inspiração divina, Davi nos garante que Jeová sabe peneirar e preservar em sua memória nossas boas obras.

Nosso misericordioso Pai celestial se lembra de nossas boas obras — e dá valor a elas — desde que nos mantenhamos fiéis a ele. De fato, a Bíblia diz que ele consideraria uma injustiça se esquecer de nossa obra e do amor que mostramos ao seu nome. — Hebreus 6:10.

“As coisas anteriores já passaram”

A Bíblia mostra que os problemas da idade avançada não era o que Deus tinha em mente para a humanidade. Foi só depois que nossos primeiros pais, o primeiro homem e a primeira mulher, se rebelaram contra seu Criador que os efeitos debilitantes do envelhecimento se tornaram parte da vida dos humanos. (Gênesis 3:17-19; Romanos 5:12) Isso não continuará para sempre.

Como já mencionado, muitas das situações ruins que enfrentamos hoje — inclusive os maus-tratos aos idosos — são provas de que vivemos nos “últimos dias” deste sistema de coisas. (2 Timóteo 3:1) O propósito de Deus é desfazer os efeitos do pecado, inclusive as conseqüências devastadoras da idade avançada e da morte. A Bíblia diz: “[Deus] enxugará dos seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem clamor, nem dor. As coisas anteriores já passaram.” — Revelação (Apocalipse) 21:4.

No novo mundo de Deus, as dores da idade avançada, e também os maus-tratos aos idosos, serão coisas do passado. (Miquéias 4:4) Até mesmo as pessoas que morreram e estão na memória de Deus serão trazidas de volta à vida para que também possam ter a oportunidade de viver para sempre no Paraíso na Terra. (João 5:28, 29) Naquele tempo, como nunca antes, ficará evidente que Jeová se preocupa não apenas com os idosos, mas com todos os que o obedecem.

O amor em ação


Jovem lendo para uma mulher idosa

Entre as Testemunhas de Jeová, os anciãos da congregação tomam a dianteira em mostrar consideração pelos idosos. Levam a sério o conselho do apóstolo Pedro: “Pastoreai o rebanho de Deus, que está aos vossos cuidados.” (1 Pedro 5:2) Cuidar dos idosos de maneiras práticas faz parte da responsabilidade de cuidar do rebanho de Deus. Mas o que isso pode envolver?

É preciso paciência e possivelmente várias visitas e conversas informais para determinar todas as necessidades de uma pessoa idosa. Talvez precise de ajuda para fazer compras e limpar a casa, conseguir transporte para as reuniões congregacionais, ler a Bíblia e as publicações cristãs e várias outras coisas. Dentro do possível, devem-se estabelecer e colocar em prática medidas que realmente funcionem.



Homem consertando um refrigerador para uma mulher idosa


E se um irmão idoso ou uma irmã idosa na congregação estiver em sérias dificuldades, talvez precisando de ajuda financeira? Primeiro, é bom tentar descobrir se há filhos ou outros parentes que possam ajudar. Isso está em harmonia com o que diz 1 Timóteo 5:4: “Se alguma viúva tiver filhos ou netos, que estes aprendam primeiro a praticar a devoção piedosa na sua própria família e a estar pagando a devida compensação aos seus pais e avós, pois isto é aceitável à vista de Deus.”

Pode ser que o idoso precise de ajuda para ver se ele tem direito de receber qualquer auxílio do governo. Talvez alguns na congregação tenham condições de ajudar. Se nenhuma dessas opções der certo, os anciãos podem avaliar se a pessoa se qualifica para receber ajuda da congregação. Na congregação cristã no primeiro século isso foi autorizado em alguns casos, pois o apóstolo Paulo escreveu a seu colaborador Timóteo: “Seja colocada na lista a viúva que não tiver menos de sessenta anos de idade, esposa de um só marido, dando-se dela testemunho de obras excelentes, se tiver criado filhos, se tiver hospedado estranhos, se tiver lavado os pés dos santos, se tiver socorrido os em tribulação, se tiver seguido diligentemente toda boa obra.” — 1 Timóteo 5:9, 10.

Família conversando com uma mulher idosa
%  Para mais informações, veja o artigo “Suprir as necessidades dos idosos — um desafio para os cristãos”, em A Sentinela de 15 de julho de 1988.

*  É claro que nem todas as viúvas são idosas. Levítico 22:13, por exemplo, indica que Deus também se preocupa com as viúvas mais jovens.

Consolo para os idosos

Consolo para os idosos

Homem idoso deprimido


Negligenciados, maltratados, e idosos

AO FAZER a ronda, o vigia noturno não estava preparado para a cena horripilante que o aguardava. Logo ali, do lado de fora de um conjunto residencial de luxo, ele se deparou com dois corpos sem vida: um casal de idosos que tinha pulado da janela do seu apartamento no oitavo andar. Por mais chocante que tenha sido esse suicídio, o motivo de terem feito isso era ainda mais chocante. Um bilhete encontrado no bolso do marido dizia: “Estamos pondo fim às nossas vidas por causa dos constantes abusos e maus-tratos que sofremos às mãos de nosso filho e de nossa nora.”

Os detalhes desse episódio podem ser incomuns, mas a questão por trás dele é tão comum que se tornou motivo de preocupação. De fato, maltratar idosos é um problema que contaminou praticamente o mundo inteiro. Considere o seguinte:
  • Em certo estudo, 4% dos idosos canadenses relataram ter sido maltratados ou explorados — geralmente por um membro da família. No entanto, muitos idosos sentem-se envergonhados ou temerosos demais para falar sobre essa situação lastimável. O número real pode chegar perto dos 10%, dizem os pesquisadores.

  • “A Índia, por trás de uma fachada de fortes vínculos familiares, está se desmoronando sob um número crescente de idosos rejeitados pelos filhos”, relata a revista India Today.


  • De acordo com as melhores estimativas disponíveis, “de um milhão a dois milhões de americanos com 65 anos ou mais foram feridos, explorados ou, de outra forma, maltratados por alguém de quem dependiam para receber cuidado e proteção”, diz o Centro Nacional contra o Abuso de Idosos. Um promotor público adjunto em San Diego, Califórnia, declara que o abuso de idosos é “uma das questões mais sérias com que se confrontam os órgãos de repressão ao crime hoje em dia”. Ele diz ainda: “Vejo o problema aumentando nos próximos anos.”

  • Em Canterbury, Nova Zelândia, aumenta a preocupação de que os idosos estejam sendo explorados pelos familiares — principalmente pelos parentes que têm problemas com drogas, álcool e jogatina. Em Canterbury, o número registrado de maus-tratos aos idosos aumentou drasticamente de 65, em 2002, para 107, em 2003. O diretor-executivo de uma agência especializada em impedir tais abusos diz que esse número talvez represente apenas a “ponta do iceberg”.


  • A Ordem dos Advogados do Japão advertiu que “os idosos vítimas de maus-tratos precisam receber ainda mais atenção do que as crianças vítimas de abuso ou do que as vítimas de outro tipo de violência doméstica”, noticia o jornal The Japan Times. Por quê? Um dos motivos, diz o Times, é que, “em comparação com o abuso de crianças e de mulheres, os abusos contra idosos tendem a demorar mais a vir à tona, em parte porque os idosos acham que a culpa é deles quando a violência é infligida pelos filhos, e também porque os governos e as autoridades locais, até o momento, não conseguiram lidar com esse problema”.
Essa pequena amostra do que está acontecendo no mundo todo nos faz perguntar: Por que tantos idosos são desprezados e maltratados? Existe alguma esperança de que as coisas vão melhorar? Que consolo há para os idosos?

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domingo, 16 de janeiro de 2011

VIÚVAS E VIÚVOS O QUE ELES PRECISAM? COMO VOCÊ PODE AJUDAR?

Uma viúva de luto
Sob a luz fraca da cozinha de seu pequeno apartamento, Jeanne põe a mesa de forma mecânica. Afinal, ela precisa comer alguma coisa. De repente, olha para os dois pratos à sua frente . . . e cai em prantos. Por força do hábito, ela pôs a mesa para dois. Faz dois anos que seu querido marido faleceu.

VIÚVAS E VIÚVOS O QUE ELES PRECISAM? COMO VOCÊ PODE AJUDAR?

PARA quem nunca passou por isso, é impossível entender como é grande a dor causada pela perda do cônjuge. De fato, a mente humana demora para aceitar essa terrível realidade. Beryl, de 72 anos, não conseguia aceitar a morte repentina de seu marido. “Parecia mentira”, diz ela. “Eu não podia acreditar que ele não entraria mais por aquela porta.”

Depois de uma amputação, alguns às vezes sentem que ainda têm aquela parte do corpo. De forma similar, pessoas enlutadas às vezes “veem” seu cônjuge amado no meio de uma multidão, ou percebem que estão falando para o cônjuge que já não está mais ali.

Amigos e familiares muitas vezes não sabem como reagir diante desse sofrimento. Conhece alguém que perdeu o cônjuge na morte? Como você pode dar apoio? O que precisa saber para ajudar viúvas e viúvos a lidar com essa dor? Como você pode ajudar os enlutados a recuperar aos poucos o gosto pela vida?

Coisas a evitar

Amigos e familiares preocupados e com boas intenções talvez tentem diminuir o tempo do processo de luto da pessoa. No entanto, um pesquisador que fez um estudo com 700 viúvas e viúvos escreveu: “Não existe um período ‘certo’ para o luto.” Assim, em vez de tentar fazer com que a pessoa não chore, dê tempo para ela expressar sua dor. — Gênesis 37:34, 35; Jó 10:1.

Embora seja apropriado ajudar a cuidar de formalidades relacionadas ao funeral, você não precisa assumir o controle de todos os assuntos. Paul, um viúvo de 49 anos, comenta: “Aqueles que me ajudaram de forma prática, mesmo assim deixaram que eu tivesse controle dos assuntos. Achei isso muito bom. Para mim foi muito importante cuidar de que tudo corresse bem no funeral de minha esposa. Foi a última coisa que eu pude fazer por ela.”

Naturalmente, é bom receber alguma ajuda. Eileen, uma viúva de 68 anos, diz: “Visto que eu não conseguia pensar direito, era difícil tomar as providências para o funeral e tratar de toda a documentação. Felizmente, meu filho e minha nora me ajudaram bastante.”

Além disso, não tenha receio de falar sobre a pessoa querida que faleceu. Beryl, já mencionada, lembra: “Meus amigos me deram bastante apoio. Mas percebi que muitos evitavam falar sobre meu marido, John. Era como se ele nunca tivesse existido, e isso me deixava um pouco magoada.” Com o tempo, as viúvas e os viúvos talvez desejem falar abertamente sobre o cônjuge. 

Você se lembra de um gesto bondoso ou de uma história engraçada sobre a pessoa que morreu? Então, fale isso para o cônjuge dela; não fique com receio. Caso sinta que seu comentário será bem-vindo, diga o que você gostava na pessoa ou do que sente falta. Isso talvez ajude cônjuges enlutados a ver que outros compartilham sua dor. — Romanos 12:15.

Ao tentar ajudar, evite sufocar a pessoa com conselhos. Não a force a tomar decisões rápido demais.* Seja discernidor e pense: ‘Que coisas positivas eu posso fazer para ajudar um amigo ou parente que está passando por uma das mudanças mais difíceis na vida?’

Amigos verdadeiros se mantêm à disposição e continuam a dar apoio

O que você pode fazer

Nos primeiros dias, é provável que a pessoa enlutada aceite ajuda prática. Será que você pode fazer companhia para ela, preparar refeições ou hospedar parentes?

Também é bom lembrar que os homens e as mulheres lidam com o luto e a solidão de maneira diferente. Por exemplo, em algumas partes do mundo, mais da metade dos viúvos casa de novo em menos de um ano e meio depois da morte da esposa — o que dificilmente acontece no caso das mulheres. Por que essa diferença?

Ao contrário do que se pensa, os homens não casam de novo simplesmente para satisfazer suas necessidades físicas ou sexuais. O fato é que os homens tendem a ter somente a esposa como confidente, e talvez seja isso que os arrasta para uma profunda solidão depois que ela morre. As viúvas, por seu lado, são mais capazes de encontrar apoio emocional, apesar de às vezes serem esquecidas pelos amigos do marido. Isso em parte explica por que muitos viúvos talvez achem que um segundo casamento é a única maneira de vencer a solidão — mesmo correndo o risco de se envolverem precipitadamente num novo relacionamento. Assim, é possível que as viúvas consigam lidar melhor com as dores da solidão.

Independentemente de seu amigo ou parente ser homem ou mulher, o que você pode fazer para aliviar o peso da solidão? Helen, uma viúva de 49 anos, diz: “Muitos têm boas intenções, mas não tomam a iniciativa. É comum dizerem: ‘Se eu puder ajudar em alguma coisa, me avise.’ Mas gostei quando alguns disseram: ‘Vou fazer compras. Quer vir comigo?’” Paul, cuja esposa morreu de câncer, explica por que gostou de ser convidado para sair um pouco: “Às vezes, você não tem vontade de estar com outras pessoas ou de falar sobre sua situação. Mas depois de passar algum tempo com amigos, você se sente muito melhor e não tão só. Vê que as pessoas realmente se importam, e isso torna as coisas mais fáceis.”#

Uma viúva fazendo compras com amigas
Lembre-se de convidá-los para sair

Quando mais se precisa de empatia

Helen se deu conta de que o momento em que mais precisou de apoio emocional foi quando a maioria dos parentes já tinha voltado para a sua rotina. Ela diz: “Os amigos e familiares ajudam no início. Depois a vida deles volta ao normal, mas a sua não.” Tendo isso em mente, amigos verdadeiros mantêm-se à disposição e continuam a dar apoio.

Talvez uma viúva ou um viúvo precisem mais de companhia em dias específicos como o aniversário de casamento ou a data da morte do cônjuge. Eileen, já mencionada, disse que seu filho adulto procura preencher o vazio que ela sente em seu aniversário de casamento: “Todo ano, nesse dia, meu filho Kevin me leva para sair e depois vamos a um restaurante. Fica uma coisa entre mãe e filho.” O que acha de anotar essas datas mais difíceis para um familiar ou amigo viúvo? Daí, você ou outros podem programar alguma atividade com a pessoa naquele dia difícil. — Provérbios 17:17.

Uma família conversando ao telefone com uma viúva 

Será que há datas específicas em que sua ajuda seria especialmente bem-vinda?

Alguns acham consolador falar com alguém que passou pela mesma situação. Annie, viúva há oito anos, disse o seguinte sobre como sua amizade com outra viúva foi de ajuda: “A determinação dela me impressionou muito e me incentivou a ir em frente.”

Realmente, depois de superar os estágios iniciais do luto, as viúvas e os viúvos podem se tornar exemplos para outros e uma fonte de esperança. Duas viúvas mencionadas na Bíblia, a jovem Rute e sua sogra Noemi, se beneficiaram da ajuda que deram uma à outra. Esse relato comovente descreve como o interesse mútuo dessas mulheres as ajudou a aliviar a dor e a lidar com a sua situação desafiadora. — Rute 1:15-17; 3:1; 4:14, 15.

Tempo para curar

Para voltar a ter gosto pela vida, quem é viúvo precisa encontrar o equilíbrio certo entre preservar a memória da pessoa que amava e cuidar de suas próprias necessidades. O sábio Rei Salomão reconheceu que há um “tempo para chorar”. Mas ele também disse que há um “tempo para curar”. — Eclesiastes 3:3, 4.

Paul, já mencionado, ilustra como é difícil não viver do passado: “Eu e minha esposa éramos como duas árvores que cresceram entrelaçadas. Mas depois uma delas morreu e foi removida, deixando a outra com a aparência deformada. Era estranho estar sozinho.” A lealdade ao cônjuge falecido faz com que alguns se recusem a deixar o passado para trás. Outros acham que se divertir um pouco seria uma traição, por isso se recusam a sair ou conhecer outras pessoas. Como ajudar de maneira suave as viúvas e os viúvos em seu processo de cura, ou seja, a seguir em frente com sua vida?

Um passo inicial pode ser ajudar a pessoa a expressar seus sentimentos. Herbert, viúvo há seis anos, diz: “Para mim foi muito importante quando as pessoas que me visitavam ficavam sentadas, escutando enquanto eu lembrava alguma coisa do passado ou mencionava alguma coisa que me preocupava no momento. Sei que nem sempre fui a melhor companhia, mas apreciava sua empatia.” Paul ficou sensibilizado especialmente com um amigo mais velho que sempre tomava a iniciativa de perguntar como ele estava se sentindo. Paul diz: “Gostava da sua maneira sincera e tranquila de falar comigo e muitas vezes eu acabava expressando meus sentimentos.” — Provérbios 18:24.

Ao expressar sentimentos conflitantes como remorso, culpa ou raiva, a pessoa enlutada dá um passo decisivo para aceitar sua nova situação. No caso do Rei Davi, foi depois de derramar seu coração perante o melhor confidente, Jeová Deus, que ele conseguiu reunir forças para se ‘levantar’ e aceitar a triste realidade da morte de seu filho. — 2 Samuel 12:19-23.

1. Amigos ajudando um viúvo; 2. Uma família e um viúvo fazendo uma caminhada

Inclua aqueles que são viúvos em seus momentos de descontração e atividades diárias
Apesar de no começo ser difícil, com o tempo, a viúva, ou o viúvo, precisa voltar a ter uma rotina diária. Será que você pode incluir essa pessoa em alguma de suas atividades, como fazer compras ou uma caminhada? Talvez possa pedir que ela ajude em alguma tarefa. Essa é outra maneira de tirar a pessoa do isolamento. Por exemplo, ela pode tomar conta das crianças ou mostrar como preparar um prato especial que sabe fazer. No caso de um viúvo, talvez ele possa ajudar a fazer algum conserto na casa. Além de serem atividades estimulantes, essas iniciativas mostram à pessoa que a vida dela tem sentido.

Por se abrir mais com outros, a pessoa enlutada pode aos poucos voltar a ter gosto pela vida e até estabelecer novas metas. Foi isso o que aconteceu no caso de Yonette, uma viúva de 44 anos que também é mãe. Ela recorda: “Voltar a ter uma rotina foi tão difícil! Cuidar da casa, das finanças e de três filhos foi realmente um desafio.” Mas com o tempo, Yonette aprendeu a se organizar e a se comunicar melhor com os filhos. Ela também aprendeu a aceitar a ajuda de amigos achegados.

Uma caixa de jóias

Guardar ou não guardar?

“Guardei muitas coisas pessoais de meu marido”, diz Helen, viúva apenas há alguns anos. “Parece que à medida que o tempo passa, esses objetos me trazem mais boas lembranças. Na época não quis me desfazer de nada porque com o tempo os sentimentos podem mudar bastante.”

Em contraste, Claude, que perdeu sua esposa há mais de cinco anos, diz: “No meu caso, não preciso ficar rodeado pelas coisas que eram de minha esposa para não esquecer dela. Acho que o fato de ter me desfeito dessas coisas me ajudou a aceitar a realidade e tornou a fase do luto menos sofrida.”
Essas frases mostram que as pessoas podem tomar decisões bem diferentes sobre a questão de guardar ou não as coisas do cônjuge falecido. Por isso, amigos e familiares sensatos evitarão impor seu ponto de vista. — Gálatas 6:25.

“A vida ainda é uma dádiva preciosa”

Para que a ajuda dada seja eficaz, amigos e familiares precisam ser realistas. Por meses e até anos, a recuperação e o estado de espírito da pessoa viúva pode alternar entre períodos de relativa serenidade e crises de depressão. Sem dúvida, “a praga do seu próprio coração” pode ser bem difícil. — 1 Reis 8:38, 39.

É durante os períodos difíceis que a pessoa talvez precise de um pequeno empurrão na direção certa para não perder contato com a realidade nem se entregar ao isolamento. Isso tem ajudado muitas viúvas e viúvos a dar um novo rumo à sua vida. Claude, um viúvo de 60 anos e hoje um evangelizador por tempo integral na África, diz: “A vida ainda é uma dádiva preciosa, mesmo depois que alguém passa pela dor terrível de perder o cônjuge.”

É verdade que a vida nunca é a mesma depois da morte da pessoa amada. Mas aqueles que vão em frente com a sua vida ainda têm muito para dar. — Eclesiastes 11:7, 8.


*  Veja o quadro “Guardar ou não guardar?
#  Para mais sugestões sobre como dar ajuda prática à pessoa enlutada, veja a brochura Quando Morre Alguém Que Amamos, páginas 20-25, publicada pelas Testemunhas de Jeová.


quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Os jovens e as drogas

“Eles precisavam morrer?”

Essa pergunta foi feita na capa da revista brasileira Veja. Junto com a pergunta havia fotos de jovens de aparência jovial e normal que haviam morrido — vítimas do abuso de drogas.
APESAR dos riscos bem-conhecidos, as pessoas continuam a abusar de drogas, e esse abuso continua a destruir vidas. Esse vício custa aos Estados Unidos uns 100 bilhões de dólares por ano em serviços de saúde, perdas na produtividade do trabalho, ganhos perdidos e crime. Mas talvez sejam os jovens — praticamente crianças — que pagam o preço mais alto. Segundo um estudo realizado no Brasil e publicado no Jornal da Tarde, 24,7% dos jovens entre 10 e 17 anos já experimentaram algum tipo de droga.

Nos Estados Unidos, embora o uso de drogas por parte de adolescentes possa ter diminuído um pouco nos últimos anos, o número de jovens viciados é alarmante. Veja o caso dos alunos no último ano do ensino médio. De acordo com um estudo, 37% haviam pelo menos experimentado maconha no ano anterior. Um dentre 5 havia usado no mês anterior. Quase 1 dentre 10 havia experimentado a droga ecstasy no ano anterior. Mais de 6% tinham experimentado LSD.

“As drogas estão dilacerando as nossas sociedades, fomentando o crime, disseminando doenças como a Aids e matando os nossos jovens e o nosso futuro.”— KOFI ANNAN, SECRETÁRIO-GERAL DA ONU
Os relatórios de todo o mundo são sombrios. A Agência Britânica de Estatística Nacional informa que “12% dos alunos de 11 a 15 anos de idade haviam usado drogas no ano anterior .&nbsp. . A maconha era em muito a droga mais usada”. Em especial alarmante foi o fato de que “a mais de um terço (35%) havia sido oferecida uma ou mais drogas”.

Um relatório da União Européia também revelou que, entre os jovens, “beber até se embriagar é cada vez mais comum”. O relatório acrescenta que esse “abuso do álcool está relacionado com vários efeitos negativos a curto prazo, tais como acidentes, violência e intoxicação, além de problemas de desenvolvimento e sociais”. Do Japão vem a informação de que ‘as drogas mais usadas pelos adolescentes locais são solventes orgânicos, que podem levar ao uso de outras drogas’.

Não é de admirar, portanto, que o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, tenha dito: “As drogas estão dilacerando as nossas sociedades, fomentando o crime, disseminando doenças como a Aids e matando os nossos jovens e o nosso futuro.” Em muitos casos, pessoas envolvidas com drogas são responsáveis por crimes tais como narcotráfico e homicídios ligados a drogas. E por causa do abuso de drogas muitos se tornam vítimas da violência, são feridos ou se envolvem em arriscado sexo casual. E se você pensa que sua família é imune a tudo isso, pense duas vezes! Um relatório do governo americano disse: “O uso de drogas não é problema exclusivo dos pobres, das minorias ou de moradores de áreas degradadas no centro de grandes cidades. . . . Os usuários de drogas vêm de todas as camadas sociais e de todas as partes do país. O problema das drogas afeta a todos.”

Muitos pais, porém, não enxergam o perigo antes de ser tarde demais. Veja o caso de uma garota brasileira. “Ela tomava bebidas alcoólicas”, conta sua irmã Regina.* “A família achava isso divertido e inofensivo. Mas isso a levou a experimentar drogas com seus namorados. Visto que meus pais sempre a trataram como se os problemas que ela causava fossem inconseqüentes, a situação fugiu ao controle. Vez por outra ela sumia de casa. E, sempre que encontrava uma jovem morta, a polícia telefonava para meu pai perguntando se era ela. Minha família sofria muito com isso.”

A Organização Mundial da Saúde apresenta cinco razões básicas pelas quais os jovens podem ser atraídos às drogas:

(1) Desejar sentir-se adultos e tomar suas próprias decisões
(2) Desejar ser “populares” entre os colegas ou num grupo
(3) Desejar relaxar e sentir-se bem
(4) Desejar correr riscos e rebelar-se
(5) Desejar matar a curiosidade

A oferta de drogas e a pressão de colegas também aumentam a possibilidade de o jovem entrar nesse comportamento autodestrutivo. “Meus pais nunca me falaram sobre drogas. Na escola, os professores mencionavam o problema mas sem entrar em detalhes”, explica Luiz Antonio, um jovem brasileiro. Incentivado por colegas de escola, ele começou a usar drogas aos 14 anos de idade. Mais tarde, quando tentou parar, seus “amigos” fornecedores de droga pressionaram-no à ponta de faca a continuar o hábito!

Você já se conscientizou de que seus filhos correm risco? O que tem feito para protegê-los contra o abuso de drogas? O próximo artigo considerará algumas maneiras pelas quais os pais podem proteger os filhos.

Proximo Artigo (Continuação)


* Alguns nomes foram mudados.

http://www.watchtower.org/t

Como proteger os filhos

ABUSO DE DROGAS
NA FAMÍLIA

O que você pode fazer?


Como proteger os filhos

Os pais são de longe o fator mais importante na proteção dos filhos contra o abuso de substâncias. Eles precisam ser uma fonte de exemplo e de informações para seus filhos.” — DONNA SHALALA, SECRETÁRIA DO DEPARTAMENTO DE SAÚDE E SERVIÇOS HUMANOS, DOS EUA.

ASSIM, como pai ou mãe você está na primeira linha de defesa na guerra contra o abuso de drogas. Infelizmente, nem todos os pais compreendem a importância desse papel. “Meu pai estava sempre ocupado”, lembra-se Ireneu, um jovem brasileiro. “Ele falava muito pouco com a gente. Nunca fomos aconselhados a respeito de drogas.”

Em contraste com isso, veja de que se recorda Alecxandros, outro jovem brasileiro: “Quando a TV apresentava programas a respeito de viciados em drogas, meu pai chamava a mim e a meus irmãos para que assistíssemos a eles. Ele nos mostrava a situação terrível dos viciados por causa do abuso de drogas. Às vezes, ele aproveitava a oportunidade para nos perguntar se conhecíamos algum jovem na escola que estivesse envolvido com drogas. Desse modo ele nos alertava a respeito dos riscos do abuso de drogas.”
‘Meu pai nos alertava a respeito dos riscos’
— Alecxandros



Já falou com seus filhos a respeito dos perigos das drogas? Para isso, talvez seja preciso você se inteirar do assunto. Os pais cristãos podem ajudar os filhos a ver que o uso de drogas ilícitas os prejudica espiritualmente. A Bíblia nos exorta a evitar a poluição do corpo, tanto física como espiritual. (2 Coríntios 7:1) Um estudo regular da Bíblia com os filhos pode ser um instrumento de defesa poderoso.
*
“Amigo íntimo”

É também importante estabelecer uma relação de confiança com os filhos. Jeová é “amigo íntimo” de seus filhos terrestres. (Jeremias 3:4) Você é amigo íntimo de seus filhos? Realmente os escuta? Eles se sentem à vontade para falar-lhe de problemas? Você é mais rápido em condenar do que em elogiar? Tire tempo para realmente conhecer seus filhos. Eles têm amigos? Quem são? Afinal, a Bíblia alerta: “Más associações estragam hábitos úteis.” (1 Coríntios 15:33) Não receie estabelecer limites firmes ou aplicar disciplina amorosa. A Bíblia diz: “Castiga teu filho e ele te trará descanso e dará muito prazer à tua alma.” — Provérbios 29:17.
Saiba quem são os companheiros de seus filhos


Além do mais, não minimize os perigos que cercam seus filhos. Complacentes, alguns pais talvez arrazoem que, uma vez que seus filhos procedem duma família bem respeitada, eles simplesmente não são do tipo dos que se envolvem com drogas. Mas, explica o Dr. José Henrique Silveira: “O traficante gosta de fazer amizade com filhos de pessoas influentes, pois isso é um bom negócio para ele.” De fato, se um jovem bem-respeitado puder ser atraído às drogas, outros jovens possivelmente seguirão o seu exemplo.


Portanto, seja realista. Aprenda a reconhecer os primeiros sinais de envolvimento com drogas. Por exemplo, será que seu filho de repente tornou-se retraído, deprimido, hostil ou obstinado? Será que inexplicavelmente afastou-se de velhos amigos ou de membros da família? Nesses casos, você pode ter motivos para se preocupar.

Lamentavelmente, apesar de esforços elogiáveis dos pais, alguns jovens ainda assim cedem à pressão e usam drogas. O que você deve fazer se isso acontecer com seu filho?
Quando o jovem usa drogas

“Quando meus pais descobriram”, diz Ireneu, “meu irmão já usava drogas havia meses. Visto que não podiam imaginar que um de seus filhos pudesse se tornar viciado em drogas, a primeira reação deles foi de pânico. De início, a única alternativa que meu pai encontrava era usar a força bruta para punir meu irmão”.

Ao descobrir que um filho usa drogas, a primeira reação dos pais provavelmente é de ira, frustração e um sentimento de fracasso. No entanto, um boletim do Departamento de Educação, dos EUA, aconselha: “Não entre em pânico! E não se culpe. O importante agora é manter a calma [e] descobrir o que está acontecendo. . . . O uso de drogas é um comportamento evitável. O vício de drogas é uma doença tratável.”

Sim, seja bondoso e firme, para que a situação não piore. Ficar excessivamente irritado ou frustrado pode dificultar a recuperação do filho. Também, você deseja ajudar o filho a tornar-se um adulto responsável que toma suas próprias decisões. Assim, reserve tempo para raciocinar francamente com o jovem a fim de ajudá-lo a ver os benefícios de não usar drogas. Tente extrair o que existe no coração do filho problemático, e esteja disposto a escutar. — Provérbios 20:5.




Ajuda para a recuperação de viciados em droga


Você é um jovem que tenta se livrar do abuso de drogas? Se for o caso, verá que ler a Bíblia e aplicar o que lê poderá ajudá-lo nos seus esforços de recuperação. Talvez ache especialmente útil ler o livro dos Salmos, pois ele expressa muitas das angústias emocionais que você talvez sinta no momento. Orações sinceras a Deus, realmente expondo seus pensamentos mais íntimos, também o ajudarão. (Filipenses 4:6, 7) Verá que Deus realmente se importa com você e deseja seu sucesso. Mas, visto que Deus não obriga ninguém a agir contra seu próprio livre-arbítrio, é essencial que você realmente queira largar as drogas. O salmista Davi, que sentiu o apoio de Deus muitas vezes, disse: “Esperei resolutamente em Jeová, e por isso me inclinou seu ouvido e ouviu meu clamor por ajuda. Passou também a fazer-me subir dum poço fragoroso, da lama do lodaçal. Levantou-me então os pés sobre um rochedo; estabeleceu firmemente meus passos.” (Salmo 40:1, 2) Hoje, os que desejam se purificar e servir a Deus recebem o mesmo apoio.

Ireneu se recorda também: “Mais tarde, meus pais mudaram de tática e passaram a aconselhar meu irmão; limitaram os lugares aonde ele podia ir e trocaram o horário das aulas para que não encontrasse todos os dias os mesmos colegas. Começaram a controlar as suas amizades e a dar a ele e aos demais da família mais atenção.”


Veja agora que providências bem-sucedidas outros pais tomaram quando descobriram que seus filhos usavam drogas.
Providências bem-sucedidas

“Foi a pior coisa que já nos aconteceu”, explica Marcelo, um homem que mora em São Paulo, Brasil. “Eu e minha esposa não notamos nada de estranho no comportamento de nossos dois filhos jovens. Muitas vezes eles comiam em restaurantes com um grupo de jovens que nós achávamos que conhecíamos bem. Foi devastador quando um amigo nos informou que nossos dois filhos fumavam maconha. Ao serem indagados a respeito, porém, eles logo admitiram que fumavam.”


“O uso de drogas é um comportamento evitável. O vício de drogas é uma doença tratável.”
— DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO, DOS EUA


Como Marcelo lidou com as ações de seus filhos? “Eu e minha esposa não conseguimos esconder o nosso pesar”, admite. “Mas, ao passo que condenamos seu uso de drogas, não questionamos o valor deles como indivíduos. Decidimos que nosso alvo dali em diante seria ajudar nossos filhos a abandonar o uso de drogas. Falamos francamente a respeito de nossas intenções, e ambos os filhos aceitaram nossos termos. Eles continuariam seus estudos e continuariam a trabalhar. Não mais sairiam de casa sozinhos. Demonstramos amor por eles diariamente, não apenas em ocasiões especiais. Visto que trabalho como construtor, eu os levava comigo sempre que podia. Passamos a nos dedicar um pouco mais ao lazer, passando mais tempo falando a respeito do futuro e da necessidade de ter alvos meritórios na vida.” Foi assim que Marcelo e sua esposa ajudaram seus filhos a se livrarem do abuso de drogas.
Lidar calmamente com os assuntos pode evitar piorar uma situação que já é ruim


Considere o caso de ainda outro pai brasileiro. Seu filho Roberto lembra-se: “Quando descobriu que meu irmão usava drogas, em vez de criticá-lo duramente ou castigá-lo, meu pai mostrou ser amigo e ganhou a confiança de meu irmão. Ele veio a conhecer os amigos de meu irmão e os lugares que ele freqüentava, e passou a convencer meu irmão de que ele não precisava de drogas nem desses amigos. Meu pai disse a ele que não gostaria de passar noites em claro à procura dele.” No esforço de recuperar o jovem atribulado, sua madrasta apoiou plenamente o marido. Ambos concordaram que não tinham tempo a perder e decidiram ajudá-lo em casa. — Veja o quadro “Como receber ajuda”.


Como receber ajuda


Alguns pais decidem que seria melhor que seus filhos se recuperassem das drogas sob supervisão médica. O tipo de tratamento que os pais vão escolher é assunto pessoal. Mas, visto que a qualidade do serviço nas clínicas de reabilitação varia muito, é bom que os pais investiguem bem o assunto antes de iniciar um tratamento. Segundo o psiquiatra e professor Arthur Guerra de Andrade, da Universidade de São Paulo, Brasil, apenas 30% dos que são tratados em clínicas se recuperam do vício das drogas. Portanto, é preciso que os pais se interessem ativamente na recuperação dos filhos, mesmo se contarem com a ajuda de profissionais.



Tire tempo para alertar seus filhos sobre os perigos físicos e espirituais do uso de drogas
Não desista!

Criar filhos nestes “tempos críticos, difíceis de manejar”, pode ser desgastante e desafiador. (2 Timóteo 3:1) Mesmo assim, nunca negligencie suas próprias necessidades emocionais e espirituais. (Mateus 5:3) São muito certas as palavras de Provérbios 24:10: “Mostraste-te desanimado no dia da aflição? Teu poder será escasso.” A associação com cristãos verdadeiros pode ser fonte de muita força. Nas reuniões no Salão do Reino das Testemunhas de Jeová você poderá encontrar apoio e encorajamento. — Hebreus 10:24, 25.

De fato, ensinar a família a ter fé em Deus pode ser a sua melhor defesa contra o abuso de drogas. Naturalmente, Deus não obriga os jovens a seguir certo proceder na vida. Mas não deixa de dar conselhos confiáveis. No Salmo 32:8, Deus diz: “Eu te farei ter perspicácia e te instruirei no caminho em que deves andar. Vou dar conselho com o meu olho fixo em ti.” Como amoroso Pai celestial, Deus deseja proteger os jovens contra a ruína emocional, física e espiritual. (Provérbios 2:10-12) Esteja certo de que Deus também ajudará e apoiará os pais que estiverem decididos a criar os filhos “na disciplina e na regulação mental de Jeová”. — Efésios 6:4.

Mesmo assim, a pressão de criar filhos nas condições atuais pode, às vezes, ser esmagadora. Há alívio à vista?


* As Testemunhas de Jeová têm publicado informações que podem ajudar os pais a abordar com os filhos assuntos tais como os perigos das drogas. Por exemplo, veja os capítulos 33 e 34 do livro Os Jovens Perguntam — Respostas Práticas.

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Em breve — um mundo sem drogas





ABUSO DE DROGAS
NA FAMÍLIA

O que você pode fazer?






Em breve — um mundo sem drogas

Pode imaginar um mundo sem abuso de drogas?

O SECRETÁRIO-GERAL das Nações Unidas, Kofi Annan, convocou todas as nações a trabalharem por um mundo assim. Ele declarou: “Precisamos tomar novas e corajosas medidas para combater esse mal; esse flagelo que tem enlaçado um enorme número de nossos jovens.”

Embora os líderes possam concordar em reduzir a produção e distribuição mundial de drogas ilícitas, o desafio é estonteante. Hennadiy Udovenko, da Ucrânia, na qualidade de presidente de uma sessão especial da Assembléia Geral da ONU, declarou: “Com valor estimado em mais de 400 bilhões de dólares por ano, o comércio de narcóticos é um dos negócios mais lucrativos do submundo . . . capaz de corromper ou desestabilizar mercados financeiros globais.” Ele acrescentou que o problema das drogas “tornou-se um fenômeno global e nenhuma nação pode sentir-se segura diante de sua ameaça”.

É difícil imaginar um mundo sem drogas perigosas. Os governos humanos certamente têm sido incapazes de erradicá-las. Contudo, ninguém poderá impedir o Deus Todo-Poderoso de cumprir seu propósito de estabelecer um paraíso terrestre em que todas as necessidades emocionais, físicas e espirituais serão atendidas. (Salmo 145:16; Lucas 23:43; 2 Pedro 3:13) Segundo o profeta Isaías, a palavra de Deus ‘não voltará para ele sem resultados, mas certamente fará aquilo em que ele se agradou e terá êxito certo naquilo para que a enviou’. — Isaías 55:11.





A esperança de viver no novo mundo de Deus tem motivado muitos usuários de drogas a mudar de proceder

Crer nessas promessas pode produzir benefícios espetaculares agora mesmo. Edmundo, por exemplo, usava drogas. Mas, abraçar a promessa da Bíblia de um novo mundo justo, fez com que ele reavaliasse a sua vida. Ele diz agora: “Como fui tolo em desperdiçar meu tempo!” Desejoso de ter a aprovação de Deus, ele se sente motivado a ficar afastado das drogas. Sim, o conhecimento sobre Deus e suas promessas pode motivar-nos a nos “revestir da nova personalidade, que foi criada segundo a vontade de Deus, em verdadeira justiça e lealdade”. — Efésios 4:24.

Inumeráveis outros que estavam envolvidos no abuso de drogas também passaram a desfrutar de uma relação achegada com o Criador. Para esses, as palavras do salmista têm um significado especial: “Não te lembres dos pecados da minha mocidade e das minhas revoltas. Lembra-te de mim segundo a tua benevolência, por causa da tua bondade, ó Jeová. Bom e reto é Jeová. Por isso ele instrui os pecadores no caminho.” (Salmo 25:7, 8) Que consolo é para os pais cujos filhos usam drogas saber que eles podem mudar! Com esforço diligente, os pais podem ajudar os filhos a lutar contra o flagelo do abuso de drogas e a ‘se apegarem firmemente à verdadeira vida’, que será uma realidade no novo mundo de Deus. — 1 Timóteo 6:19.

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