A FIM de respondermos a esta pergunta, certos fatos precisam ser considerados primeiro. Entre estes acham-se os seguintes: Mediante sua manifestação na terra, há dezenove séculos atrás, o Filho de Deus “lançou luz sobre a vida e a incorrução por intermédio das boas novas”. (2 Tim. 1:10) Por meio dele, Deus concedeu a muitos “um novo nascimento para uma esperança viva . . . para uma herança incorrutível, e imaculada, e imarcescível . . . reservada nos céus”. (1 Ped. 1:3, 4) O próprio Jesus Cristo foi a primeira pessoa ressuscitada para a plenitude da vida, a primeira a ser ressuscitada para o céu. — Rev. 1:5.
Ademais, diz-se que a ressurreição de Cristo é uma “garantia a todos os homens” de que Deus ressuscitará outros (Atos 17:31; 24:15) Isto não seria verdade se Deus já estivesse ressuscitando homens justos para o céu durante todos os séculos anteriores.
Temos as palavras do maior profeta de Deus, Jesus Cristo, que residia nos céus junto com seu Pai por indizíveis séculos antes de vir à terra. Disse ele: “Nenhum homem ascendeu ao céu, senão aquele que desceu do céu, o Filho do homem.” (João 3:13) Falando de João Batista, Jesus disse: “Entre os nascidos de mulheres não se levantou ninguém maior do que João Batista; mas aquele que é menor no reino dos céus é maior do que ele.” (Mat. 11:11) Assim, Elias, não sendo maior do que João, não poderia estar no céu.
A Bíblia não afirma que Elias morreu nessa ocasião. A bem dizer, Elias ainda estava vivo e ativo como profeta pelo menos cinco anos depois disso, pelo que parece no território de Judá. A Bíblia nos diz: “Por fim chegou a [Jeorão, rei de Judá] um escrito da parte de Elias o profeta.” Esta carta predizia a doença e morte de Jeorão, devido a seu proceder errado e idólatra. (2 Crô. 21:12-15) Evidência adicional de que Elias não morreu na ocasião em que foi levado para os “céus” é que seu servo e sucessor, Eliseu, não guardou o período costumeiro de pranto pelo seu amo. — Compare com 2 Samuel 19:1; 1 Crônicas 7:22; 2 Crônicas 35:24.
Assim, em vista da declaração expressa de Jesus em João 3:13, Enoque não foi levado para o céu da morada de Deus. Ele morreu, como torna claro o apóstolo Paulo ao dizer, depois de citar Enoque e outras testemunhas fiéis e antigas de Deus: “Todos estes morreram em fé, embora não recebessem o cumprimento das promessas, mas viram-nas de longe e acolheram-nas, e declararam publicamente que eram estranhos e residentes temporários no país.” (Heb. 11:13) Tais homens sabiam que sua recompensa estava no futuro distante. Os profetas da antiguidade sabiam que suas profecias messiânicas não se aplicavam a eles próprios, mas tinham cumprimento mais tarde. Por isso, o apóstolo Pedro afirma aos que são seguidores das pisadas de Jesus Cristo, o Precursor celeste: “Acerca desta mesma salvação [prometida aos co-herdeiros de Cristo e sendo uma esperança celeste] fizeram diligente indagação e cuidadosa pesquisa profetas [inclusive Enoque e Elias] que profetizaram a respeito da benignidade imerecida que vos era destinada. Eles investigaram que época específica ou que sorte de época o espírito neles indicava a respeito de Cristo, quando de antemão dava testemunho dos sofrimentos por Cristo e das glórias que os seguiriam. Foi-lhes revelado que não era para eles, mas para vós que ministravam as coisas que agora vos foram anunciadas por intermédio dos que vos declararam as boas novas.” — 1 Ped. 1:10-12.
Retirada da Revista Despertai! *** g76 22/9 pp. 28-30 Foram Elias e Enoque para o céu? ***
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