sábado, 26 de fevereiro de 2011

Viver sob o controle da superstição




Viver sob o controle da superstição

VOCÊ esbarra sem querer em alguém ao sair de casa. Tropeça numa pedra. Ouve o pio de determinada ave à noite. Tem o mesmo sonho várias vezes. Para muitos, essas coisas são corriqueiras e inofensivas. Mas para certos povos da África Ocidental, esses acontecimentos podem ser encarados como sinais, presságios ou mensagens do mundo espiritual. Dependendo do sinal e de sua interpretação, algo de muito bom ou uma calamidade poderá acontecer à pessoa.


Obviamente, a África não é o único lugar em que existem superstições. Apesar de viver muitos anos sob um regime oficialmente ateísta, um número surpreendente de pessoas na China e em algumas repúblicas da antiga União Soviética ainda se apegam a determinadas superstições. No Ocidente, muitos consultam o horóscopo, têm pavor mórbido da sexta-feira 13, e têm horror a gato preto. Alguns dos habitantes do extremo norte do planeta encaram a aurora boreal como sinal de guerra e pestilências. Na Índia, a Aids tem sido espalhada por caminhoneiros que acreditam que precisam ter relações sexuais para manter baixa a temperatura do corpo nos dias quentes. No Japão, operários que trabalham na construção de túneis acreditam que dá azar uma mulher entrar no túnel antes de ele ser concluído. Há muitas superstições também no mundo dos esportes. Um jogador de voleibol, por exemplo, chegou a atribuir as vitórias de seu time ao fato de ele usar meias pretas em vez de brancas. A lista é interminável.

E você? Tem algum medo inexplicável, que guarda para si? Sente-se afetado por uma “crença ou costume para o qual parece não haver explicação lógica”? Sua resposta pode ser reveladora, porque é assim que uma obra de referência define a palavra “superstição”.

Quem permite que a superstição influencie suas decisões e sua rotina diária está, na verdade, permitindo que sua vida seja controlada por algo que realmente não entende. Acha que isso é sensato? Deveríamos submeter-nos a tal influência obscura e possivelmente sinistra? Será que a superstição é uma idiossincrasia inofensiva ou uma ameaça perigosa?

HÁ SUPERSTIÇÕES no mundo todo. Às vezes, são prezadas como parte da herança cultural. Ou podem ser consideradas uma curiosidade trivial, que dá sabor à vida. No Ocidente, as superstições geralmente não são levadas muito a sério. Em outros lugares, como na África, por exemplo, as superstições podem influenciar seriamente a vida das pessoas.

Grande parte da cultura africana baseia-se na superstição. Publicações, filmes e programas de rádio produzidos na África muitas vezes destacam superstições e assuntos místicos, como magia, culto aos antepassados e amuletos. Onde se originaram as superstições e por que as pessoas são tão influenciadas por elas? 


O que há por trás das superstições?

Muitas superstições se devem basicamente ao medo dos espíritos dos mortos ou de qualquer espírito. Certos acontecimentos são interpretados como esforços desses espíritos para contatar os vivos por meio de uma ameaça, um aviso ou uma graça.

Algumas superstições comuns em vários lugares do mundo

Fincar hashi numa tigela de arroz é sinal de morte


Ver uma coruja durante o dia dá azar

Quando uma vela se apaga durante uma cerimônia é sinal de que espíritos malignos estão por perto

Deixar cair uma sombrinha ou um guarda-chuva significa que ocorrerá um assassinato na casa

Colocar o chapéu sobre a cama dá azar

O badalar de sinos espanta os demônios

Apagar todas as velas do bolo de aniversário na primeira tentativa significa que o desejo da pessoa vai se realizar

Deixar uma vassoura encostada na cama permite que os espíritos 
maus na vassoura lancem um feitiço na cama

Gato preto que cruza o caminho dá azar

Deixar cair um garfo indica que a pessoa receberá a visita de um homem 

Colocar uma fotografia de elefantes de frente para a porta dá sorte

Pendurar uma ferradura acima da porta dá sorte

Deixar uma trepadeira subir nas paredes da casa protege contra o mal

Passar debaixo de escada dá azar

Quebrar um espelho dá sete anos de azar

Derramar pimenta-do-reino significa que terá uma discussão com seu melhor amigo

Derramar sal dá azar a menos que se jogue uma pitada sobre o ombro esquerdo

Deixar uma cadeira de balanço balançar sozinha é um convite para os demônios se sentarem nela

Deixar sapatos virados de sola para cima dá azar

Quando alguém morre, as janelas devem ser abertas para a alma poder sair.


As superstições também são muito associadas às curas e à medicina. Para a maioria da população dos países em desenvolvimento, a medicina moderna é muito cara e muitas vezes simplesmente não está ao seu alcance. Por isso, muitos procuram obter curas ou tentam tomar medidas preventivas recorrendo a costumes associados com seus ancestrais, espiritismo e superstições. Há também o fato de se sentirem mais à vontade com um curandeiro que conhece seus costumes e fala seu dialeto do que com um médico profissional. Desse modo, perpetuam-se as crenças supersticiosas.


As tradições supersticiosas sustentam a idéia de que as doenças e os acidentes não são coisas que acontecem por acaso, mas sim obras das forças do mundo espiritual. Os curandeiros podem dizer que um ancestral falecido está infeliz com alguma coisa. Ou médiuns espíritas talvez sugiram que a pessoa ficou doente ou se acidentou porque foi enfeitiçada por um curandeiro rival a pedido de alguém.

As superstições variam muito de um lugar para outro e sua propagação depende do folclore, das lendas e das circunstâncias locais. Mas o denominador comum entre todas elas é a crença que alguém, ou algo, do mundo espiritual precisa ser apaziguado.
 

Inofensivas ou perigosas?

Para a maioria das famílias, o nascimento de gêmeos é um acontecimento excepcional e emocionante. Para os supersticiosos, porém, isso pode ser interpretado como um sinal. Em algumas regiões da África Ocidental, muitos o encaram como o nascimento de deidades, e os gêmeos são venerados. Caso um ou ambos os gêmeos morram, fazem-se pequenas estátuas deles, e a família deve oferecer alimentos a esses ídolos. Em outras partes, o nascimento de gêmeos é encarado como uma maldição, chegando a ponto de alguns pais matarem pelo menos uma das crianças. Por quê? Eles acreditam que se as duas crianças sobreviverem, um dia elas matarão seus pais.

Exemplos como esses mostram que embora algumas superstições possam parecer interessantes e inofensivas, outras podem ser perigosas e até mortíferas. Quando interpretado de maneira sinistra, um acontecimento inofensivo pode ser transformado numa questão perigosa.

Isso deixa claro que, na realidade, a superstição é uma crença, uma forma de religião. Devido aos seus aspectos perigosos, é importante perguntar: ‘Na verdade, quem se beneficia das crenças e práticas supersticiosas?’ 


A origem das superstições

Apesar das evidências em contrário, alguns tendem a negar a existência de Satanás ou dos espíritos perversos. Contudo, recusar-se a reconhecer a existência de um inimigo perigoso em tempos de guerra só pode ser desastroso. O mesmo pode acontecer num conflito com criaturas espirituais sobre-humanas, porque o apóstolo Paulo escreveu: “Temos uma pugna . . . contra as forças espirituais iníquas.” — Efésios 6:12.

Embora não possamos vê-las, as criaturas espirituais do mal realmente existem. A Bíblia relata que uma criatura espiritual invisível usou uma serpente — assim como um ventríloquo usa um boneco — para se comunicar com a primeira mulher, Eva, e a induziu a rebelar-se contra Deus. (Gênesis 3:1-5) A Bíblia identifica essa pessoa espiritual como “a serpente original, o chamado Diabo e Satanás, que está desencaminhando toda a terra habitada”. (Revelação [Apocalipse] 12:9) Essa criatura, Satanás, conseguiu induzir outros anjos à rebelião. (Judas 6) Esses anjos perversos tornaram-se demônios, inimigos de Deus.

Jesus e seus discípulos expulsavam demônios das pessoas. (Marcos 1:34; Atos 16:18) Esses espíritos não são ancestrais mortos, pois os mortos “não estão cônscios de absolutamente nada”. (Eclesiastes 9:5) Em vez disso, são aqueles anjos rebeldes que foram desencaminhados por Satanás. Contatar esses espíritos ou submeter-se à sua influência é um assunto muito sério porque, assim como seu líder — Satanás, o Diabo —, eles gostariam de nos devorar. (1 Pedro 5:8) Seu objetivo é desviar-nos da única esperança para a humanidade — o Reino de Deus.

A Bíblia revela um dos métodos usados por Satanás e seus demônios: “Satanás persiste em transformar-se em anjo de luz.” (2 Coríntios 11:14) Satanás gostaria de nos fazer acreditar que ele pode oferecer-nos um modo de vida melhor. Por causa disso talvez pareça que alguns benefícios temporários se devem à intervenção de espíritos maus. Mas eles não podem nos oferecer soluções permanentes. (2 Pedro 2:4) Nem mesmo têm o poder de dar vida eterna a alguém, e logo serão destruídos. (Romanos 16:20) Nosso Criador é a única fonte da vida eterna e da verdadeira felicidade, e a melhor proteção que se pode ter contra as forças espirituais do mal. — Tiago 4:7.

Deus condena buscar ajuda por meio de práticas espíritas. (Deuteronômio 18:10-12; 2 Reis 21:6) Isso é flertar com o inimigo, fazer um acordo com os traidores de Deus. Consultar horóscopo, curandeiros, ou envolver-se, mesmo que superficialmente, em quaisquer práticas supersticiosas significa permitir que os espíritos do mal controlem sua vida. Isso é o mesmo que se juntar a eles na rebelião contra Deus. 


É possível proteger-se do mal?

Ade,* que mora no Níger, estava estudando a Bíblia com um pregador de tempo integral das Testemunhas de Jeová. Ele explicou ao seu instrutor por que tinha um talismã em seu estabelecimento comercial: “Existem muitos inimigos.” Seu instrutor lhe mostrou que Jeová é o único em quem podemos confiar para obter verdadeira proteção, e leu o Salmo 34:7, que diz: “O anjo de Jeová acampa-se ao redor dos que o temem, e ele os socorre.” Ade concluiu: “Se Jeová pode realmente me proteger, então vou dar fim ao talismã.” Já faz muitos anos que isso aconteceu e Ade serve atualmente como ancião e ministro de tempo integral. Nenhum de seus inimigos o tem prejudicado.

A Bíblia mostra que o tempo e os imprevistos sobrevêm a todos nós, quer sejamos supersticiosos quer não. (Eclesiastes 9:11) Contudo, Jeová nunca usa coisas más para nos provar. (Tiago 1:13) A morte e a imperfeição se devem ao pecado que herdamos de Adão. (Romanos 5:12) Por isso, todas as pessoas ficam doentes de vez em quando e cometem erros que podem gerar conseqüências calamitosas. Assim, seria errado dizer que todas as doenças ou todos os reveses da vida são obra dos espíritos maus. Acreditar nisso somente nos faria ficar tentados a procurar apaziguar os espíritos de alguma maneira.# Quando ficamos doentes, devemos procurar cuidados médicos adequados, e não buscar conselhos do ‘mentiroso e pai da mentira’, Satanás, o Diabo. (João 8:44) As estatísticas mostram que nos países onde predominam as superstições relacionadas aos ancestrais, as pessoas não vivem mais nem melhor do que os habitantes de outros países. Isso deixa claro que as superstições não são de nenhum benefício para a saúde.

Deus é mais poderoso do que qualquer espírito do mal, e está interessado em nosso bem-estar. “Os olhos de Jeová estão sobre os justos e os seus ouvidos estão atentos às súplicas deles.” (1 Pedro 3:12) Ore a Jeová para obter proteção e sabedoria. (Provérbios 15:29; 18:10) Esforce-se para entender a sua Palavra Sagrada, a Bíblia. O conhecimento exato da Bíblia é a melhor proteção que podemos ter. Ele nos ajuda a entender por que coisas ruins acontecem e como ganhar o favor do Deus Todo-Poderoso.



Uma “Sangoma” jogando ossos para adivinhar a causa dos problemas de um paciente

Libertada das garras da superstição


Algumas Testemunhas de Jeová estavam pregando numa região da África do Sul. Ao baterem numa casa, foram atendidas por uma mulher vestida de Sangoma (curandeira). Elas fizeram menção de ir embora, mas a mulher insistiu em que transmitissem a mensagem. Uma das Testemunhas de Jeová leu Deuteronômio 18:10-12 para mostrar o ponto de vista de Deus sobre as práticas espíritas. A curandeira aceitou a mensagem e concordou em estudar a Bíblia. Ela disse que, se o estudo da Bíblia a convencesse de que atuar como Sangoma era contrário à vontade de Jeová, não mais faria isso.


Depois de estudar o capítulo 10 do livro Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, junto com a Bíblia, ela queimou toda a sua parafernália relacionada à feitiçaria e começou a freqüentar as reuniões no Salão do Reino. Além disso, regularizou sua situação conjugal, embora estivesse separada do marido por 17 anos. Ambos são agora Testemunhas de Jeová dedicadas e batizadas.

O conhecimento exato a respeito de Deus traz verdadeira proteção e felicidade 


Benefícios de se obter o conhecimento de Deus

O conhecimento exato a respeito de Jeová e de seus propósitos — o oposto da ignorância e da superstição — é a chave para se obter verdadeira proteção. Isso pode ser visto no caso de Jean, de Benin. A família dele seguia rigorosamente as superstições. De acordo com os costumes tribais supersticiosos, a mulher que desse à luz um menino teria de passar nove dias numa cabana construída especialmente para isso. Se desse à luz uma menina, ficaria confinada na cabana por sete dias.

Em 1975, sua esposa deu à luz um belo garotinho, a quem deram o nome de Marc. Com base em seu conhecimento bíblico, o casal decidiu que não queria ter nada a ver com espíritos do mal. Mas cederiam ao medo e à pressão para seguir a superstição e acabariam permitindo que a mãe fosse confinada na cabana? Não, eles se recusaram a agir de acordo com a superstição tribal. — Romanos 6:16; 2 Coríntios 6:14, 15.

Será que aconteceu algo de mau à família de Jean? Muitos anos já se passaram, e atualmente Marc é servo ministerial na congregação local das Testemunhas de Jeová. A família toda está feliz por não ter permitido que a superstição influenciasse sua vida e colocasse em risco seu bem-estar espiritual. — 1 Coríntios 10:21, 22.

Os verdadeiros cristãos devem manter-se totalmente afastados das práticas obscuras da superstição e aceitar a luz espiritual oferecida pelo Criador, Jeová, e seu Filho, Jesus Cristo. Desse modo, podem ter a verdadeira paz mental por saberem que estão fazendo o que é correto aos olhos de Deus. — João 8:32.


http://www.watchtower.org/t/

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Deve-se orar à Virgem Maria?



Deve-se orar à Virgem Maria?

MARIA é uma figura conhecida pela maioria dos que sabem um pouco sobre o cristianismo. As Escrituras relatam que o Deus Todo-Poderoso abençoou de forma especial esta jovem por escolhê-la para ser a mãe de Jesus. O nascimento de Jesus foi único pelo fato de Maria ser virgem quando o concebeu. Algumas igrejas da cristandade há muito tempo veneram Maria de forma especial. Em 431 EC, o Concílio de Éfeso proclamou-a “Mãe de Deus”, e hoje em dia muitas pessoas são ensinadas a orar a ela.
*

Os que são adoradores sinceros sabem que devem orar à pessoa certa. O que a Bíblia ensina nesse respeito? Devem os cristãos orar à Virgem Maria? 


“Ensina-nos a orar”

O Evangelho de Lucas relata que um dos discípulos de Jesus pediu-lhe: “Senhor, ensina-nos a orar.” Em resposta, Jesus começou por dizer: “Sempre que orardes, dizei: ‘Pai, santificado seja o teu nome.’” Também, no Sermão do Monte, Jesus instruiu os seus seguidores a orar: “Nosso Pai nos céus, santificado seja o teu nome.” — Lucas 11:1, 2; Mateus 6:9.

Em primeiro lugar, aprendemos que a oração ou outra forma de adoração deve ser dirigida ao Pai de Jesus, que é Jeová. Em lugar nenhum a Bíblia nos autoriza a orar a qualquer outra pessoa. Isto é apropriado porque, como Moisés foi informado ao receber os Dez Mandamentos, Jeová é “um Deus que exige devoção exclusiva.” — Êxodo 20:5. 


Que dizer do rosário?

Muitos dos que oram a Maria aprendem que é possível obter bênçãos através da repetição de um conjunto de palavras — orações tais como Ave Maria, Pai Nosso e outras. Para os católicos, “a forma mais comum de devoção a Maria é, sem dúvida, o rosário”, diz o livro Symbols of Catholicism (Símbolos do Catolicismo). O rosário é um ato religioso em honra à Virgem Maria. O termo se refere também a um fio de contas usado para a contagem das orações. “Cinco conjuntos de dez contas, separadas por uma conta individual”, explica o mesmo livro, “são um convite para cinqüenta recitações da ‘Ave Maria’, cinco do ‘Pai Nosso’ e cinco de ‘Glória ao Pai’”. Será que Deus escuta com favor à recitação devota do rosário?

Vale ressaltar que as instruções que Jesus forneceu aos seus discípulos nos dão uma resposta confiável. Ele disse: “Ao orares, não digas as mesmas coisas vez após vez, assim como fazem os das nações, pois imaginam que serão ouvidos por usarem de muitas palavras.” (Mateus 6:7) Portanto, Jesus disse especificamente aos seus discípulos que evitassem repetir conjuntos pré-estabelecidos de palavras nas suas orações.

No entanto alguém talvez pergunte: ‘Mas Jesus não ensinou que os seus discípulos deviam repetir o Pai Nosso, que faz parte do rosário?’ É preciso notar que Jesus forneceu uma oração-modelo, que veio a ser conhecida como a oração do Pai Nosso. No entanto, devemos lembrar que ele fez isso imediatamente após dar o aviso acima para não dizer “as mesmas coisas vez após vez”. As diferenças das expressões que Jesus usou nos dois exemplos em que ensinou como orar são uma evidência de que ele não desejava que a oração-modelo fosse memorizada e repetida.(Mateus 6:9-15; Lucas 11:2-4) As idéias que Jesus expressou nessas ocasiões são iguais, mas as suas palavras não são as mesmas. Isto leva-nos à conclusão de que Jesus simplesmente forneceu modelos ou exemplos de como seus discípulos podem orar e sobre o que é adequado orar. Mais importante ainda é que as suas palavras indicam a quem as orações devem ser dirigidas 


Respeito por Maria

O fato de as Escrituras não ensinarem os cristãos a orar a Maria não mostra falta de respeito pelo papel que ela desempenhou na realização do propósito de Deus. As bênçãos que virão através do Filho dela beneficiarão eternamente toda a humanidade obediente. A própria Maria disse: “Todas as gerações me proclamarão feliz.” E Elizabete, prima de Maria, disse que ela era “abençoada . . . entre as mulheres”. De fato, para Maria foi um privilégio maravilhoso ter sido escolhida para dar à luz o Messias. — Lucas 1:42, 48, 49.

No entanto, Maria não é a única mulher a quem as Escrituras chamam de abençoada. Por causa dos atos que Jael realizou em prol da antiga nação de Israel, ela também foi considerada como tendo sido “abençoada entre as mulheres”. (Juízes 5:24) A fiel Jael, Maria e muitas outras mulheres tementes a Deus, mencionadas na Bíblia, certamente merecem ser imitadas, mas não veneradas.

Maria era uma seguidora fiel de Jesus. Ela estava presente em várias ocasiões durante o seu ministério terrestre e também quando ele morreu. Após a ressurreição de Jesus, ela e os irmãos de Jesus “persistiam em oração”. Isto dá-nos razões para acreditar que, assim como eles, ela também foi ungida com espírito santo em Pentecostes de 33 EC e assim também tinha a esperança de fazer parte da classe da noiva que reinará no céu com Cristo. — Mateus 19:28; Atos 1:14; 2:1-4; Revelação (Apocalipse) 21:2, 9.

Porém, isto não nos dá autoridade para orar a Maria. Orações sinceras são uma parte essencial da adoração e os cristãos são incentivados a ‘persistir em oração’. (Romanos 12:12) No entanto, toda essa devoção deve ser dirigida apenas a Jeová, por meio de Jesus Cristo. — Mateus 4:10; 1 Timóteo 2:5.

* A idéia de que Maria é a mãe de Deus baseia-se na doutrina antibíblica da Trindade, que afirma que Jesus é Deus.



http://www.watchtower.org/t


 

Por que considerar o casamento sagrado?

MUITAS pessoas hoje provavelmente alegariam crer na santidade do casamento. Por que, então, tantos casamentos terminam em divórcio? Para alguns, o casamento é uma mera promessa romântica e um acordo legal. Mas promessas podem ser quebradas. Pessoas que encaram o casamento desta forma não hesitam muito em terminar seu casamento quando as coisas não dão certo.

Como Deus encara o vínculo marital? A resposta está em Sua Palavra, a Bíblia, em Hebreus 13:4: “O matrimônio seja honroso entre todos.” A palavra grega traduzida “honroso” tem a ver com o que é precioso e altamente estimado. Quando valorizamos algo, procuramos preservá-lo e não perdê-lo, nem acidentalmente. O mesmo se deve dar com o arranjo do casamento. Os cristãos devem encará-lo como honroso — como algo precioso que querem proteger.

Obviamente, Jeová Deus criou o casamento como algo sagrado entre marido e esposa. Mas, como podemos mostrar que temos Seu ponto de vista a respeito do casamento?


Amor e respeito

Honrar o arranjo marital requer que os cônjuges honrem um ao outro. (Romanos 12:10) O apóstolo Paulo escreveu aos cristãos do primeiro século: “Cada um de vós, individualmente, ame a sua esposa como a si próprio; por outro lado, a esposa deve ter profundo respeito pelo seu marido”. — Efésios 5:33

É verdade que, às vezes, um dos cônjuges pode não agir de maneira amável ou respeitável. Ainda assim, os cristãos devem mostrar amor e respeito. Paulo escreveu: “Continuai a suportar-vos uns aos outros e a perdoar-vos uns aos outros liberalmente, se alguém tiver razão para queixa contra outro. Assim como Jeová vos perdoou liberalmente, vós também o fazei.” — Colossenses 3:13. 


Tempo e atenção

Os casais que encaram sua união como sagrada tomam tempo para satisfazer as necessidades físicas e emocionais um do outro. Isso inclui a intimidade sexual. A Bíblia diz: “O marido renda à esposa o que lhe é devido; mas, faça a esposa também o mesmo para com o marido.” — 1 Coríntios 7:3.

No entanto, muitos casais têm sentido a necessidade de o marido se mudar de forma temporária a fim de conseguir melhor salário. Às vezes, a separação tem se tornado inesperadamente longa. Muitas vezes, tais separações têm causado pressões no casamento, levando até mesmo ao adultério e ao divórcio. (1 Coríntios 7:2, 5) Por esta razão, muitos casais cristãos decidiram abrir mão de vantagens materiais em vez de pôr em risco seu casamento, que eles consideram sagrado.
 

Quando surgem problemas

Quando surgem dificuldades, os cristãos que honram seu casamento não vêem como primeira opção a separação ou o divórcio. (Malaquias 2:16; 1 Coríntios 7:10, 11) Jesus declarou: “Todo aquele que se divorciar de sua esposa, a não ser por causa de fornicação, expõe-na ao adultério, e quem se casar com uma mulher divorciada comete adultério.” (Mateus 5:32) Optar pelo divórcio ou pela separação, quando o casal não tem nenhuma base bíblica para isso, desonra o casamento.

Nosso modo de encarar o casamento se torna evidente pelos conselhos que oferecemos àqueles com sérios problemas maritais. Somos rápidos em recomendar a separação ou o divórcio? É verdade que pode haver casos em que existam razões válidas para uma separação, tais como quando há extremo abuso físico ou quando o marido se nega a prover o sustento.* Também, como já foi mencionado, a Bíblia permite o divórcio apenas quando o cônjuge é culpado de fornicação. Ainda assim, os cristãos não devem indevidamente influenciar a decisão de outros em tais situações. Afinal, é a pessoa com o problema marital — não quem dá o conselho — que enfrentará as conseqüências da decisão. — Gálatas 6:5, 7. 


Evite tratar o casamento com indiferença

Em alguns lugares tem se tornado comum pessoas usarem o casamento para conseguir o direito de morar em outro país. Geralmente, essas pessoas fazem um acordo segundo o qual pagam um cidadão daquele país para casar-se com elas. Muitas vezes, esses casais nem moram juntos, talvez nem mesmo mantendo um relacionamento amigável. Logo que obtêm o desejado direito de residência, se divorciam. Eles encaram o casamento apenas como um acordo comercial.

A Bíblia não apóia tal descaso. Independentemente de sua motivação, as pessoas que se casam entram em um acordo sagrado que Deus considera vitalício. As pessoas envolvidas em tais acordos são unidas como marido e esposa, e aplicam-se os requisitos bíblicos para um divórcio válido, com a possibilidade de um novo casamento. — Mateus 19:5, 6, 9.

Como qualquer outro empenho compensador, um bom casamento requer esforço e perseverança. Aqueles que deixam de apreciar a santidade do casamento desistem mais prontamente. Ou podem resignar-se a viver em um casamento infeliz. Por outro lado, aqueles que reconhecem a santidade do casamento sabem que Deus espera que fiquem juntos. (Gênesis 2:24) Compreendem também que, por fazerem seu casamento funcionar harmoniosamente, eles honram a Deus como o Originador do matrimônio. (1 Coríntios 10:31) Ter este ponto de vista lhes dá a motivação para perseverar e lutar para o êxito de seu casamento.



http://www.watchtower.org/t

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Os efeitos devastadores da morte



É possível entendermos por que
MORREMOS?
Os efeitos devastadores da morte



“CRIANÇA DE SEIS ANOS SE SUICIDA”. Essa chocante manchete referia-se à morte trágica de uma menina chamada Jackie. Sua mãe tinha falecido havia pouco tempo de uma doença terminal. Antes de se jogar na frente de um trem, Jackie disse a seus irmãos que queria ‘tornar-se um anjo e estar com a mãe’.

Ian tinha 18 anos quando implorou a um sacerdote que lhe explicasse por que seu pai havia morrido de câncer. Visto que o pai de Ian era um ‘homem bom’, disse o sacerdote, ‘Deus o queria no céu’. Depois dessa explicação, Ian decidiu que não desejava conhecer esse Deus cruel. Visto que a vida parecia ser tão sem sentido, ele decidiu levar uma vida de prazeres. Para isso, recorreu ao álcool, às drogas e à imoralidade. Sua vida estava fugindo ao controle. 


“Os viventes estão cônscios de que morrerão”

Esses dois casos lamentáveis ilustram como a morte pode devastar a vida das pessoas, em especial se for repentina. Com certeza, todos se dão conta do seguinte fato, declarado na Bíblia: “Os viventes estão cônscios de que morrerão.” (Eclesiastes 9:5) Mas muitos preferem ignorar essa dura realidade. E você? A vida exige tanto de nosso tempo e atenção que talvez nem pensemos na aparentemente distante perspectiva da morte.

“A maioria das pessoas teme a morte e evita pensar nela”, diz a enciclopédia World Book. No entanto, um acidente grave ou uma doença séria pode subitamente nos obrigar a encará-la. Ou talvez o enterro de um amigo ou parente nos faça pensar no triste fim que aguarda toda a humanidade. 




Mesmo assim, como dizem muitos enlutados nos funerais, “a vida continua”. De fato continua. E parece que a vida passa tão depressa que logo é preciso encarar os problemas da idade avançada. Nesse ponto, a morte não é mais aquela perspectiva remota. Há muitos funerais para assistir e muitas perdas de velhos amigos. Muitos idosos se fazem a perturbadora pergunta: “Quando será a minha vez?” 


A grande interrogação

Embora ninguém negue a certeza da morte, o que acontece depois dela pode ser um grande ponto de interrogação. Por causa das muitas explicações contraditórias, os cépticos talvez encarem o assunto como debate inútil sobre o desconhecido. A pessoa pragmática talvez conclua que, visto que “a vida é uma só”, deve-se aproveitar bem as boas coisas que ela oferece.

Outros, porém, não acreditam que a morte seja o fim de tudo. No entanto, não têm idéia clara do que vem depois. Alguns acham que a vida continua num lugar de felicidade eterna, ao passo que outros pensam que viverão de novo em algum tempo futuro, talvez como pessoa diferente.

Parentes enlutados invariavelmente se perguntam: “Onde estão os mortos?” Alguns anos atrás, um time de futebol americano viajava num microônibus para um jogo quando, de repente, um caminhão se chocou com o veículo deles, que capotou fora da estrada. Cinco membros do time morreram. Desde a morte do filho nesse acidente, a vida de certa mãe praticamente acabou. Ela sempre se pergunta onde está seu filho. Visita regularmente o túmulo do rapaz e fala com ele em voz alta durante horas. “Não posso acreditar que não exista nada depois da morte”, lamenta, “mas não tenho certeza”.

Obviamente, a nossa atitude para com a morte pode afetar nossa vida. Em vista das reações das pessoas diante da tragédia da morte, como você responderia a perguntas como estas: Será que não devemos nem pensar na morte, concentrando-nos apenas em viver? Deve-se permitir que a ameaçadora realidade da morte estrague a nossa vida? Será que um parente enlutado precisa ficar eternamente se perguntando onde está seu ente querido? A morte tem de continuar sendo um enigma?


“A morte foi tragada para sempre”

IMAGINE ver a manchete acima no jornal, em vez de ler sobre uma garotinha que tirou a própria vida. Naturalmente, nenhum jornal até hoje pôde publicar uma manchete assim. Mas as palavras acima de fato aparecem num livro que já tem milhares de anos — a Bíblia.

As Escrituras explicam claramente o que é a morte. Não revelam apenas por que morremos. Explicam também qual é a condição dos mortos e dão esperança para os nossos entes queridos falecidos. Por fim, fala de um momentoso dia em que será possível anunciar: “A morte foi tragada para sempre.” — 1 Coríntios 15:54.

A Bíblia não usa termos misteriosos para explicar o que é a morte, mas sim palavras simples. Por exemplo, muitas vezes ela compara a morte a ‘adormecer’, e diz que os mortos estão “dormindo na morte”. (Salmo 13:3; 1 Tessalonicenses 4:13; João 11:11-14) A morte é também identificada como ‘inimiga’. (1 Coríntios 15:26) O mais importante é que a Bíblia nos ajuda a entender por que a morte é comparável ao sono, por que ela aflige a humanidade e como essa inimiga finalmente será vencida. 


Por que morremos?

O primeiro livro da Bíblia relata como Deus fez o primeiro homem, Adão, e colocou-o num ambiente paradisíaco. (Gênesis 2:7, 15) No início de sua vida, Adão recebeu designações de trabalho, junto com uma estrita proibição. A respeito de certa árvore no jardim do Éden, Deus lhe disse: “Não deves comer dela, porque no dia em que dela comeres, positivamente morrerás.”* (Gênesis 2:17) Assim, Adão entendeu que a morte não era inevitável. Seria uma conseqüência direta da desobediência à uma lei divina.


A desobediência de Adão e Eva resultou na morte


Tragicamente, Adão e sua esposa, Eva, desobedeceram. Eles preferiram desprezar a vontade do Criador e sofreram as conseqüências. “Tu és pó e ao pó voltarás”, disse Deus ao anunciar os resultados do pecado deles. (Gênesis 3:19) Eles se tornaram seriamente falhos — imperfeitos. A sua imperfeição, ou condição de pecadores, os levaria à morte.

Essa falha — o pecado — foi passada também para os descendentes de Adão e Eva, a inteira raça humana. Em certo sentido, era como uma doença hereditária. Adão não só perdeu a oportunidade de viver sem a maldição da morte como também transmitiu a imperfeição aos seus descendentes. A família humana foi feita cativa do pecado. A Bíblia diz: “É por isso que, assim como por intermédio de um só homem entrou o pecado no mundo, e a morte por intermédio do pecado, e assim a morte se espalhou a todos os homens, porque todos tinham pecado.” — Romanos 5:12. 


“Entrou o pecado no mundo”

Essa falha hereditária, ou pecado, não pode ser vista através de um microscópio. “Pecado” refere-se a uma deficiência moral e espiritual que nos foi transmitida pelos nossos primeiros pais, e com conseqüências físicas. Mas a Bíblia revela que Deus providenciou uma solução. O apóstolo Paulo explica: “O salário pago pelo pecado é a morte, mas o dom dado por Deus é a vida eterna por Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Romanos 6:23) Na sua primeira carta aos coríntios, Paulo incluiu uma certeza que era muito significativa para ele: “Assim como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos serão vivificados.” — 1 Coríntios 15:22.

Obviamente, Jesus Cristo desempenha um papel-chave na eliminação do pecado e da morte. Ele disse que veio à Terra para “dar a sua alma como resgate em troca de muitos”. (Mateus 20:28) A situação é comparável a um seqüestro, em que a libertação do refém só pode ser conseguida por meio de um pagamento específico. Nesse caso, o resgate que pode nos libertar do pecado e da morte é a vida humana perfeita de Jesus.# — Atos 10:39-43.

Para prover o resgate, Deus enviou Jesus à Terra para dar a sua vida em sacrifício. “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, a fim de que todo aquele que nele exercer fé . . . tenha vida eterna.” (João 3:16) Antes de sofrer uma morte sacrificial, Cristo ‘deu testemunho da verdade’. (João 18:37) E durante seu ministério público, ele aproveitou certos acontecimentos para revelar a verdade sobre a morte. 


‘A menina está dormindo’

Jesus conhecia os efeitos da morte quando esteve na Terra. Ele sentiu a dor de perder pessoas que lhe eram achegadas e tinha pleno conhecimento de que ele mesmo teria uma morte prematura. (Mateus 17:22, 23) Lázaro, amigo íntimo de Jesus, faleceu aparentemente alguns meses antes de Jesus ser executado. Esse acontecimento nos ajuda a compreender qual era o conceito de Jesus a respeito da morte.

Pouco depois que soube da morte de Lázaro, Jesus disse: “Lázaro, nosso amigo, foi descansar, mas eu viajo para lá para o despertar do sono.” Os discípulos pensavam que, se Lázaro estivesse apenas descansando, ele melhoraria. De modo que Jesus disse sem rodeios: “Lázaro morreu.” (João 11:11-14) Obviamente, Jesus sabia que a morte é comparável ao sono. Ao passo que pode ser difícil para nós compreender o que é a morte, sabemos o que é o sono. Durante uma boa noite de descanso, nós não nos apercebemos da passagem do tempo e do que acontece ao nosso redor porque estamos temporariamente inconscientes. É exatamente assim que a Bíblia explica a condição dos mortos. Eclesiastes 9:5 diz: ‘Os mortos não estão cônscios de absolutamente nada.’


Jesus pegou na mão da menina morta e ela ressuscitou


Outro motivo pelo qual Jesus comparou a morte ao sono é que as pessoas podem ser “acordadas” da morte, graças ao poder de Deus. Certa ocasião, Jesus visitou uma família muito abalada com a morte de uma filha. “A menina não morreu, mas está dormindo”, disse Jesus. Daí ele pegou na mão da garota falecida e ela “se levantou”. Em outras palavras, ela foi ressuscitada. — Mateus 9:24, 25.

Jesus também ressuscitou seu amigo Lázaro. Mas, antes de realizar esse milagre, ele consolou Marta, irmã de Lázaro, dizendo: “Teu irmão se levantará.” Ela respondeu, confiantemente: “Sei que ele se levantará na ressurreição, no último dia.” (João 11:23, 24) É evidente que ela acreditava que todos os servos de Deus seriam ressuscitados algum dia no futuro.

O que exatamente significa a ressurreição? A palavra grega para “ressurreição” (anástasis) literalmente quer dizer “levantar-se”. Significa levantar-se dentre os mortos. Isso pode parecer incrível para alguns, no entanto, depois de dizer que os mortos ouviriam a sua voz, Jesus disse: “Não vos maravilheis disso.” (João 5:28) As ressurreições que o próprio Jesus realizou na Terra nos dão confiança na promessa da Bíblia de que os mortos na memória de Deus acordarão de seu longo “sono”. Revelação (Apocalipse) 20:13 profetiza: “O mar entregou os mortos nele, e a morte e o Hades [sepultura comum da humanidade] entregaram os mortos neles.”

Será que esses mortos serão ressuscitados apenas para envelhecer e morrer de novo, como no caso de Lázaro? Esse não é o propósito de Deus. A Bíblia nos garante que chegará o tempo em que “não haverá mais morte”, de modo que ninguém mais ficará velho e depois morrerá. — Revelação 21:4.

A morte é uma inimiga. A raça humana tem muitos outros inimigos, como as doenças e a velhice, que também causam muito sofrimento. Deus promete acabar com tudo isso e, por fim, com o maior inimigo da humanidade. “Como último inimigo, a morte há de ser reduzida a nada.” — 1 Coríntios 15:26.

Quando essa promessa se cumprir, os humanos terão uma vida perfeita, não prejudicada pelo pecado e pela morte. Enquanto isso, é consolador saber que os nossos entes queridos falecidos estão descansando e, se estiverem na memória de Deus, serão ressuscitados quando ele assim o determinar. 


Entender o que é a morte dá sentido à vida

Entender bem o que é a morte e a esperança para os mortos pode mudar a forma como encaramos a vida. Ian, mencionado no artigo anterior, tinha 20 e poucos anos quando aprendeu a explicação da Bíblia a respeito da morte. “Eu sempre tive uma vaga esperança de que meu pai estivesse em algum lugar”, diz ele. “Assim, quando aprendi que ele estava simplesmente dormindo na morte, fiquei um pouco decepcionado.” Mas, quando Ian leu a promessa divina de ressuscitar os mortos, ficou muitíssimo feliz de saber que poderia um dia reencontrar seu pai. “Pela primeira vez na vida senti-me em paz”, lembra-se. Saber ao certo o que é a morte lhe trouxe paz mental que acalmou seu espírito.

Clive e Brenda perderam seu filho de 21 anos, Steven, no acidente fatal mencionado no artigo anterior. Embora soubessem o que a Bíblia diz a respeito da morte, ainda assim estavam muito tristes com essa perda repentina. Afinal, a morte é inimiga, e sua aguilhoada é muito dolorosa. Mas o conhecimento bíblico que obtiveram a respeito da condição dos mortos aos poucos ajudou o casal a aliviar a sua dor. Brenda diz: “Sabermos o que é a morte nos deu condições de reestruturar a nossa vida e seguir em frente. Mas é claro que não passa um dia sem pensarmos no tempo em que Steven será acordado de seu sono profundo.” 


“Morte, onde está o teu aguilhão?”

Obviamente, saber qual é a condição dos mortos pode nos ajudar a ter um conceito equilibrado a respeito da vida. A morte não precisa ser um enigma. Podemos desfrutar a vida sem um temor mórbido dessa inimiga. E entender que a morte não extingue necessariamente a vida para sempre evita a busca frenética de prazeres por achar que “a vida é muito curta”. Saber que os nossos entes queridos falecidos que estão na memória de Deus dormem na morte, e aguardam a ressurreição, pode nos consolar e reacender nosso interesse pela vida.

Realmente, podemos aguardar com confiança o dia em que Jeová Deus, o Dador da vida, vai extinguir a morte para sempre. Que bênção será quando tivermos razão em perguntar: “Morte, onde está a tua vitória? Morte, onde está o teu aguilhão?” — 1 Coríntios 15:55.



* Essa é a primeira referência da Bíblia à morte.

# O preço do resgate foi uma vida humana perfeita, pois foi isso o que Adão havia perdido. O pecado contaminou todos os humanos, de modo que nenhum humano imperfeito poderia servir de resgate. Assim, Deus enviou seu Filho do céu à Terra com esse objetivo. (Salmo 49:7-9) Para mais informações sobre esse assunto, veja o capítulo 7 do livro Conhecimento Que Conduz à Vida Eterna, publicado pelas Testemunhas de Jeová.


http://www.watchtower.org/t

Que Esperança Há Para Entes Queridos Falecidos?

Que Esperança Há Para Entes Queridos Falecidos?





Que Esperança Há Para Entes Queridos Falecidos?

“Morrendo o homem, porventura tornará a viver?”, perguntou Jó muito tempo atrás. (Jó 14:14, Almeida) É possível que você também já se tenha perguntado a respeito. Como reagiria se soubesse que é possível um reencontro com seus entes queridos, aqui mesmo na terra, sob a melhor das condições?

Ora, a Bíblia promete: “Os teus mortos viverão . . . eles se levantarão.” E ela diz também: “Os próprios justos possuirão a terra e residirão sobre ela para todo o sempre.” — Isaías 26:19; Salmo 37:29.

Para termos verdadeira confiança nessas promessas, temos de conhecer a resposta a certas perguntas básicas: Por que as pessoas morrem? Onde estão os mortos? E como podemos estar certos de que poderão viver novamente? 


A Morte, e o que Acontece ao Morrermos

A Bíblia esclarece que Deus originalmente não intencionava que as pessoas morressem. Ele criou o primeiro casal humano, Adão e Eva, colocou-os num paraíso terrestre chamado Éden, e instruiu-os a terem filhos e a estenderem seu lar paradísico até cobrir toda a terra. Eles morreriam apenas se desobedecessem às instruções de Deus. — Gênesis 1:28; 2:15-17.

Carecendo de apreço para com a bondade de Deus, Adão e Eva realmente desobedeceram, e fez-se com que pagassem a penalidade prescrita. “[Voltarás] ao solo”, disse Deus a Adão, “pois dele foste tomado. Porque tu és pó e ao pó voltarás”. (Gênesis 3:19) Antes de ser criado, Adão não existia; ele era pó. E, por causa de sua desobediência, ou pecado, Adão foi sentenciado a voltar ao pó, a um estado de inexistência.

Portanto, a morte é a ausência de vida. A Bíblia traça o contraste: “O salário pago pelo pecado é a morte, mas o dom dado por Deus é a vida eterna.” (Romanos 6:23) Mostrando que a morte é um estado de total inconsciência, a Bíblia diz: “Pois os viventes estão cônscios de que morrerão; os mortos, porém, não estão cônscios de absolutamente nada.” (Eclesiastes 9:5) Quando a pessoa morre, diz a Bíblia: “Sai-lhe o espírito, ele volta ao seu solo; neste dia perecem deveras os seus pensamentos.” — Salmo 146:3, 4.

Contudo, visto que apenas Adão e Eva desobedeceram àquela ordem no Éden, por que todos nós morremos? É porque todos nós nascemos após a desobediência de Adão, e assim todos nós herdamos dele o pecado e a morte. Conforme a Bíblia explica: “Por intermédio de um só homem [Adão] entrou o pecado no mundo, e a morte por intermédio do pecado, e assim a morte se espalhou a todos os homens.” — Romanos 5:12; Jó 14:4

Mas, talvez alguém pergunte: 'Não têm as pessoas uma alma imortal que sobrevive à morte?' Muitos têm ensinado isso, até mesmo dizendo que a morte é uma passagem para uma outra vida. Mas, essa idéia não se origina da Bíblia. Em vez disso, a Palavra de Deus ensina que você é uma alma, que a sua alma é realmente você, com todas as suas faculdades físicas e mentais. (Gênesis 2:7; Jeremias 2:34; Provérbios 2:10) Também, a Bíblia diz: “A alma que pecar — ela é que morrerá.” (Ezequiel 18:4) Em parte alguma a Bíblia ensina que o homem tem uma alma imortal que sobrevive à morte do corpo. 


Como as Pessoas Poderão Viver Novamente

Depois que o pecado e a morte invadiram o mundo, Deus revelou que seu propósito era que os mortos tornassem a viver, por meio de uma ressurreição. Assim, diz a Bíblia: “Abraão . . . achava que Deus era capaz de levantá-lo [seu filho Isaque] até mesmo dentre os mortos.” (Hebreus 11:17-19) A confiança de Abraão não era mal colocada, pois a Bíblia diz a respeito do Todo-poderoso: “Ele é Deus, não de mortos, mas de viventes, pois, para ele, todos estes vivem.” — Lucas 20:37, 38.

 


Sim, o Deus Todo-poderoso tem não somente o poder mas também o desejo de ressuscitar pessoas por ele escolhidas. O próprio Jesus Cristo disse: “Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos túmulos memoriais ouvirão a sua voz e sairão.” — João 5:28, 29; Atos 24:15.

Não muito depois de ter dito isso, Jesus deparou-se com um cortejo fúnebre que saía da cidade israelita de Naim. O morto era o jovem filho único de uma viúva. Percebendo a extrema tristeza dela, Jesus se compadeceu. Assim, dirigindo-se ao cadáver, ele ordenou: “Jovem, eu te digo: Levanta-te!” E o jovem sentou-se, e Jesus o entregou à sua mãe. — Lucas 7:11-17.

Como no caso dessa viúva, houve também grande êxtase quando Jesus visitou a casa de Jairo, um presidente da sinagoga judaica. A sua filha de 12 anos falecera. Mas, quando Jesus chegou à casa de Jairo, aproximou-se da criança morta e disse: “Menina, levanta-te!” E ela se levantou! — Lucas 8:40-56.

Mais tarde, Lázaro, amigo de Jesus, morreu. Quando Jesus chegou a sua casa, Lázaro estava morto há quatro dias. Embora profundamente contristada, sua irmã Marta expressou confiança, dizendo: “Sei que ele se levantará na ressurreição, no último dia.” Mas, Jesus foi até o túmulo, ordenou que se removesse a pedra, e clamou: “Lázaro, vem para fora!” E ele veio! — João 11:11-44.

Agora, pense no seguinte: Qual era a condição de Lázaro durante aqueles quatro dias em que esteve morto? Lázaro nada falou sobre estar num céu de bem-aventuranças ou num inferno de tormentos, o que ele certamente teria feito, caso tivesse estado num lugar desses. Sim, Lázaro estava totalmente inconsciente na morte, e teria permanecido assim até 'a ressurreição no último dia', se Jesus não o tivesse trazido de volta à vida.

É verdade que esses milagres de Jesus trouxeram benefício apenas temporário, visto que aqueles a quem ele ressuscitou morreram novamente. Contudo, 1.900 anos atrás ele deu provas de que, com o poder de Deus, os mortos podem realmente voltar a viver! Portanto, por meio de seus milagres, Jesus mostrou em pequena escala o que ocorrerá na terra quando esta for dominada pelo Reino de Deus. 


Quando Morre um Ente Querido

Quando a inimiga morte ataca, o seu pesar pode ser grande, embora talvez creia na ressurreição. Abraão tinha fé de que sua esposa voltaria a viver, contudo, lemos que “Abraão entrou para lamentar Sara e para chorar por ela”. (Gênesis 23:2) E que dizer a respeito de Jesus? Quando Lázaro morreu, ele “gemeu no espírito e ficou aflito”, e logo depois “entregava-se ao choro”. (João 11:33, 35) Assim, quando morre alguém a quem amamos, não é fraqueza chorar.

Quando morre uma criança, é especialmente doloroso para a mãe. Assim, a Bíblia reconhece o amargo pesar que a mãe pode sentir. (2 Reis 4:27) Naturalmente, é também difícil para o pai enlutado. “Oh! que eu, eu mesmo, tivesse morrido em teu lugar”, exclamou o Rei Davi quando seu filho Absalão faleceu. — 2 Samuel 18:33.

Não obstante, visto que confia na ressurreição, a sua tristeza não será implacável. Como diz a Bíblia, você 'não estará pesaroso como os demais que não têm esperança'. (1 Tessalonicenses 4:13) Ao contrário, você se achegará a Deus em oração, e a Bíblia promete que “ele mesmo [o] susterá”. — Salmo 55:22.

A menos que haja outra indicação, todas as citações bíblicas acima são da Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas.


http://www.watchtower.org/t

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Será que a evolução é compatível com A BÍBLIA?

Professor ensinando a evolução

Será que a evolução é compatível com
A BÍBLIA?


É POSSÍVEL que Deus tenha criado o homem por meio da evolução de animais? Será que ele direcionou o desenvolvimento da bactéria para que ela passasse pelos estágios de peixe, réptil, mamífero, até que uma raça de macacos por fim se transformasse em humanos? Alguns cientistas e líderes religiosos afirmam acreditar tanto na teoria da evolução como na Bíblia. Eles dizem que o livro bíblico de Gênesis é simbólico. Talvez você se pergunte: ‘Será que a teoria de que os homens evoluíram dos animais é compatível com a Bíblia?’
O apóstolo Paulo disse a gregos instruídos: “Deus . . . fez de um só homem toda nação dos homens”

Entender nossa origem é vital para entender quem somos, para onde vamos e como devemos viver. Apenas conhecendo a origem do homem podemos entender por que Deus permite o sofrimento e o Seu propósito para o futuro dos humanos. Não podemos ter uma boa relação com Deus se não tivermos certeza de que ele é o nosso Criador. Portanto, examinemos o que a Bíblia diz sobre a origem do homem, sua condição atual e seu futuro. Daí, veremos se a teoria da evolução é compatível com a Bíblia.

Quando existia apenas um homem

Os evolucionistas geralmente alegam que uma população de animais se desenvolveu de forma gradual e se transformou numa população de humanos, negando o fato de que no passado existia apenas um homem. Mas a Bíblia diz algo muito diferente. Fala que nos originamos de um homem, Adão, e o apresenta como uma pessoa real. Ela menciona o nome de sua esposa e de alguns de seus filhos. Conta em detalhes o que ele fez, o que disse, quando viveu e quando morreu. Jesus não considerava esse relato apenas como uma história para pessoas sem instrução. Ao se dirigir a líderes religiosos bem-instruídos, ele disse: “Não lestes que aquele que os criou desde o princípio os fez macho e fêmea?” (Mateus 19:3-5) Daí, Jesus citou as palavras sobre Adão e Eva registradas em Gênesis 2:24.

Mulher lendo a Bíblia
Lucas, um escritor da Bíblia e historiador meticuloso, falou de Adão como uma pessoa tão real quanto Jesus. Lucas pesquisou a genealogia de Jesus chegando até o primeiro homem. (Lucas 3:23-38) Além disso, quando o apóstolo Paulo falou a uma assistência que incluía filósofos instruídos nas famosas escolas gregas, ele lhes disse: “O Deus que fez o mundo e todas as coisas nele . . . fez de um só homem toda nação dos homens, para morarem sobre a superfície inteira da terra.” (Atos 17:24-26) Fica claro que a Bíblia ensina que descendemos de “um só homem”. Será que a descrição bíblica da condição inicial do homem é compatível com a evolução?

O homem perde a perfeição

Segundo a Bíblia, Jeová criou o primeiro homem perfeito. Na verdade, é impossível que Deus faça algo imperfeito. O relato da criação diz: “Deus passou a criar o homem à sua imagem . . . Depois, Deus viu tudo o que tinha feito, e eis que era muito bom.” (Gênesis 1:27, 31) Como é um homem perfeito?

A evolução apresenta o homem moderno como um animal que está se aprimorando. A Bíblia o apresenta como alguém que descendeu de um homem perfeito e está em processo de degeneração
Um homem perfeito tem livre-arbítrio e a capacidade de imitar completamente as qualidades de Deus. A Bíblia diz: “O verdadeiro Deus fez a humanidade reta, mas eles mesmos têm procurado muitos planos.” (Eclesiastes 7:29) Adão decidiu rebelar-se contra Deus. Por causa disso, ele perdeu a perfeição tanto para si mesmo como para seus descendentes. O fato de o homem ter perdido a perfeição explica por que muitas vezes, apesar de querermos fazer o que é certo, falhamos e ficamos desapontados. O apóstolo Paulo escreveu: “Aquilo que quero, isso não pratico; mas aquilo que odeio é o que faço.” — Romanos 7:15.

De acordo com a Bíblia, um homem perfeito viveria para sempre com saúde perfeita. Fica evidente pelo que Deus disse a Adão que se ele não desobedecesse nunca morreria. (Gênesis 2:16, 17; 3:22, 23) Jeová não teria dito que a criação do homem era ‘muito boa’ se o homem tivesse a predisposição de adoecer ou de se rebelar. A perda da perfeição explica por que o corpo humano, embora tenha sido maravilhosamente projetado, é suscetível a doenças e deformidades. Portanto, a evolução é incompatível com a Bíblia. Ela apresenta o homem moderno como um animal que está se aprimorando. A Bíblia o apresenta como alguém que descendeu de um homem perfeito e está em processo de degeneração.
O conceito de que Deus direcionou a evolução para criar o homem é também incompatível com o que a Bíblia diz sobre a personalidade de Deus. Se ele tivesse direcionado o processo da evolução, isso significaria que ele também direcionou a humanidade para o atual estado de doença e aflição. No entanto, a Bíblia diz sobre Deus: “A Rocha, perfeita é a sua atuação, pois todos os seus caminhos são justiça. Deus de fidelidade e sem injustiça; justo e reto é ele. Agiram ruinosamente da sua parte; não são seus filhos, o defeito é deles.” (Deuteronômio 32:4, 5) Assim, o sofrimento atual da humanidade não é o resultado de uma evolução direcionada por Deus. É o resultado de um homem ter perdido a perfeição para si e para sua descendência por ter se rebelado contra Deus. Agora que já analisamos Adão, podemos passar para Jesus. A evolução é compatível com o que a Bíblia diz sobre Jesus?

É possível acreditar na evolução e no cristianismo?

“Cristo morreu pelos nossos pecados.” Como você deve saber, esse é um ensinamento básico do cristianismo. (1 Coríntios 15:3; 1 Pedro 3:18) Para vermos por que a evolução é incompatível com essa declaração, primeiro temos de entender por que a Bíblia nos chama de pecadores e o que o pecado causa em nós.

Todos nós somos pecadores no sentido de que não conseguimos imitar perfeitamente as gloriosas qualidades de Deus, como seu amor e sua justiça. É por isso que a Bíblia diz: “Todos pecaram e não atingem a glória de Deus.” (Romanos 3:23) Ela ensina que o pecado é a causa da morte. “O aguilhão que produz a morte é o pecado”, diz 1 Coríntios 15:56. O pecado herdado também é a causa fundamental das doenças. Jesus indicou que há uma ligação entre as doenças e a nossa condição pecaminosa. Ele disse a um paralítico: “Teus pecados estão perdoados”, e o homem foi curado. — Mateus 9:2-7.

Como a morte de Jesus nos ajuda? A Bíblia contrasta Adão com Jesus Cristo e diz: “Assim como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos serão vivificados.” (1 Coríntios 15:22) Por sacrificar sua vida, Jesus pagou o preço pelo pecado que herdamos de Adão. Portanto, todos os que exercem fé em Jesus e o obedecem têm a perspectiva de receber o que Adão perdeu — a vida eterna. — João 3:16; Romanos 6:23.

Então, consegue perceber que a evolução é incompatível com o cristianismo? Se duvidamos de que “em Adão todos morrem”, como podemos ter a esperança de que “em Cristo todos serão vivificados”?

Por que a evolução atrai as pessoas

A Bíblia revela por que ensinos como a evolução se tornam populares. Ela diz: “Haverá um período de tempo em que não suportarão o ensino salutar, porém, de acordo com os seus próprios desejos, acumularão para si instrutores para lhes fazerem cócegas nos ouvidos; e desviarão os seus ouvidos da verdade, ao passo que serão desviados para histórias falsas.” (2 Timóteo 4:3, 4) A evolução, embora geralmente apresentada numa linguagem científica, é na verdade uma doutrina religiosa. Ensina uma filosofia de vida e uma postura com respeito a Deus. Suas crenças estimulam de modo sutil as tendências egoístas e independentes da humanidade. Muitos que acreditam na evolução dizem que também acreditam em Deus. No entanto, sentem-se livres para pensar em Deus como alguém que não criou as coisas, que não interfere em assuntos humanos e que não julgará as pessoas. É uma crença que diz o que as pessoas querem ouvir.

Os que ensinam a evolução muitas vezes são motivados, não por fatos, mas pelos “seus próprios desejos” — talvez o desejo de serem aceitos pela comunidade científica, que considera a evolução uma doutrina estabelecida. O professor de bioquímica Michael Behe, que passou a maior parte de sua vida estudando as complexas funções internas das células vivas, explicou que os que ensinam a evolução da estrutura celular não têm base para suas afirmações. Será que a evolução poderia ocorrer nesse minúsculo nível molecular? “A evolução molecular não se baseia em autoridade científica”, escreveu ele. “Não há publicação na literatura científica — revistas de prestígio, revistas especializadas ou livros — que descreva como a evolução molecular de qualquer sistema bioquímico real, complexo, ocorreu ou poderia ter ocorrido. . . . A afirmação da existência de evolução molecular darwiniana é simplesmente bazófia.”

1. Flores; 2. Antílope
“A evolução molecular não se baseia em autoridade científica”


Se os evolucionistas não têm explicações suficientes, por que divulgam suas idéias com tanta convicção? Behe explica: “Muitas pessoas, inclusive importantes e renomados cientistas, simplesmente não querem que exista qualquer outra coisa além da natureza.”

A doutrina da evolução atrai muitos clérigos que desejam parecer sábios. Eles se assemelham às pessoas descritas na carta do apóstolo Paulo aos cristãos em Roma. Ele escreveu: “Aquilo que se pode saber sobre Deus é manifesto entre eles . . . Suas qualidades invisíveis são claramente vistas desde a criação do mundo em diante, porque são percebidas por meio das coisas feitas, mesmo seu sempiterno poder e Divindade, de modo que eles são inescusáveis; porque, embora conhecessem a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe agradeceram, mas tornaram-se inanes nos seus raciocínios e o seu coração ininteligente ficou obscurecido. Embora asseverassem ser sábios, tornaram-se tolos.” (Romanos 1:19-22) Como você pode evitar ser enganado por falsos instrutores?

A fé no Criador se baseia em evidências

Ao definir a fé, a Bíblia enfatiza a importância de evidências. Ela diz: “A fé é a expectativa certa de coisas esperadas, a demonstração evidente de realidades, embora não observadas.” (Hebreus 11:1) A verdadeira fé em Deus deve se basear em evidências que demonstram que realmente existe um Criador. A Bíblia mostra onde você pode encontrar essas evidências.

O escritor bíblico Davi escreveu sob inspiração: “Elogiar-te-ei porque fui feito maravilhosamente, dum modo atemorizante.” (Salmo 139:14) Tirar tempo para refletir no maravilhoso projeto de nosso corpo e de outras criaturas vivas nos enche de admiração pela sabedoria de nosso Criador. Cada parte dos milhares de sistemas que cooperam entre si para nos manter vivos foi projetada de forma ideal. Além disso, o Universo físico fornece evidências de precisão matemática e ordem. Davi escreveu: “Os céus declaram a glória de Deus; e a expansão está contando o trabalho das suas mãos.” — Salmo 19:1.

A própria Bíblia é uma rica fonte de evidências sobre o Criador. Tirar tempo para examinar a harmonia de seus 66 livros, a superioridade de seus padrões de moral e o cumprimento certo de profecias vão dar a você amplas evidências de que o autor dela é o Criador. Entender os ensinamentos da Bíblia também lhe dará a confiança de que a Bíblia é realmente a Palavra do Criador. Por exemplo, quando você entender ensinamentos bíblicos como a causa do sofrimento, o Reino de Deus, o futuro da humanidade e como encontrar a felicidade, verá uma demonstração evidente da sabedoria de Deus. Talvez se sinta como Paulo quando escreveu: “Ó profundidade das riquezas, e da sabedoria, e do conhecimento de Deus! Quão inescrutáveis são os seus julgamentos e além de pesquisa são os seus caminhos!” — Romanos 11:33.

Ave
 O maravilhoso projeto das criaturas vivas nos enche de admiração pela sabedoria do nosso Criador

Ao examinar as evidências e sua fé aumentar, você ficará convencido de que quando lê a Bíblia está na realidade ouvindo o próprio Criador. Ele diz: “Eu é que fiz a terra e criei até mesmo o homem sobre ela. Eu — minhas próprias mãos estenderam os céus, e dei ordens a todo o seu exército.” (Isaías 45:12) Com certeza, você nunca se arrependerá de ter se esforçado para provar a si mesmo que Jeová é o Criador de todas as coisas.

http://www.watchtower.org/t

Permite que Deus fale com você todos os dias?

Um homem lendo a Bíblia

Permite que Deus fale com você todos os dias?


COM que freqüência você se olha no espelho? Para a maioria de nós, isso é um costume diário — talvez façamos várias vezes ao dia. Por quê? Porque nos preocupamos com nossa aparência.

Ler a Bíblia pode ser comparado a olhar no espelho. (Tiago 1:23-25) A mensagem registrada na Palavra de Deus tem o poder de nos permitir ver como realmente somos. Ela “penetra até a divisão da alma e do espírito”. (Hebreus 4:12) Em outras palavras, a Bíblia separa o que parecemos ser por fora daquilo que realmente somos por dentro. Mostra que ajustes precisamos fazer, assim como um espelho.

A Bíblia revela os ajustes que precisamos fazer e também nos ajuda a fazê-los. O apóstolo Paulo escreveu: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e proveitosa para ensinar, para repreender, para endireitar as coisas, para disciplinar em justiça.” (2 Timóteo 3:16, 17) Dos quatro benefícios destacados, note que três deles — repreender, endireitar as coisas e disciplinar — envolvem ajustes em nossas atitudes e ações. Se precisamos olhar regularmente no espelho para ter a certeza de que a nossa aparência está aceitável, quanto mais precisamos ler a Palavra de Deus, a Bíblia, regularmente!

Ao designar Josué para liderar a nação de Israel, Jeová Deus disse: “Este livro da lei não se deve afastar da tua boca e tu o tens de ler em voz baixa dia e noite, para cuidar em fazer segundo tudo o que está escrito nele; pois então farás bem-sucedido o teu caminho e então agirás sabiamente.” (Josué 1:8) De fato, para ser bem-sucedido, Josué precisava ler a Palavra de Deus “dia e noite”, ou seja, regularmente.

O primeiro salmo também mostra os benefícios de se ler regularmente a Bíblia: “Feliz é o homem que não tem andado no conselho dos iníquos, e que não se deteve no caminho dos pecadores, e que não se sentou no assento dos zombadores. Mas, seu agrado é na lei de Jeová, e na sua lei ele lê dia e noite em voz baixa. E ele há de tornar-se qual árvore plantada junto a correntes de água, que dá seu fruto na sua estação e cuja folhagem não murcha, e tudo o que ele fizer será bem-sucedido.” (Salmo 1:1-3) Com certeza, queremos ser esse tipo de pessoa.

Muitos fazem da leitura da Bíblia um hábito diário. Quando perguntaram a um cristão por que ele lê a Bíblia todo dia, sua resposta foi: “Se oro várias vezes a Deus durante o dia e espero que ele me escute, por que eu não deveria também escutar a Deus por ler sua Palavra todo dia? Se queremos ser bons amigos, também devemos estar dispostos a escutar.” Isso faz sentido. Ler a Bíblia é como escutar a Deus porque dessa maneira ficamos sabendo o seu ponto de vista sobre os assuntos.

Vencer o desafio

Pode ser que você já tenha tentado iniciar um programa de leitura da Bíblia. Já leu a Bíblia inteira, de capa a capa? Essa é uma forma excelente de se familiarizar com o seu conteúdo. No entanto, alguns já tentaram muitas vezes ler a Bíblia inteira, mas o seu programa de leitura acabou sendo interrompido. Já lhe aconteceu isso? O que você pode fazer para atingir o alvo de ler toda a Bíblia? O que acha de tentar estas duas sugestões?

Uma mulher lendo a Bíblia em um trem
Pode reservar tempo todo dia para a leitura da Bíblia?

Inclua a leitura da Bíblia em sua rotina diária. Para cada dia, escolha uma hora em que é mais provável que você possa fazer sua leitura da Bíblia. Tenha também um plano B. Se por alguma razão não puder fazer a leitura no horário preferido, selecione um outro para não deixar passar nenhum dia sem ler a Palavra de Deus. Dessa maneira, estará imitando o exemplo dos antigos bereanos. Lemos o seguinte sobre eles: “Recebiam a palavra com o maior anelo mental, examinando cuidadosamente as Escrituras, cada dia, quanto a se estas coisas eram assim.” — Atos 17:11.

Tenha um alvo específico. Por exemplo, se você ler entre três e cinco capítulos por dia, poderá ler a Bíblia inteira em apenas um ano. A tabela na próxima página mostra como isso pode ser feito. O que acha de tentar seguir esse programa? Na coluna “Data”, escreva quando vai ler cada grupo de capítulos. Tique os quadrículos à medida que lê os capítulos. Isso o ajudará a saber onde está na leitura.

Depois de ler a Bíblia inteira, não precisa parar por aí. Pode usar o mesmo programa para ler toda a Bíblia cada ano, talvez começando numa parte diferente. Se quiser fazer a leitura da Bíblia num ritmo mais lento, pode ler cada grupo de capítulos em dois ou três dias.

Toda vez que ler a Bíblia, você encontrará coisas novas para usar em sua vida — coisas que não tinha notado antes. Por quê? Porque “está mudando a cena deste mundo”, e nossa vida e circunstâncias também mudam constantemente. (1 Coríntios 7:31) Assim, esteja decidido a olhar todo dia no espelho da Palavra de Deus, a Bíblia. Dessa maneira, pode ter a certeza de que estará permitindo que Deus fale com você todos os dias. — Salmo 16:8.

http://www.watchtower.org/t

Será que o sexo vai melhorar meu namoro?

Um casal jovem sozinho no carro

Será que o sexo vai melhorar meu namoro?


Helena está namorando Márcio por apenas dois meses, mas sente que o conhece há séculos. Trocam mensagens de texto o tempo todo, ficam horas conversando por telefone e um já sabe o que o outro vai dizer antes de terminar a frase! Mas agora que estão parados no carro sob o luar, Márcio quer mais do que apenas conversar.

Nos últimos dois meses, Márcio e Helena apenas pegaram na mão e deram alguns beijos breves. Helena não quer passar disso. Mas também não quer perder Márcio. Ninguém a faz se sentir tão linda, tão especial. ‘Além disso’, ela diz a si mesma, ‘nós nos amamos . . . então, qual o problema?’

VOCÊ talvez imagine como vai acabar essa história. Mas o que você talvez não imagine é como o sexo traria mudanças drásticas para Márcio e Helena — e não para melhor. Analise:

Uma tela sendo usada como capacho
O sexo antes do casamento é um desrespeito ao presente de Deus. É como pegar uma linda tela que alguém pintou para você e usá-la como capacho


Se você desafiar uma lei física, como a lei da gravidade, sofrerá consequências. O mesmo se aplica a desafiar uma lei moral, como a de ‘se abster [ou afastar] de fornicação’.* (1 Tessalonicenses 4:3) Quais são as consequências de desobedecer a essa lei? A Bíblia diz: “Quem pratica a fornicação está pecando contra o seu próprio corpo.” (1 Coríntios 6:18) Como assim? Tente alistar abaixo três consequências do sexo antes do casamento.
Agora, dê uma olhada no que você escreveu. Incluiu coisas como doenças sexualmente transmissíveis, gravidez indesejada ou a perda do favor de Deus? Essas são consequências desastrosas que podem sobrevir a qualquer um que desobedece às leis morais de Deus referentes à fornicação.

Mesmo assim, pode ser que se sinta tentado. Você talvez pense ‘Essas coisas não vão acontecer comigo, afinal, todo mundo está fazendo sexo’. Seus colegas se gabam de suas aventuras sexuais e parece que não acontece nada com eles. Pode ser que você se sinta como Helena, mencionada no início do artigo, e ache que o sexo vai unir vocês dois mais ainda. Além disso, quem gosta de ser zombado por ser virgem? Então, será que não é melhor ceder?

SEJA O HERÓI DELA!

Se estiver namorando, você realmente se importa com sua namorada? Então, mostre a ela que você tem . . .
  • a força para obedecer às leis de Deus
  • a sabedoria para evitar circunstâncias tentadoras
  • o amor para se importar com ela
Se você fizer isso, provavelmente os sentimentos de sua namorada serão parecidos aos da sulamita, que disse: “Meu querido é meu e eu sou dele.” (Cântico de Salomão 2:16) Resumindo, você será o herói dela!

Veja Provérbios 22:3; 1 Coríntios 6:18; 13:4-8.
Não é bem assim. Pare e pense. Em primeiro lugar, nem todo mundo está fazendo sexo. É verdade que estatísticas indicam que um número alarmante de jovens está fazendo isso. Por exemplo, uma pesquisa realizada nos Estados Unidos revelou que 2 de cada 3 jovens naquele país são sexualmente ativos na época que terminam o ensino médio. Mas isso também significa que 1 de cada 3 — um número considerável — não é sexualmente ativo. Mas que dizer daqueles que são? Pesquisadores constataram que muitos desses jovens sofrem uma ou mais das seguintes consequências.

Consequência 1: ANGÚSTIA. A maioria dos jovens que fizeram sexo antes do casamento disse que depois se arrependeu.

Consequência 2: DESCONFIANÇA. Depois de terem feito sexo, os dois se perguntam: ‘Com quem mais ele/ela fez sexo?’

Consequência 3: DESLEALDADE. Depois do sexo, é mais provável que o rapaz largue a namorada e arrume outra.

Consequência 4: DESILUSÃO. No fundo, a garota teria preferido alguém que a protegesse, não que a usasse.

Além desses pontos, pense no seguinte: muitos rapazes dizem que nunca se casariam com uma garota com quem já fizeram sexo. Por quê? Porque preferem uma moça de moral mais elevada.

O QUE OUTROS JOVENS DIZEM

Diana Diana
“Não basta apenas dizer ‘não’ para que a pessoa pare de tentar. Depende de como você recusa. Se usar um tom de voz suave, fica claro que você está dizendo ‘não’ da boca para fora. Você precisa ser firme!”



James James
“Nem sempre funciona apenas dizer ‘não’. Mesmo explicar suas crenças talvez não funcione. Conheço algumas pessoas que se gabam de ter conseguido induzir um cristão a ceder. Às vezes, o melhor mesmo é cair fora. É difícil, mas dá certo.”



Joshua Joshua
“Os jovens cristãos têm qualidades que outros acham atraentes. Então, você precisa ficar esperto e recusar quando for convidado a fazer algo imoral. Preserve essas qualidades. Não abra mão dos seus princípios!”

Isso deixa você surpreso ou até indignado? Em caso afirmativo, quer você seja uma moça quer seja um rapaz, lembre-se disto: a realidade do sexo antes do casamento é muito diferente do que é apresentado nos filmes e na TV. A indústria do entretenimento glamoriza o sexo entre adolescentes e o faz parecer amor verdadeiro. Mas não seja ingênuo! Se alguém tentasse convencê-lo a fazer sexo antes do casamento, essa pessoa estaria apenas pensando nos interesses dela. (1 Coríntios 13:4, 5) Afinal, será que alguém que realmente ama você colocaria seu bem-estar físico e emocional em perigo? (Provérbios 5:3, 4) Será que alguém que realmente se importa com você o faria se sentir tentado a prejudicar sua relação com Deus? — Hebreus 13:4.

SUGESTÃO

No que diz respeito ao seu modo de tratar o sexo oposto, uma boa regra a ser seguida é esta: se você não gostaria que seus pais o vissem fazendo algo, então, você não deveria fazê-lo.

Na realidade, se você ceder estará se rebaixando por abrir mão de algo muito valioso. (Romanos 1:24) Não é de admirar que muitos se sentem vazios e desprezíveis depois do sexo, como se uma parte valiosa de si mesmos tivesse sido roubada! Não deixe que isso aconteça com você. Se alguém tentar persuadi-lo a fazer sexo, dizendo “Se me amasse, você faria”, diga com firmeza “Se me amasse, você nem pediria isso!”

Seu corpo é valioso demais para ser entregue de mãos beijadas. Mostre que tem a força de caráter para obedecer à lei de Deus de se abster de fornicação. Daí, quando se casar, você poderá fazer sexo. E poderá aproveitá-lo plenamente, sem as preocupações, arrependimentos e inseguranças que costumam ser o resultado do sexo antes do casamento. — Provérbios 7:22, 23; 1 Coríntios 7:3.

PARA VOCÊ PENSAR

  • Embora o sexo antes do casamento possa ser atraente para a carne imperfeita, por que é errado para você?
  • Como vai reagir se alguém quiser fazer sexo com você?
Outros artigos da série “Os Jovens Perguntam” estão disponíveis em www.watchtower.org/ypt

*  O termo bíblico “fornicação” inclui não apenas a relação sexual propriamente dita, mas também outros atos entre pessoas não casadas, como acariciar os órgãos genitais de outra pessoa ou praticar sexo oral ou anal. Para mais informações, veja o livro Os Jovens Perguntam — Respostas Práticas, Volume 2, páginas 42-47.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Sua vida é influenciada pelos astros?

1. Nebulosa NGC 346; 2. Signos do zodíaco

NUMA noite límpida, longe das luzes da cidade, os céus parecem um veludo escuro com milhares de pequenos diamantes cintilando por toda a expansão. Só nos últimos três séculos e meio é que o homem começou a compreender a grandeza da dimensão das estrelas e de sua distância em relação a nós. Só agora começamos a entender as forças colossais que atuam por todo o nosso vasto e espantoso Universo.

Desde os tempos antigos, os humanos observam à noite os movimentos precisos de corpos celestes e a mudança sazonal de sua posição nos céus. (Gênesis 1:14) Muitos já expressaram sentimentos parecidos com os do Rei Davi, de Israel, que escreveu há uns 3 mil anos: “Quando vejo os teus céus, trabalhos dos teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste, que é o homem mortal para que te lembres dele?” — Salmo 8:3, 4.

No entanto, quer percebamos, quer não, os corpos celestes e seu movimento influenciam nossa vida de 
forma bem mais direta. O Sol, a estrela em volta da qual a Terra gira, determina as nossas unidades de tempo mais básicas — a duração do dia e do ano. A Lua foi feita “para os tempos designados”, ou “para marcar estações”. (Salmo 104:19; Nova Versão Internacional) E as estrelas são guias confiáveis de navegação, até para astronautas orientarem espaçonaves. Isso leva alguns a pensar se as estrelas podem fazer mais do que apenas nos dizer os tempos e as estações ou aumentar nosso apreço pela obra criativa de Deus. Será que elas podem prever o futuro ou nos avisar de calamidades?

A origem e o objetivo da astrologia

 

O costume de olhar para o céu em busca de presságios para orientar o curso da vida teve origem na Mesopotâmia antiga, talvez no terceiro milênio AEC. Os primeiros astrólogos eram observadores atentos do céu. Foi do seu esforço de mapear o movimento dos corpos celestes, catalogar a posição das estrelas, criar calendários e prever eclipses que surgiu a ciência da astronomia. Já a astrologia vai além de observar a influência natural do Sol e da Lua em nosso ambiente. Ela afirma que a localização e o alinhamento do Sol, da Lua, dos planetas e das estrelas e constelações não só influenciam grandes acontecimentos na Terra, mas também controlam a vida de cada pessoa. De que maneira?

Os maias recorriam muito a observações astrológicas
Alguns usam a astrologia para procurar nos corpos celestes indicações ou avisos sobre o futuro, e depois, com essas informações, se beneficiar de várias maneiras. Outros acham que a astrologia realmente mostra o que nós estamos predestinados a fazer ou que ela pode nos ajudar a determinar o momento ideal para uma atividade ou para iniciar um projeto pessoal. Essas informações podem ser supostamente obtidas pela observação do alinhamento de corpos celestes específicos e pelo “cálculo” de sua interação com outros corpos celestes e a Terra. Acredita-se que sua influência sobre uma pessoa dependerá do alinhamento dos corpos celestes quando ela nasceu.

Os primeiros astrólogos imaginavam que a Terra fosse o centro do Universo e que os planetas e as estrelas estavam fixos numa série de esferas celestes, uma maior que a outra, que giravam em volta da Terra. Eles também acreditavam que anualmente o Sol percorria um trajeto específico entre as estrelas e constelações. Eles chamavam esse aparente trajeto de eclíptica e o dividiram em 12 zonas, ou segmentos. Cada segmento recebeu o nome da constelação pela qual o Sol passava. Foi assim que surgiram os 12 signos do zodíaco. Essas zonas, ou “casas celestes”, eram consideradas a residência de divindades específicas. É claro que com o tempo os cientistas descobriram que o Sol não gira em volta da Terra, mas que a Terra gira em volta do Sol. Essa descoberta foi um golpe que marcou o fim da astrologia como ciência.

Da Mesopotâmia, a prática da astrologia se espalhou para quase todas as partes do mundo e foi absorvida de várias formas em praticamente todas as grandes civilizações da humanidade. Após os persas terem conquistado Babilônia, a astrologia se espalhou para o Egito, a Grécia e a Índia. Da Índia, missionários budistas a levaram para a Ásia Central, a China, o Tibete, o Japão e o Sudeste Asiático. Embora não se saiba exatamente como chegou até os maias, essa civilização recorria muito a observações astrológicas, de um modo similar ao dos babilônios. A forma “moderna” de astrologia, pelo visto desenvolvida pelo Egito do período helenístico, teve um impacto significativo em aspectos do judaísmo, islamismo e cristandade.

Mesmo antes de seu exílio para Babilônia no sétimo século AEC, a nação de Israel não estava imune à influência da astrologia. A Bíblia relata os esforços do fiel Rei Josias para remover a prática de oferecer sacrifícios “ao sol e à lua, e às constelações do zodíaco, e a todo o exército dos céus”. — 2 Reis 23:5.

A fonte da astrologia

 

A astrologia se baseia em graves equívocos sobre a estrutura e o funcionamento do Universo. Assim, é óbvio que a astrologia não vem de Deus. Visto que aquilo que ela defende se baseia em mentiras, não é possível que seja uma fonte exata de informações sobre o futuro. Seu fracasso pode ser bem ilustrado com dois acontecimentos históricos intrigantes.

Os cálculos astrológicos extremamente precisos dos maias não salvaram sua civilização do colapso

Durante o reinado do Rei Nabucodonosor, de Babilônia, sacerdotes e astrólogos não foram capazes de interpretar um sonho que o rei teve. Daniel, profeta do verdadeiro Deus, Jeová, explicou a razão do problema: “O segredo que o próprio rei pede, nem os próprios sábios, nem os conjuradores, nem os sacerdotes-magos, nem os astrólogos podem mostrar ao rei. No entanto, há nos céus um Deus que é Revelador de segredos, e ele fez saber ao Rei Nabucodonosor o que há de acontecer na parte final dos dias.” (Daniel 2:27, 28) De fato, em vez de recorrer ao Sol, à Lua ou às estrelas, Daniel buscou a Jeová Deus, o “Revelador de segredos”, e depois deu a interpretação correta para o rei. — Daniel 2:36-45.

Os cálculos astrológicos extremamente precisos dos maias não salvaram sua civilização do colapso no nono século EC. Esses dois fracassos não só mostram que a astrologia é uma fraude, incapaz de predizer seja o que for, mas também expõem seu objetivo principal: impedir que as pessoas busquem a Deus para obter informações exatas sobre o futuro.

O fato de a astrologia se basear em mentiras ajuda a identificar seu criador. Jesus disse o seguinte sobre o Diabo: “[Ele] não permaneceu firme na verdade, porque não há nele verdade. Quando fala a mentira, fala segundo a sua própria disposição, porque é um mentiroso e o pai da mentira.” (João 8:44) Satanás finge ser um “anjo de luz”, e os demônios se disfarçam de “ministros da justiça”. Na verdade, eles são trapaceiros determinados a pegar as pessoas numa rede de engano. (2 Coríntios 11:14, 15) A Palavra de Deus expõe a “obra poderosa, e sinais e portentos mentirosos” como “operação de Satanás”. — 2 Tessalonicenses 2:9.

Por que evitar

 

Visto que se baseia em mentiras, a astrologia é detestável para o Deus da verdade, Jeová. (Salmo 31:5) Por essa razão, é claramente condenada pela Bíblia, que incentiva as pessoas a não ter nada a ver com a astrologia. Em Deuteronômio 18:10-12, Deus diz sem deixar margem para dúvida: “Não se deve achar em ti . . . quem procure presságios, ou um feiticeiro, . . . alguém que vá consultar um médium espírita, ou um prognosticador profissional de eventos, ou alguém que consulte os mortos. Pois, todo aquele que faz tais coisas é algo detestável para Jeová.”

Uma vez que Satanás e os demônios são o poder por trás da astrologia, envolver-se com ela, mesmo que apenas um pouco, deixa a pessoa à mercê da influência deles. Assim como experimentar drogas pode deixar a pessoa sob o controle de traficantes, mexer com astrologia pode deixar a pessoa sob o controle do principal enganador, Satanás. Sendo assim, os que amam a Deus e a verdade precisam rejeitar totalmente a astrologia e acatar o conselho da Bíblia: “Odiai o que é mau e amai o que é bom.” — Amós 5:15.

A astrologia explora o desejo que as pessoas têm de saber o futuro. É possível saber o futuro? Em caso afirmativo, como? A Bíblia diz que não podemos saber o que vai acontecer com cada um de nós amanhã, no próximo mês ou no próximo ano. (Tiago 4:14) Ainda assim, a Bíblia nos dá uma ideia geral do que em breve acontecerá com a humanidade. Ela nos informa que logo o Reino que pedimos na oração do Pai-Nosso virá. (Daniel 2:44; Mateus 6:9, 10) Também revela que o sofrimento humano acabará em breve e que nunca mais existirá. (Isaías 65:17; Revelação [Apocalipse] 21:4) Em vez de predestinar a vida humana, Deus está convidando pessoas de todo o mundo a aprender a seu respeito e o que ele fará para o bem delas. 

Como sabemos isso? A Bíblia deixa claro que a vontade de Deus é que “toda sorte de homens sejam salvos e venham a ter um conhecimento exato da verdade”. — 1 Timóteo 2:4.

Daniel e o Rei Nabucodonosor

“Há nos céus um Deus que é Revelador de segredos, e ele fez saber . . . o que há de acontecer na parte final dos dias”
Os céus magníficos e tudo o que neles existe não foram criados para controlar sua vida. Em vez disso, eles mostram o “poder e Divindade” de Jeová. (Romanos 1:20) Essas criações podem nos motivar a rejeitar ideias falsas e a buscar a Deus e sua Palavra, a Bíblia, a fim de obter orientação confiável para uma vida bem-sucedida. “Confia em Jeová de todo o teu coração e não te estribes na tua própria compreensão. Nota-o em todos os teus caminhos, e ele mesmo endireitará as tuas veredas.” — Provérbios 3:5, 6.

http://www.watchtower.org/t